"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Fetraece realiza plenárias regionais de preparação para 12º CNTTR


A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) iniciou nesta quinta-feira, 12, e segue na sexta-feira, 13, oito Plenárias Regionais de preparação para o 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (12º CNTTR) que vai ocorrer entre os dias 13 e 17 de março de 2017, em Brasília-DF. Durante os trabalhos serão debatidos o texto base e retirados os delegados e delegadas para o CNTTR.

Ocorrem Plenárias nas regionais da Fetraece em Crateús, Itapipoca, Iguatu, Vale do Jaguaribe, Cariri, Sertão Central, Grande Fortaleza e Sobral. Cada um dois oito encontros, conta com presença de diretores da Federação, coordenação regional local, sindicatos filiados que cumpriram as determinações do documento base e assessoria da Fetraece.

Durante os dois dias serão trabalhados assuntos como: Conjuntura Internacional; Conjuntura Nacional, Cenário do Desenvolvimento Rural Brasileiro; Organização e Estrutura Sindical; Reforma Agrária; Soberania Alimentar; Agroecologia; Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar; Relações de Trabalho; Políticas Públicas de Proteção Social; Luta e Organização das Mulheres; Organização e Luta da Juventude Rural; Organização e Luta dos Agricultores e Agricultoras Familiares da Terceira Idade; Formação Política-Sindical; Comunicação Popular; entre outros.

“As Plenárias são momentos de reafirmações das lutas. Nelas, inicia o processo de preparação efetiva para o 12º Congresso da Contag, local onde agricultores e agricultoras de todo o Brasil vão decidir as ações que nortearão o movimento sindical rural brasileiro pelos próximos anos, além da escolha da nova direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. Nós representamos a Agricultura Familiar”, afirmou Luiz Carlos Ribeiro Lima, presidente da Fetraece.    

Tem início a etapa municipal da 2ª Conferência Nacional da Saúde das Mulheres


De 1º de janeiro a 21 de maio devem ser realizadas as etapas municipais e conferências livres em todo o país, como parte do processo da 2ª Conferência Nacional da Saúde das Mulheres, cuja etapa nacional está prevista para acontecer de 01 a 04 de agosto, em Brasília. As etapas estaduais devem ser realizadas de 22 de maio a 20 de junho.
 
O tema central desta conferência é “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”, e o principal objetivo é propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. 
 
O tema das políticas de equidade – ou seja, as políticas que promovem ferramentas para a luta contra desigualdades de gênero, de raça ou de idade, por exemplo – estará presente em todas as discussões, pois é preciso compreender que a saúde integral e pública é direito de todas as cidadãs e cidadãos, sem qualquer distinção. 
 
Dessa forma serão debatidos os desafios que enfrentam a população negra (racismo, desigualdades étnico-raciais e racismo institucional), da população LGBT (discriminação por orientação sexual e identidade de gênero/preconceito e estigma social), da população em situação de rua (para o reconhecimento dessas pessoas como cidadãos de direitos),  e da população do campo, da floresta e das águas (redução de riscos decorrentes dos processos de trabalho e das tecnologias agrícolas). 
 
Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, a participação das trabalhadoras rurais é fundamental em todas as etapas da 2ª Conferência Nacional da Saúde das Mulheres, para garantir que as demandas das agricultoras e assalariadas, aposentadas e jovens do campo, floresta e águas sejam ouvidas e atendidas.
 
“A conferência será fundamental para que nós, mulheres, possamos não só apontar melhorias ao atendimento à saúde da mulher mas também seja mais um momento de resistência frente ao retrocesso de direitos e defesa do SUS”, afirma Alessandra Lunas.
 
Tenha mais informações no Conselho Nacional de Saúde: https://goo.gl/Eose5C
 
e na matéria do site Catarinas: https://goo.gl/A7OjBp
 
 
 
 
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Lívia Barreto

Governo Temer quer acabar com a reforma agrária


 
Somente com muita luta, em 2017 poderemos impedir a onda de retrocessos e a retirada de direitos.
 
