A Diretoria da CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA –
CONTAG, convoca as Federações filiadas e os Sindicatos dos Trabalhadores
Rurais a participarem da 4ª PLENÁRIA NACIONAL DOS TRABALHADORES E
TRABALHADORAS RURAIS – 4ª PNTTR, a se realizar de acordo com o Estatuto
da CONTAG, o Regimento Interno da 4ª PNTTR aprovado no Conselho
Deliberativo da CONTAG em 20 de março de 2015 e nos seguintes termos: 1 –
DATA 11, 12 e 13 de novembro de 2015. 2 – LOCAL Centro de Estudos
Sindical Rural – CESIR, situado à SPMW Quadra01 Conjunto 02 Lote 02 –
Núcleo Bandeirante – DF. 3 – TEMÁRIO I. Analisar as modificações
ocorridas na conjuntura nacional e na situação de trabalho e de vida da
categoria a partir do 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais – 11º CNTTR, realizado em Brasília – DF no período
de 04 a 08 de março de 2013;
II. Avaliar o cumprimento das resoluções do 11º CNTTR;
III. Avaliar e deliberar sobre o plano de ação para a CONTAG até o 12º CNTTR.
4 - PROGRAMAÇÃO Dia 11 de novembro de 2015 08:00 às 14:00 Credenciamento
dos delegados e delegadas efetivos. 14:00 às 16:00 Credenciamento dos
delegados e delegadas suplentes. 14:00 Solenidade de Abertura 15:00
Análise de Conjuntura 18:00 Instalação da Plenária e Orientações Gerais
da 4ª PNTTR
Dia 12 de novembro de 2015 8:00 a 18:00 Discussão em grupos de trabalho
do temário da Plenária (todos os grupos discutirão os mesmos temas)
Dia 13 de novembro de 2015 08:00 às 16:00 Plenária para socialização das discussões dos grupos
5- DOS DELEGADOS E DELEGADAS
São delegados e delegadas participantes da 4ª PNTTR, com direito a voz e a voto:
I. A Diretoria Efetiva da CONTAG; II. Uma delegação representante de
cada Federação, eleita em Plenária Estadual ou em Plenárias Regionais,
na seguinte proporção de delegados com o número de sindicatos filiados e
em dia com a sua respectiva Federação:
a. 10 (dez) delegados(as ) para as Federações com até 50 STTRs filiados;
b. 12 delegados(as) para as Federações com 51(cinquenta e um) a 100 STTRs filiados;
c. 16 (dezesseis) delegados(as) para as Federações com 101 até 200 STTRs filiados
d. 24 (vinte e quatro) delegados(as) para as Federações com 201 a 300 STTRs filiados
e. 30 (trinta) delegados(as) para Federações com 301 STTRs ou mais STTRs filiados
6. DISPOSIÇÕES REGIMENTAIS DA 4ª PNTTR
I. Para efeito da determinação do número de delegados e delegadas, serão
tomados por base os Sindicatos filiados à Federação até o dia 1º de
julho de 2015, estando ou não no gozo de seus direitos sindicais.
II. Na delegação de cada Federação poderá constar no máximo 50% de
delegados e delegadas que sejam diretores e diretoras da Federação.
III. Junto com cada delegado e delegada titular será eleito o respectivo
suplente. No caso de delegada titular mulher trabalhadora rural o
suplente será, obrigatoriamente, outra mulher trabalhadora rural. Para
efeito do cômputo da cota mínima de trabalhadores rurais jovens, cada
delegado jovem terá como suplente um delegado jovem.
IV. Só poderão participar do processo de escolha dos delegados e
delegadas de base os trabalhadores e trabalhadoras rurais filiados e no
gozo de seus direitos sindicais.
