"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lideranças do RN se mobilizam no 13º Grito da Terra Brasil
14/07/2011
Cerca de três mil pessoas se mobilizaram em Natal, no dia 6 de julho, para mais uma edição do Grito da Terra Brasil estadual. De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores (as) Rurais do Estado, Ambrósio Lins do Nascimento, a governadora Rosalba Ciarlini anunciou algumas ações de interesse do movimento sindical local. Entre elas estão a ampliação do seguro safra para 35 mil famílias, em vez de 20 mil.

Porém, segundo Ambrósio, o resultado das negociações foi tímido. “Na questão agrária, por exemplo, ainda não tivemos avanço nas demandas, mas vamos conversar em breve com o novo superintendente do INCRA, que assumiu o cargo há pouco”, disse.

Participaram da mobilização o secretário de Finanças e Administração da Contag, Aristides dos Santos e representantes da regional Nordeste.

 

Trabalhadoras rurais entregam pauta da Marcha das Margaridas a seis ministros


14/07/2011
Na tarde de ontem (13/07), a comissão organizadora da Marcha das Margaridas 2011 entregou a pauta de proposições e reivindicações a seis ministros, em ato político no Palácio do Planalto, embalado pelo canto do hino da Marcha pelas mais de 60 mulheres, entre dirigentes sindicais e parceiras da marcha.

Receberam a pauta, com 158 pontos, Afonso Forense, Ministro do Desenvolvimento Agrário; Isabela Teixeira, Ministra do Meio Ambiente; Iriny Lopes, Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres; Luiza Barros, Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Gilberto Carvalho, Secretário-Geral da Presidência da República; e representante da Ministra do Desenvolvimento Social.

O momento marcou o início das negociações com o Governo Federal, em torno de sete eixos temáticos: biodiversidade e democratização de recursos naturais; terra, água e agroecologia; segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho e renda; saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, violência e sexualidade; democracia, poder e participação política.

O encontro foi aberto pelo Secretário-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, com a confirmação da presença da Presidenta da República, Dilma Roussef, na Marcha das Margaridas. “Isso demonstra a vontade política da Presidenta, que deseja dar respostas objetivas às mulheres”, afirmou Gilberto Carvalho. Segundo ele, já foram designados secretários para trabalharem na pauta, que envolve uma ação interministerial.

Em seguida, o Presidente da CONTAG, Alberto Broch, ressaltou o caráter aberto e democrático da construção da pauta de reivindicações, por mulheres de cada rincão do Brasil. “Elas não lutam só por direitos corporativos. Elas estão integradas num projeto de desenvolvimento de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, afirmou. Estavam presentes também os secretários da CONTAG de Jovens Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais, Maria Elenice Anastácio, e de Terceira Idade, Natalino Cassaro.

Carmen Foro, Secretária Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG e Coordenadora Geral da Marcha das Margaridas 2011, apresentou a pauta aos ministros, destacando o modelo agroecológico, a educação não sexista e o combate ao modelo de desenvolvimento atual. “Queremos ajudar a pensar os rumos do desenvolvimento e plantar no Planalto uma agenda política que seja capaz de combater as desigualdades deste País”, disse.

Durante a entrevista coletiva ao final do evento, Carmen Foro, questionada sobre o momento histórico da primeira mulher presidente do Brasil e a sensibilidade para a Marcha, ela afirmou: "Não se trata de uma questão de sensibilidade, mas de assumir compromissos. O governo pode ser de um homem ou uma mulher, o nosso papel é fazer críticas e pressão para mudar a realidade das mulheres no campo".

A Ministra Iriny Lopes, afirmou o total interesse do Governo em dar atenção às demandas das Margaridas. Segundo ela, as demandas já fazem parte das políticas públicas do governo de Dilma Roussef. “O Governo está aguardando esse momento de diálogo, já que a política para as mulheres é política para o País”, afirmou. Ela destacou também uma novidade na pauta das Margaridas de 2011: a criação de creches no campo.  O Ministro do MDA garantiu que o documento recebido será usado como base de discussão para orientar as diretrizes que já estão sendo tomadas pelo Governo.

Para acessar a Pauta de Reivindicações na íntegra clique aqui

quinta-feira, 14 de julho de 2011

12/07/11 Começou a 13ª edição do Grito da Terra Brasil 2011, em nível estadual



GTB 2011

Cerca de 2 mil pessoas participam da grande manifestação que acontece em Fortaleza nos dias 12 e 13 de julho, em Fortaleza/CE.