Uma das ofensivas do governo ilegítimo de Michel Temer e do Congresso Nacional para consolidar o golpe e ampliar os retrocessos contra a população brasileira é atacar e inviabilizar a realização da reforma agrária, como mais uma forma de fortalecer o mercado e o capital internacional com o repasse de terras e bens naturais.
 
Este é um momento preocupante, com poucas possibilidades de avanços na questão agrária por conta deste contexto em que há uma deliberação política de retirar direitos da classe trabalhadora e desmontar o Estado. Na reforma agrária, isto se evidencia, principalmente, pelo fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); o esvaziamento e enfraquecimento do Incra e da SRA; retrocessos e paralisação de ações e programas; e cortes significativos no orçamento em áreas estratégicas. Além disso, para pagar a conta pelo apoio ao golpe, o Incra e a SRA estão sendo aparelhados partidariamente com indicações de pessoas para assumir cargos relevantes sem experiência, conhecimento ou compromisso político com a questão agrária.
 
Outro grave ataque ao campo brasileiro está na privatização e estrangeirização de suas terras. “Há uma tentativa incansável do governo e da bancada ruralista de ampliar o repasse de terras para o mercado, inclusive internacional, que ameaça a soberania territorial e alimentar”, destaca o secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier. Como exemplo, o dirigente informa que o governo anuncia um pacote de titulação de áreas públicas e de assentamentos, além de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, como o PL 4059/2012, que libera a compra de terras por empresas estrangeiras. Também está em vigor a Lei 13.178/2015, que flexibilizou os critérios para a regularização das terras em áreas de fronteira, que está sendo questionada pela CONTAG por meio de uma Ação de Inconstitucionalidade, impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Para 2017, a CONTAG vê como um dos grandes desafios o enfrentamento à repressão e criminalização das lutas. “Uma das estratégias do Planalto para cumprir a missão de atacar os direitos e as conquistas sociais é reprimir as mobilizações e fortalecer os históricos processos de criminalização das lutas e dos movimentos sociais. Neste sentido, já vislumbramos a retomada de prisões políticas de lideranças e dirigentes por participarem das legítimas lutas de pressão ao Estado para cumprir o seu papel”, denuncia Zenildo.
 
Também destacamos que a história comprova que, quanto maior a ausência ou o enfraquecimento da ação do Estado, maior é a violência contra os trabalhadores e trabalhadoras rurais. “Ao mesmo tempo em que se diminui a ação pública no atendimento aos trabalhadores e trabalhadoras, ocorre um apoio maior ao agronegócio e aos grandes projetos, que levam à concentração, estrangeirização e degradação ambiental e, em consequência, à expulsão dos trabalhadores(as) do campo. Neste ano, segundo a CPT, foram registrados 54 assassinatos no campo. É o maior número de mortes em conflitos agrários nos últimos 13 anos. E para piorar esse quadro, o governo acabou, também, com a Ouvidoria Agrária Nacional, que cumpria importante papel na mediação de conflitos, de busca de solução e agilização de processos”, explica o dirigente.
 
“Portanto, só haverá esperança e vitórias se houver fortalecimento da luta e das mobilizações. Só a luta do povo nas ruas e nas roças impedirá o fim da reforma agrária e a garantia de direitos”, convoca Zenildo.
 
 
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozz

Fetraece realiza Assembleia Ordinária de Previsão Orçamentária


A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) realizou na manhã desta sexta-feira (16/12), na sede da entidade, em Fortaleza, a Assembleia Ordinária de Previsão Orçamentária para 2017. O evento reuniu mais de 210 pessoas, que representavam mais de 85 sindicatos. As normas regimentais foram plenamente cumpridas, como, por exemplo, a paridade no público presente.
A equipe da Secretaria de Finanças da Fetraece, coordenada pelo secretário Raimundo Martins, apresentou os números da previsão orçamentária da Fetraece para o próximo ano, informando detalhadamente a expectativa de gastos e investimentos para o cumprimento do trabalho de defesa dos agricultores e agricultoras familiares. Após apresentação, o presidente da entidade, Luiz Carlos Ribeiro Lima, colocou em votação, tendo a previsão orçamentária sido aprovada por unanimidade.
Os sindicalistas também aprovaram uma carta aberta contra a reforma da Previdência que o Governo Temer tenta passar no Congresso e que vai levar prejuízos a classe trabalhadora. Veja a carta no final da matéria.