V. Só poderão indicar delegados e delegadas os Sindicatos e as
Federações em pleno gozo dos direitos sindicais, de acordo com o
Estatuto da Federação a que seja filiado e que esteja em dia com a
contribuição de 1% (um por cento) sobre a arrecadação das mensalidades
feita diretamente por ele, repassada à CONTAG através das Federações,
até o dia 1º de julho de 2015.
VI. Todas as delegações representativas das Federações filiadas
respeitarão obrigatoriamente a paridade de gênero, entendida como a
igualdade numérica entre homens e mulheres na composição da lista.
VII. A lista de delegados inscritos pela Federação respeitará,
obrigatoriamente, a participação de, no mínimo, 20% (vinte por cento) de
jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais.
VIII. Na composição de sua delegação, as Federações deverão observar a
participação de delegados e delegadas trabalhadores e trabalhadoras
rurais da terceira idade.
IX. O processo de escolha dos delegados e delegadas será coordenado pela
respectiva Federação, que estabelecerá os critérios a serem adotados
para a formação de sua lista de delegados e delegadas. No
estabelecimento desses procedimentos, a Federação respeitará em todas as
etapas, obrigatória e expressamente, a paridade de gênero, a
participação de, no mínimo, 20% de jovens trabalhadores e trabalhadoras
rurais e a participação de trabalhadores e trabalhadoras rurais da
terceira idade.
7 - INSCRIÇÃO DOS DELEGADOS E DELEGADAS PARA PARTICIPAREM DA 4ª PNTTR
A inscrição dos delegados e delegadas à 4ª PNTTR, titulares e suplentes,
será promovida pela respectiva Federação até o dia 16 de outubro de
2015, junto à Secretaria Geral da CONTAG, mediante o cadastro de todos
os delegados e delegadas no sistema digital com esta finalidade
disponibilizado pela CONTAG em seu site (www.contag.org.br) e a
apresentação da documentação pertinente. 8 - DISPOSIÇÕES GERAIS Todos os
procedimentos relativos à 4ª PNTTR, incluindo a escolha de delegados e
delegadas, serão realizados com base no Regimento Interno da 4ª PNTTR,
aprovado pelo Conselho Deliberativo da CONTAG e com base no Estatuto da
CONTAG, disponíveis para consulta no site http://www.contag.org.br, que
são parte integrante deste edital independentemente de transcrição.
Brasília – DF, 28 de maio de 2015.
ALBERTO ERCÍLIO BROCH Presidente
DORENICE FLOR DA CRUZ Secretária - Geral
sábado, 29 de agosto de 2015
Duas mil agricultoras recebem documentação gratuita no Nordeste Mutirão
Com o objetivo de levar melhorar a vida das mulheres da zona rural, o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), do Ministério do Desenvolvimento, estará nos estados do Maranhão e Alagoas nos próximos dias, garantindo o acesso, gratuito, a documentos básicos. A expectativa é que pelo menos duas mil trabalhadoras do campo sejam atendidas, em cerca de 150 vilas, comunidades e projetos de assentamentos nos dois estados. Uma conquista fruto da luta do MSTTR Vale ressaltar que o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) é fruto da luta contínua do MSTTR através de suas ações de massa estratégicas, sobretudo da Marcha das Margaridas. Assim acompanhar notícias como esta para todas e todos que fazem o Movimento Sindical é motivo de muito orguloho e de celebração. " Muito gratificante ver que uma das primeiras conquistas da marcha das margaridas segue fazendo tanta diferença na vida das mulheres e homens no meio rural. Quando pautamos a necessidade do programa muita gente discordava pois achavam que fazer documento hoje e a coisa mais facil do mundo. no entanto uma realidade que nao chegou ainda para as pessoas que vivem no campo, prova disso sao os mais de 2 milhões de documentos feito pelo programa, e também os resultados e metas a cada programa de documentação!!! parabéns estados de Alagoas e Maranhão por mais um mutirão!!!!", celebrou a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas. Para a diretora de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas do MDA, Célia Watanabe, estar devidamente documentada é fundamental para o exercício pleno da cidadania. “Isso