Com a participação de cerca de 2 mil pessoas, o 13º Grito da Terra Brasil, em nível estadual teve início hoje, dia 12 de julho de 2011. A grande manifestação acontece nos dias 12 e 13 de julho, em Fortaleza, Ceará.

A abertura do evento aconteceu em frente à Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA, com a presença do Presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT Ceará, Francisco Jerônimo, do Secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, José Wilson, do Secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, do Secretário das Cidades, Camilo Santana, além de parlamentares e de representantes de diversos órgãos e instituições parceiras.

Em sua fala de abertura, Moisés Braz, presidente da FETRAECE, destacou o importante diálogo que o Movimento Sindical tem com o Governo do Estado, e relembrou os tempos em que o Governo impedia a entrada dos trabalhadores nas Secretarias, e que não havia o menor diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras. “O Governo naquele tempo nos recebia com a polícia, e hoje abre as portas e negociamos uma pauta de reivindicações.”

E potengi esteve presente com os representantes do sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, José Freire e Marilene Nicolau, diretores dessa entidade.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Contag e Coprofam participam da criação da Universidade Terra Cidadã 07/07/2011

A criação da Universidade Terra Cidadã é um debate que está sendo feito em conjunto com várias organizações da sociedade civil dos cinco continentes. O objetivo é construir uma estratégia de formação específica para líderes sindicais de todo o mundo em torno de temas internacionais. Em reuniões anteriores, já foram feitos debates sobre a estruturação e os módulos de estudo. Entre os dias 9 e 17 de julho, haverá uma nova reunião na França onde serão feitas visitas de campo, debates sobre temas políticos e, principalmente, discussão sobre o estatuto da universidade.

A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag, Alessandra Lunas, que também é secretária geral da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam), informou que as duas entidades estão participando ativamente desse processo de desenvolvimento da universidade. “A Contag e a Coprofam estão contribuindo, inclusive, com a experiência pedagógica que temos nos processos formativos, nos processos de capacitação a nível regional que a Coprofam tem comandado.” A dirigente cita que a Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc) tem contribuído, ainda, no pensamento pedagógico da formação das lideranças no âmbito da América Latina no espaço da Universidade Terra Cidadã.

Segundo Lunas, existe a expectativa de que a universidade já comece a funcionar em 2012. “Na verdade, aprovando o estatuto agora, imaginamos que no próximo ano possamos começar com alguns módulos”, acredita. No entanto, a sindicalista lembra que, para o início da operacionalização, o grupo precisa dar andamento às questões burocráticas, como o registro e demais documentos exigidos.

A Universidade Terra Cidadã deve ser estruturada na França, vinculada a uma universidade convencional que possa fazer o processo de certificação. A idéia é que a formação aconteça por módulos. Para Lunas, não está descartada a hipótese de que, futuramente, os módulos aconteçam também em outros países, de forma regional.
 

Dia Nacional de Mobilização é marcado com a luta pela Reforma Agrária e fortalecimento do Pronaf


06/07/2011
Em Vitória, mais de 300 trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade participaram, na manhã desta quarta-feira, do Dia Nacional de Mobilização, coordenado pela Centra Única dos Trabalhadores - CUT.

Na capital capixaba, a manifestação teve início às 09 horas, com concentração na Praça de Jucutuquara. De lá, os manifestantes seguiram em passeata até o Palácio Anchieta, sede do Governo Estadual, onde pretendiam ter uma audiência com o governador Renato Casagrande para apresentar as principais reivindicações do dia, todas contidas na pauta de reivindicações entregue ao governo no mês de março deste ano.

Entretanto, ao chegar ao Palácio Anchieta, os trabalhadores (as) não foram recebidos e, ainda, encontraram os portões fechados com cadeados.

“Lamentavelmente, ficamos surpresos com essa atitude do governo estadual. Isso mostra a falta de compromisso e o desrespeito das nossas autoridades com o povo capixaba”, lastimou o coordenador de jovens e diretor de Comunicação da Fetaes, Clébio Brambati.

Entre as reivindicações, os manifestantes cobravam uma ampla e massiva reforma agrária; fortalecimento do Pronaf; implantação do Piso Salarial Regional superior ao salário mínimo; defesa do meio ambiente; e mobilidade urbana.

A manifestação faz parte de um movimento nacional, coordenado pela CUT, que orientou cada estado a organizar uma movimentação para mostrar à sociedade a situação do trabalhador em cada estado.