Presente na Assembleia Ordinária, o deputado federal, José Nobre Guimarães (PT/CE) realizou uma apresentação sobre a PEC da limitação dos investimentos públicos do Governo Federal, aprovada recentemente no Senado, e a PEC da reforma previdenciária, em tramitação na Câmara Federal. Já o deputado estadual e vice-presidente licenciado da Fetraece, Moisés Braz (PT/CE), falou sobre os projetos que tramitam na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além dos representantes dos sindicatos, participaram da reunião as coordenações regionais, o conselho fiscal e a direção executiva da Fetraece, que é composta por: Luiz Carlos Ribeiro Lima (Presidente), Erivanda França (Sec. Geral), Raimundo Martins (Sec. de Finanças), Lucilene Batista (Sec. de Formação, Organização Sindical e Comunicação), Rosângela Moura (Sec. de Mulheres), José Francisco de Almeida Carneiro (Sec. de Políticas Agrícolas), José Ferreira (Sec. de Agrária e Meio Ambiente), Sueli Paz Pinheiro (Sec. de Assalariados/as Rurais), Cícera Vieira (Sec. Políticas Sociais) e Diassis Teixeira (Sec. de Jovens). Também participaram: Will Pereira (presidente da CUT/CE) e a coordenadora da Contag no Nordeste, Joana Almeida.

CARTA ABERTA AOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES E A SOCIEDADE CEARENSE