permite às mulheres acessar as políticas públicas, tais como crédito, assistência técnica, e todo um conjunto de programas disponível para o campo”, explica. Durante os mutirões, os interessados poderão requisitar: CPF, bem como primeiras e segundas vias de carteiras de identidade e de trabalho. Além disso, será realizada inscrição no INSS, CadÚnico e Bolsa Família. Serviços de fotografia, cópia de documentos e palestras sobre os direitos previdenciários também estarão disponíveis. O projeto é direcionado especialmente às mulheres, mas homens e crianças também podem participar. Programa Desde a criação do programa, em 2004, o Maranhão já recebeu 266 mutirões, nos quais mais de 63,5 mil mulheres foram atendidas, totalizando mais de 112 mil documentos emitidos. Em Alagoas, foram 129 mutirões e mais de 104 mil documentos, contabilizando mais de 56 mil mulheres beneficiadas. |
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FONTE: Ministério do Desenvolvimento Agrário com adaptações da Assessoria de Comunicação da CONTAG |
Participação das mulheres é uma condição necessária para a democracia
A Marcha das
Margaridas defende que a participação das mulheres é uma condição
necessária para a democracia e por isso aponta para uma das contradições
de nosso tempo: a pouca presença das mulheres nos espaços de poder.
Somos uma grande minoria na direção dos partidos, dos movimentos, dos
governos. Estamos sub-representadas nas Câmaras de Vereadores e no
Congresso Nacional, assim como no judiciário.
A população brasileira é
composta de aproximadamente 54% do sexo feminino e 46% do sexo
masculino. Na democracia que temos hoje os espaços de poder e
participação são ocupados majoritariamente pelo sexo masculino–homem,
enquanto as mulheres ficam à margem. Isso se reflete em todos os espaços
políticos, na grande maioria das instituições públicas e privadas de
representação, inclusive nos movimentos sociais.
Fazer uma reforma
política democrática exige muito mais do que algumas mudanças no sistema
partidário-eleitoral, vigente no país. É preciso mudar a estrutura do
nosso sistema político, desde as emendas parlamentares ao orçamento, até
a forma de definição das/os dirigentes de altos cargos públicos, que é
profundamente permeado por mecanismos clientelistas. Pensar a
participação das mulheres é importante, mas não podemos considerar
apenas a inserção nessa estrutura de poder, pois restringe o alcance da
mudança que desejamos. Trata-se de democratizar, de fato, o Brasil,
tarefa na qual as mulheres têm muito a contribuir.
Para construirmos um
país realmente democrático, com participação igualitária entre homens e
mulheres, é preciso romper com as desigualdades e discriminações
vivenciadas pelas mulheres. Um dos mecanismos de fortalecimento da
participação das mulheres que temos hoje é a reserva de vagas/cotas para
as mulheres, que podem estimular e impulsionar essa participação, mas
que precisa vir acompanhado da garantia de igualdade de condições também
na hora de financiar as campanhas.
Nesse sentido, temos
convicção da necessidade de acabar com o financiamento privado de
campanha, que beneficia apenas alguns grupos e não considera a
importância de termos um sistema político de fato legítimo e
representativo da sociedade brasileira.
Na nossa visão é preciso
assegurar a participação de no mínimo dos 30% de mulheres candidatas
nas três esferas, bem como nos cargos públicos, levando em consideração a
possibilidade de paridade nas listas de votação APROFUNDANDO AS
DISCUSSÕES COM
A SOCIEDADE e ainda que
os próprios partidos assumam campanhas, garantindo financiamento, para
exterminar o “mito” de que mulher não vota em mulher. Por isso,
parabenizamos o esforço do Senado Federal em aprovar a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que reserva um percentual mínimo de
cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis
federativos, assegurando a cada gênero percentual mínimo de
representação nas três próximas legislaturas: 10% das cadeiras na
primeira legislatura, 12% na segunda legislatura; e 16% na terceira.
Sabemos que este é um passo importante no sentido de alcançarmos uma
representação justa das mulheres no Congresso Nacional.
Lamentamos que essa mesma postura não seja vista na
Câmara dos deputados, visto que esta casa rejeitou a criação de uma
cota de 15%, que seria aplicada gradualmente, para as mulheres em todas
as cadeiras parlamentares do país, revelando o posicionamento machista e
conservador que infelizmente ainda impera naquele espaço.
Não podemos admitir que
um país que é referencia na luta e na conquista por políticas públicas
se mantenha em uma situação de tanto atraso no que se refere à
representação das mulheres nas instâncias de poder.
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FONTE: Alessandra Lunas - secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da 5ª Marcha das Margaridas | |||
CONTAG e movimentos sociais dizem NÃO ao Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba em audiência pública na Câmara dos Deputados
Finalmente os movimentos sociais tiveram oportunidade de
comunicar ao governo federal suas opiniões sobre o Plano de
Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, lançado em maio pela ministra
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Kátia Abreu, como a
“expansão da produção agrícola com desenvolvimento sustentável” nos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Foi realizada na manhã de
hoje (27) a segunda audiência pública sobre o tema na Câmara dos
Deputados, a primeira em que os movimentos sociais puderam falar e
questionar os representantes do MAPA, já que não houve qualquer consulta
ou apresentação à sociedade civil durante a construção do projeto - o
que fere a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
assinada pelo governo brasileiro.
A CONTAG e representantes de movimentos sociais deixaram bem clara a
insatisfação com o projeto, que é a consolidação de um modelo de
produção que visa apenas o desenvolvimento econômico e desconsidera o
desenvolvimento da agricultura familiar, das comunidades tradicionais,
quilombolas e indígenas, desconsidera a atividade extrativista e o modo
de vida das comunidades rurais. Além disso, a monocultura de soja, de
algodão, de milho e outros grãos compromete ainda a qualidade dos solos,
a biodiversidade e, principalmente, os recursos hídricos. A área do
Matopiba é formado em 90,9% pelo bioma do cerrado, que o berço das
principais bacias hidrográficas de nosso país.
“Trata-se de um projeto prejudicial tanto nos aspectos sociais
quanto nos aspectos ambientais. Não apoiamos um projeto de
desenvolvimento que se diz sustentável, mas que não tem qualquer
representante de órgãos ambientais e muito menos da sociedade civil.
Esse projeto é unilateralmente do agronegócio. Não podemos ter
desenvolvimento econômico a qualquer custo, ao custo da vida das pessoas
mais pobres e dos recursos naturais da nossa e das futuras gerações”,
afirmou o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da
CONTAG, Willian Clementino Matias.
O vice-presidente da CONTAG levantou ainda as questões dos
agrotóxicos e da informalidade dos trabalhadores do campo. “Como será a
incidência do MAPA no Programa nacional de Redução de Agrotóxicos
(Pronara)? A falta dessa definição não ajuda nem fortalece o Matopiba,
que tem um discurso de sustentabilidade, mas fomenta um modelo de
produção baseado no uso de defensivos agrícolas, que envenenam a
produção, o solo, a água e as pessoas. Eu lembro o município de Lucas do
Rio Verde (MT), onde até o leite materno está contaminado com
agrotóxico. Além disso, a informalidade no trabalho nas fazendas e a
superexploração da mão de obra são fatos muito conhecidos tanto pelos
movimentos sindicais do campo quanto pela classe patronal e a promessa
de geração de emprego é muito séria. Quais são os critérios que estão
sendo trabalhados no sentido de combater a informalidade e a exploração
dos trabalhadores?”, questionou Willian Clementino.