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará - FETRAECE vem a público manifestar-se, de forma veemente, contrária à proposta de Reforma da Previdência Social nos termos apresentados pelo Governo Temer através da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 287/2016.
A PEC 287 inviabiliza o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras rurais à aposentadoria na medida em que eleva a idade de acesso a este benefício para 65 anos e equipara esta mesma idade para homens e mulheres. Isso significa negar a realidade e as condições de trabalho a que são submetidos os agricultores e as agricultoras, cuja expectativa de vida, em muitos municípios, não chega a 70 anos de idade. É importante destacar que, na área rural, de acordo com o IBGE, 78,2% dos homens e 70,2% das mulheres começam a exercer a atividade rural com idade precoce, inferior a 15 anos. Isso significa que a mulher rural trabalha, atualmente, em média, 41 anos e o homem 46 anos, para alcançar o direito à aposentadoria, no valor de um salário mínimo, nos critérios atuais que é de 55 anos para a mulher e 60 anos para o homem. Também predomina na área rural o “trabalho pesado”, cuja característica é o esforço físico intenso, a longa jornada de trabalho, que se inicia antes do sol nascer e termina só à noite, sem férias ou descanso semanal, o que reduz a capacidade de trabalho precocemente e diminui a expectativa de vida de homens e mulheres do campo. Por isso, não é correto e nem justo aumentar a idade de aposentadoria das trabalhadoras e trabalhadores rurais.
A PEC 287 traz ainda a exigência de, no mínimo, 25 anos de contribuição direta e individual para acesso à aposentadoria. Este critério nos coloca numa situação de exclusão uma vez que muito dificilmente um(a) trabalhador(a) rural assalariado(a) conseguirá comprovar tal período de contribuição ao longo de sua vida laboral já que prevalece no campo os contratos de trabalho de curta duração ou de safra. Da mesma forma, exigir 25 anos de contribuição individualizada e mensal dos agricultores e agricultoras familiares significa não reconhecer a dura realidade do campo, em que a renda do agricultor familiar depende das condições climáticas e do resultado da colheita da sua produção, muitas vezes sazonal ou anual, fazendo com que agricultores e agricultoras familiares não disponham de uma renda mensal para contribuir com a Previdência nos termos da proposta apresentada. Ao invés de exigir contribuição individualizada, o governo deveria aperfeiçoar o sistema de arrecadação da contribuição de 2,1% que é descontada do Agricultor sobre o valor da venda da sua produção, que nem sempre é recolhida aos cofres da Previdência Social pelas empresas que compram a produção.
Na verdade, o Governo transfere todo o ônus do chamado rombo da Previdência para a classe trabalhadora, se negando sistematicamente a enfrentar os problemas centrais que impactam na sustentabilidade da Seguridade Social como sonegação fiscal, a desoneração da folha de pagamento, as renúncias e isenções fiscais, a desvinculação de recursos da Seguridade (DRU) – que utiliza indevidamente, desde os anos 1990, recursos das contribuições sociais (Cofins, CSLL, PIS/PASEP) para pagar juros da dívida pública – que só beneficiam os empresários e banqueiros. Segundo a Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) mais da metade do rombo da Previdência em 2015 se deve a renúncias previdenciárias, ou seja, isenção de impostos ou contribuições dadas pelo governo a empresas, que fez com que a Previdência deixasse de arrecadar R$ 69,7 bilhões no ano passado, o que representa 81,2% do rombo em 2015. Como já não bastasse, o governo utiliza indevidamente, desde os anos 1990, recursos das contribuições sociais (Cofins, CSLL, PIS/PASEP) para pagar juros da dívida pública por meio do mecanismo da DRU (Desvinculação de Receitas da União).
Se a Reforma da Previdência for aprovada nos termos apresentados pelo governo, é provável que milhares de agricultores(as) familiares, especialmente os(as) jovens, deixem o campo por falta de perspectiva de acesso à proteção previdenciária. Isso vai intensificar o êxodo rural, bem como vai impactar na produção de alimentos básicos que garantem a segurança alimentar da nossa população. É a Agricultura Familiar quem produz mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos(as) brasileiros(as). Os impactos sobre a população do campo com a PEC 287 serão profundos, tanto do ponto de vista social quanto econômico, tendo em vista que, atualmente, em aproximadamente 71% dos municípios brasileiros o rapasse da Previdência Social ultrapassa os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), exercendo efetiva função de movimentar a economia local. Afetará diretamente a atividade econômica desses municípios, atingindo principalmente o comércio e a produção agrícola (tanto para a subsistência quanto para o mercado) como também implicará na diminuição da qualidade de vida da população, gerando um aumento da demanda por políticas de saúde e assistência social que atenda às populações carentes, que, com certeza, irá crescer.
A FETRAECE se dirige aos agricultores e agricultoras e a sociedade cearense para DENUNCIAR essa lógica perversa fazer o ajuste fiscal do Estado brasileiro à custa da população mais pobre. Diante da crise socioeconômica e política que estamos vivendo, é um escárnio querer implantar medidas tão duras e injustas contra os trabalhadores e trabalhadoras e, ao mesmo tempo, manter privilégios para os grandes latifundiários, empresários, banqueiros e rentistas, que sempre lucram à custa da exploração da classe trabalhadora.
Vamos nos mobilizar, lutar pelos fins dos privilégios e garantir nossos direitos. Os trabalhadores e trabalhadoras não aceitam pagar essa conta.

PROPOSTAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:
• Recriação do Ministério da Previdência Social.
• Aprimorar o sistema do Cadastro Nacional de Informação Social Rural (CNIS-RURAL) para tornar mais eficiente a arrecadação das contribuições previdenciárias rurais.
• Intensificar a cobrança da Dívida Ativa da Previdência e da Seguridade Social.
• Fim da aplicação da DRU - Desvinculação de Receitas da União - sobre o orçamento da Seguridade Social.
• Revisão das isenções previdenciárias para entidades filantrópicas.
• Revisão das renúncias previdenciárias sobre as exportações.
• Revisão das desonerações das contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento concedida a diversos setores econômicos.
• Alienação de imóveis da Previdência Social e de outros patrimônios em desuso, por meio de leilão.
• Realização de auditoria da dívida pública como forma de dar transparência ao valor efetivamente devido pelo Estado brasileiro e evitar o pagamento indevido de juros ao sistema financeiro.
• Aprimorar os mecanismos de combate à sonegação das contribuições para a Seguridade Social.