Estavam presentes na mesa da Audiência Pública pelo MAPA o
secretário de Política Agrícola, André Nassar, e representante da
secretaria de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Rangel. Pelos movimentos
sociais estavam a coordenadora geral de ONGs da Mata Atlântica, Tânia
Maria Martins, o assessor técnico da região Centro Oeste da Cáritas
Brasileiras, Paulo Henrique de Morais e a represente da Rede Cerrado,
Ana Cláudia Ribeiro, da Comunidade de Quilombolas da região do cerrado. A
CONTAG e representantes de ONGs em defesa da Mata Atlântica, do Cerrado
e de outros biomas, e também de comunidades indígenas.
O que é o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba?
Lançado em maio de 2015 pelo Ministério Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do
Matopiba é um projeto com o objetivo de expandir a fronteira agrícola do
agronegócio, fomentando a expansão da produção de grãos em uma área
imensa, de 73 milhões de hectares, em 337 municípios nos estados do
Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O nome do plano vem da junção da
primeira sílaba do nome de cada estado. De acordo com o MAPA, “o
território do Matopiba apresenta a expansão de uma fronteira agrícola
baseada em tecnologias modernas de alta produtividade” e foi construído
graças a uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Colonização e Reforma Agrária
(Incra).
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto |
Encontro Estadual de Reforma Agrária e Crédito Fundiário é realizado no Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro recebeu hoje (27) o Encontro
Estadual de Reforma Agrária e Crédito Fundiário, promovido pela CONTAG.
Estavam presentes representantes de sindicatos de trabalhadores (as)
rurais, associações e organizações voltadas para assentados e
agricultores familiares do estado, assim com o integrantes da diretoria
da FETAG-RJ.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Xavier, apontou
os principais elementos da conjuntura agrária no âmbito nacional e
estadual e convidou todos os presentes para a Manifestação Nacional pela
Reforma Agrária, em 2016. O principal tema do encontro são as
perspectivas e desafios para implantação, ampliação e fortalecimento do
Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), além da apresentação de
experiências bem sucedidas em assentamentos rurais do estado do Rio de
Janeiro.
“Quais os desafios para a implementação da Reforma Agrária no Rio
de Janeiro? O primeiro desafio é fazer com que a pauta da Reforma
Agrária volte para o centro das discussões do governo federal, estadual e
municipal. Com relação ao crédito fundiário, temos que rever a questão
da taxa inadimplência, que é muito alta no estado do Rio”, afirma
Zenildo Xavier.
Também foram destacados os desafios para implementação de uma
Reforma Agrária ampla e massiva, como apontada no Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS). Também foi
realizado um resgate histórico das lutas pelo acesso a terra desde
1958.
Amanhã (28), a programação do Encontro Estadual de Reforma Agrária e
Crédito Fundiário conta com a apresentação dos projetos de assentamento
implantados pelo INCRA no estado e a ampliação e fortalecimento das
ações realizadas em conjunto com o MSTTR. Além disso, será discutido o
planejamento das ações pela Reforma Agrária em 2016, além da definição
de novas ações sindicais e estratégias visando o fortalecimento do PNCF.
Os encontros estaduais são promovidos pela CONTAG por meio de
convênio firmado com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto |
III Seminário Nacional do Fórum de Educação do Campo - FONEC.
Segue em Brasília-DF com cerca de 160 participantes dos Movimentos Sociais e Universidades o III Seminário Nacional do Fórum de Educação do Campo - FONEC. “Pra nós da CONTAG, realizar o III Seminário do FONEC é um momento de reafirmação do papel que Fórum Nacional de Educação do Campo tem exercido durante estes 5 anos desde que foi criado em 2010 como espaço de vozes dos Movimento sociais do Campo e Academia que pauta a luta pela implementação de uma Política específica para o campo. Outro ponto que merece destaque é a participação massiva de atores da educação do campo brasileira presentes no nosso Seminário, pois acreditamos que assim faremos um grande balanço de avanços e retrocessos na efetivação de conquistas na área de educação do campo e do momento conjuntural que passa o Ministério da Educação (MEC), neste momento de crise do país”, afirmou o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson.
Estratégias
José Wilson ainda destaca a unidade em torno de um bem comum e as
conquistas que são fundamentais para o desenvolvimento da educação do
campo.
“A presença dos Movimentos Sociais e profissionais de educação das
universidades mostra um momento de unidade em defesa da educação do
campo de forma que a gente possa propiciar grandes encaminhamentos para
questões como por exemplo a garantia da continuidade dos Cursos de
Licenciatura, assim como em outras áreas do conhecimento. Pensamos ainda
em uma atuação efetiva no acompanhamento, elaboração e implementação do
Plano Nacional de Educação. Ressaltamos ainda que outra luta nossa é
combater o fechamento de escolas na zona rural”, destacou.
A formação técnica para o campo é outro desafio. “O PRONATEC Campo
hoje não dialoga com nossa realidade , por isso lutamos para que o MEC
faça uma adequação na legislação de forma a garantir instrumentos como:
recursos, conteúdos pedagógicos, espaços adequados, pois só assim
teremos uma formação voltada para atividades que são desenvolvidas no
meio rural.
Participante do III Seminário Nacional do Fórum de Educação do
Campo – FONEC, a coordenadora nacional do setor de educação do Movimento
Sem Terra (MST) no Pará, Camila Silva destaca a importância do Encontro
e compartilha um pouco da sua realidade no Pará.
“No Pará temos buscado construir ações de luta pela educação do
campo vinculado também pelo processo de luta e defesa dos territórios
camponeses, quilombolas, ribeirinhos, indígenas, entre outros. Assim
temos buscado garantir o direito a educação em todas as comunidades,
possibilitando assim que crianças, jovens e adultos elevação de
conhecimentos e condições de vida digna”, afirmou.
Unidade na luta por Políticas Públicas para educação
“O Encontro do FONEC é importante pois é um momento de reafirmar os
compromissos com a educação do campo. Esse compromisso é afirmado a
partir da vivência quer nos movimento sociais, nas universidade ou nos
órgão públicos de educação, ou seja, essa construção coletiva da
situação da realidade da educação nos permite construir coletivamente
um diagnóstico e assim mantermos a unidade na luta por políticas
publicas para educação” ressaltou a coordenadora nacional do setor de
educação do Movimento Sem Terra (MST) no Pará.
Visão acadêmica
Quem vem do campo acadêmico também tem contribuído no debate de implementação da educação do campo.
“ Vamos fazer um balanço coletivo dos desafios que estão no campo e
a partir daí construir estratégias que podem ser implementadas para
educação do campo. No nosso ponto de vista acadêmico, o Seminário nos
convida fazer uma produção crítica dos desafios para implementação da
educação do campo. Aqui é um espaço de definição que orienta as ações a
serem potencializadas e desenvolvidas, como elementos que nos unem pela
educação do campo. Bom lembrar que todo processo foi construído pelo
coletivo que pagou do seu próprio bolso pra chegar até aqui no FONEC com
profissionais e militantes em prol de um bem comum. Vamos sair daqui
com uma pauta de ações de fortalecimento do Fórum para avançar na
educação do campo”, destacou Eliene Novaes Rocha, doutora em educação,
atualmente professora da Faculdade de Educação UNB, de Planaltina-DF.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes | ||
Movimento Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais (MSTTR) lamenta mais um assassinato de trabalhador rural.
A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do
Estado do Maranhão (Fetaema), juntamente com todas e todos que fazem o
Movimento Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais (MSTTR),se solidariza
com a família do trabalhador rural e presidente da associação de
lavradores RAIMUNDO SANTOS RODRIGUES, liderança camponesa assassinada no
dia 25.08.2015, em decorrência de conflito agrário localizado na
comunidade Brejinho do Onça, município de Bom Jardim-MA. Além do
assassinato, sua esposa, MARIA DA CONCEIÇÃO CHAVES LIMA, delegada
sindical, também foi baleada, mas sobreviveu aos disparos de arma de
fogo.