FETRAECE E SINDICATOS FILIADOS


Assessoria de Comunicação da Fetraece - Jornalista Janes P. Souza

CONTAG, Federações e Sindicatos na luta pela manutenção dos direitos já conquistados

Depois de um dia inteiro em reunião foram levantados vários encaminhamentos em defesa da Previdência Social Rural pela Comissão escolhida no Conselho de novembro da CONTAG, para tratar exclusivamente deste tema. 
 
 A Comissão apontou que a CONTAG deve sistematizar através de um documento o que muda com a Reforma da Previdência Social na vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. O texto será encaminhado para as Federações e servirá de subsídio com informações para serem trabalhadas junto a base.
 
Assim, como em outros documentos já construídos anteriormente, a CONTAG mais uma vez mostrará sua posição contrária a Reforma da Previdência Social proposta pelo governo Temer, reafirmando que:
 
A Previdência Rural não é deficitária. Ela está vinculada ao Sistema de Seguridade Social (artigos 194 e 195 da CF) que é financiado por diversas fontes de contribuição, inclusive sobre a venda da produção rural, que dão sustentabilidade a todo o sistema e garante o pagamento dos benefícios. 
 
A Previdência Rural reflete a dinâmica produtiva da agricultura familiar e produz melhorias na qualidade de vida de milhares famílias no campo. Além de garantir a subsistência das famílias, as aposentadorias rurais são utilizadas para investimentos na propriedade e contribuem de forma decisiva para a permanência das famílias no campo e para a produção de alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros(as). A Previdência Rural também cumpre o papel de seguro agrícola em situações de emergência e de calamidade no campo.
 
A Previdência Rural é uma importante política de distribuição de renda e de fortalecimento da comércio/economia local de mais de 70% dos municípios brasileiros. Mais de 2/3 do valor total dos benefícios rurais são destinados a municípios com até 50 mil habitantes, o que corresponde a um volume de recursos na ordem de R$ 5,6 bilhões de reais/mês que são injetados mensalmente na economia desses pequenos municípios (dados de janeiro de 2016). 
 
O trabalho rural é penoso e, atualmente, mais de 70% de homens e mulheres rurais já trabalham mais de 41 anos para ter acesso a uma aposentadoria no valor de um salário mínimo. O aumento na idade de aposentadoria irá exigir desses trabalhadores(as) maior tempo de labor rural,  em atividade penosa, o que lhes retira o direito a uma aposentadoria digna. É importante destacar que o  trabalho penoso reduz a capacidade de trabalho precocemente e a expectativa de vida.
 
A expectativa de vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais não é igual a dos(as)  urbanos(as). Dados estatísticos da Previdência Social apontam que os trabalhadores rurais aposentados e aposentadas por idade vivem menos que os aposentados urbanos, especialmente as mulheres aposentadas rurais que estão vivendo, em média, cinco anos a menos que as mulheres aposentadas urbanas (IPEA, 2016). 
 
Os agricultores(as) familiares contribuem para a Previdência Social mediante uma alíquota incidente sobre a venda da produção rural. Manter essa regra é necessário, pois se for exigido contribuição individual de cada membro da família para acesso aos benefícios previdenciários, muitos agricultores(as) serão excluídos desse sistema protetivo já que a maioria não consegue ter renda mensal devido a sazonalidade da produção rural e às condições climáticas que nem sempre permitem ao agricultor(a) obter renda proveniente da produção.
 
“São essas questões que a CONTAG quer reafirmar para a sociedade. Mostrar quais os vários motivos de sermos contrários a Reforma da Previdência  e mais uma vez nos posicionarmos  pela manutenção das atuais regras de acesso aos benefícios e de contribuição para custear  a seguridade social do povo brasileiro”, ressaltou o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson Gonçalves.
 
Já o presidente da CONTAG, Alberto Ercílio Broch, pontuou fortemente durante a reunião, que todo o MOVIMENTO SINDICAL estará mais do que nunca: MOBILIZADO!
 
“Nossos Sindicatos estarão mobilizados nos municípios. Vamos fazer Audiência Pública com as Câmaras de Vereadores, mexer com os (as) prefeitos (as), conversar com os nossos (as) associados (as). Estaremos nas Igrejas, sensibilizando os (as) trabalhadores e trabalhadoras sobre o que significa essa proposta, pois a visão que eles (as) têm é só a da grande mídia e a do governo, que sistematicamente aponta que se a Reforma não for feita, o mundo acaba em no máximo dois anos”, afirmou Alberto.
 