O conflito perdura há mais de 5 anos, na região da Reserva
Biológica do Gurupi, oeste do Maranhão, e madeireiros e criadores de
gado bovino, além de devastarem o que restou da Amazônia maranhense,
tentam expulsar, por meio de força bruta e ações judiciais, as famílias
da localidade Brejinho do Onça. Ressaltamos que em 2014, o Poder
Judiciário do Maranhão determinou a expulsão das famílias da localidade,
despejo que foi revertido por meio de recurso judicial.
Conclamamos que as autoridades constituídas, especialmente o
Governo do Maranhão, o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual
garantam as investigações do crime e a prisão do culpados.
Suspeitos presos no Maranhão
Dois homens foram presos, nesta quinta-feira (27), suspeitos de
matar o ambientalista e conselheiro da Reserva Biológica (Rebio) do
Gurupi, Raimundo Santos Rodrigues, de 54 anos. Ele foi morto a tiros
durante uma emboscada, na quarta-feira (26), em Bom Jardim.
A dupla foi presa bem perto da localidade, onde o ambientalista
sofreu a emboscada. Os dois estavam armados com espingardas e facões,
mas não tiveram tempo de reagir. As identidades dos suspeitos não foram
divulgadas pela Polícia Federal. Segundo o superintendente Alexandre
Saraiva, os dois podem ser associados aos criminosos que atuam naquela
região.
"O assassinato ocorreu em razão das atividades dele como
conselheiro da reserva biológica do Gurupi. isso mostra que essas
pessoas que o assassinaram são associadas aqueles criminosos ambientais
que atuam fortemente naquela região", afirmou o delegado.
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FONTE: FRANCISCO DE JESUS SILVA - PRESIDENTE DA FETAEMA |
Casa Própria – Presidente da Fetraece assina de mais de 200 contratos do PNHR
A realização de um grande sonho para mais de duzentas famílias de agricultores e agricultoras familiares começou a se realizar. A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) conseguiu junto a presidenta Dilma Rousseff e ao Governo Federal, por meio do programa Minha Casa Minha Vida do Ministério das Cidades, a liberação da construção de 214 casas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) no Ceará. O presidente da Federação, Luiz Carlos Ribeiro Lima, continua percorrendo vários municípios assinando os contratos junto aos agricultores/as e a Caixa Econômica Federal, que repassará os recursos. Nesta sexta-feira (28), foram assinados os contratos para construção de 31 unidades habitacionais no município de Tamboril, no Sertão dos Inhamuns/Crateús. A solenidade na cidade, contou também com a presença do secretário de Finanças da Fetraece, Raimundo Martins, e de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Tamboril.
“É muito gratificante poder assinar cada contrato e ver estampado no rosto de agricultores e agricultoras a felicidade de verem o início da concretização do sonho de ter sua casa própria. Muitos deles e delas viveram anos e anos morando para patrões e de uma hora para outra eram colocados para fora. Também temos os assentados, que viviam debaixo de lonas. Não tem como mensurar a alegria de cada beneficiado e a nossa. Foi uma grande conquista, mas vamos continuar lutando por mais projetos.”, pontuou Luiz Carlos Ribeiro
Nos últimos dias já foram assinados os contratos no assentamento Juá, em Caridade; assentamento Agroverde, em Chorozinho; assentamento Campo Limpo, em Sobral; assentamento Boa Esperança, em Ocara; assentamento São Miguel, em Itaiçaba e assentamento São Francisco, em Icapuí.