A Comissão ainda apontou outras estratégias de MOBILIZAÇÃO, como a sugestão de um acampamento em frente as Agências do INSS em todo o País. Pressão direta com os deputados (as) e senadores (as) nos estados e em Brasília. E ainda apontou na agenda de luta, uma grande ação em contrapartida aos retrocessos previstos pela Reforma da Previdência.  
      
PROPOSTAS PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DA SEGURIDADE SOCIAL
 
Vale destacar que a CONTAG vem apresentando várias propostas para garantir a sustentabilidade da seguridade social, como a Recriação do Ministério da Previdência Social; Aprimorar o sistema do Cadastro Nacional de Informação Social Rural (CNIS-RURAL) para tornar mais eficiente a arrecadação das contribuições previdenciárias rurais; Intensificar a cobrança da Dívida Ativa da Previdência e da Seguridade Social; Fim da aplicação da DRU - Desvinculação de Receitas da União - sobre o orçamento da Seguridade Social; Revisão das isenções previdenciárias para entidades filantrópicas; Revisão das renúncias previdenciárias sobre as exportações; Revisão das desonerações das contribuições previdenciárias sobre a folha de pagamento concedida a diversos setores econômicos; Alienação de imóveis da Previdência Social e de outros patrimônios em desuso, por meio de leilão; Realização de auditoria da dívida pública como forma de dar transparência ao valor efetivamente devido pelo Estado brasileiro e evitar o pagamento indevido de juros exorbitantes ao sistema financeiro; e Destinação à Seguridade e/ou à Previdência Social das receitas fiscais provenientes da regulamentação dos bingos e jogos de azar, em discussão no Congresso Nacional.
 
 
ORIENTAÇÕES EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA RURAL
 
Acesse através dos links abaixo vários materiais para fortalecer as ações do MSTTR frente a proposta da Reforma da Previdência
 
Vídeo 1 - Previdência Social Rural: Potencialidades e desafios: AQUI
 
Vídeo 2 – Desmascarando o rombo da Previdência: AQUI
 
Cartilha sobre o Estudo da previdência rural elaborado pela CONTAG: AQUI
 
Folder para subsidiar o debate sobre a reforma da Previdência Rural: AQUI
 
Adesivos para carros e motos: AQUI
 
Cartaz: AQUI
 
Modelos de faixas para serem fixados na frente do Sindicato e em outros espaços públicos: AQUI
 
 
Estudos sobre a Previdência Rural
 
CONTAG. “Previdência Social Rural: Potencialidades e Desafios”. Julho de 2016. AQUI
 
IPEA. Nota Técnica n.º 25 - Disoc – “Previdência Rural: Contextualizando o debate em torno do financiamento e das regras de acesso”. Maio de 2016. Organizadores: Valadares, Alexandre Arbex; Galiza, Marcelo.  AQUI
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes, com informações da Secretaria de Políticas Sociais e Secretaria Geral da CONTAG.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Eleita e empossada nova diretoria do STRAAF de Potengi





  No dia 20 de Novembro de de 2016, aconteceu a eleição do Sindicato dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de Potengi, onde foi eleita a diretoria, suplentes e conselho fiscal, na ocasião foi eleito como presidente Miguel Alexandre Barbosa, e a posse da diretoria foi realizada no dia 11 de Dezembro de 2016, e a referida diretoria terá iniciado no dia 20 de dezembro de 2016 a 20 de dezembro de 2020.

STRAAF de Potengi realiza primeira assembléia de 2017



  Aconteceu na última sexta feira, a primeira assembléia do ano de 2017 no Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras familiares de Potengi, onde na ocasião foram escolhidos delegados para participarem da Plenária Reginal Cariri, em preparação para o 12º CNTTR( Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais da Contag), onde na ocasião foram escolhidos Miguel alexandre, Josinaldo Rodrigues, Cicera matos e dona Geralda carvalho, a plenária acontecerá nos próximos dias 12 e 13.