Na próxima semana (31 de agosto a 04 de setembro) o presidente da Fetraece vai assinar contratos no assentamento Zabelê Flores, em Paraipaba; assentamento Caranã São José, em Trairi; Catunda; Potiretama; Parambu e Itapipoca.
Secretária de Mulheres da Fetraece ministra oficina de Relações de Gênero na Enfoc Nordeste
Além dos educandos e educandas, da turma nordeste, acompanham o debate de Relações de Gênero a secretária da Terceira Idade da Contag, Lúcia Moura, a secretária de Formação, Organização Sindical e Comunicação da Fetraece, Lucilene Batista. e a coordenadora da Regional Nordeste da Contag, Joana Almeida.
O 2º módulo segue até domingo (30) no Pólo Sindical da Mata Norte da Federação dos Trabalhadores/as na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), localizado na cidade de Carpina.
Assessoria de Comunicação da Fetraece - Jornalista Janes P. Souza
Regional da Fetraece no território Inhamuns/Crateús inicial turma regional da Enfoc
Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras
Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) por meio da Secretaria de
Formação, Organização Sindical e Comunicação e da Rede de Educadores e
Educadoras da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc) iniciou
nesta segunda-feira (24), em Independência, a 2ª turma regional da Enfoc
no território Inhamuns/Crateús. Ao todo, são 33 educandos e educandas
representando 15 sindicatos municipais. O primeiro módulo segue até
sexta-feira (28), quando será realizado um mutirão sindical no
município.
A secretária de Formação, Organização Sindical e Comunicação da Fetraece, Lucilene Batista, participou do início do curso e destacou a importância da formação na transformação dos sujeitos e na construção de um movimento sindical cada vez mais qualificado.
Os futuros educadores e educadoras ainda passarão por outros dois módulos. O próximo ocorrerá em Tauá e o último em Ipueiras.
A secretária de Formação, Organização Sindical e Comunicação da Fetraece, Lucilene Batista, participou do início do curso e destacou a importância da formação na transformação dos sujeitos e na construção de um movimento sindical cada vez mais qualificado.
Os futuros educadores e educadoras ainda passarão por outros dois módulos. O próximo ocorrerá em Tauá e o último em Ipueiras.
Onze representantes do Ceará participam do 2º Módulo da ENFOC Nordeste
Os educandos e educandas do Ceará são: Eli Castro (Apuiarés), Conceição Perulino (Iguatu), Mairton Batista (Milhã), Janes P. Souza (Dep. Irapuan Pinheiro), Jaqueline Pinto (Aratuba), Elizabete Rodrigues (Caucaia), Aline Alves (Itapipoca), Menésia Simião (Várzea Alegre), Ciete Bezerra (Várzea Alegre), Aparecida Soares (Ipaporanga) e Cícero Marinho (Abaiara).
Na quinta-feira (27), as secretárias da Federação dos Trabalhadores Rurais agricultores e Agricultoras Familiares do Ceará (Fetraece), Lucilene Batista (Formação, Organização Sindical e Comunicação) e Rosângela Moura (Mulheres) viajaram para Carpina, onde irão contribuir na formação dos mais de cem educandos/as do Nordeste.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) é responsável pela colhida do segundo módulo da 5ª Enfoc Nacional. Confira reportagem realizada pela comunicação da Fetape sobre o evento:
Pernambuco recebe 2º Módulo da 5ª Turma do Nordeste do Curso Regional de Formação da Contag
Dando continuidade ao objetivo de desenvolver a formação político-sindical no Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR), orientada pela estratégia de ampliar, fortalecer e consolidar a Rede de Educadores e Educadoras Populares da Enfoc na região, a Contag realiza o 2º Módulo da 5ª Turma do Curso Regional Nordeste de Formação, entre os dias 24 e 30 de agosto, no Centro Social Euclides Nascimento, em Carpina.
Durante a semana da atividade, os/as 111 educandos/as de todos os estados do Nordeste farão uma imersão sobre o Eixo Temático "Ação Sindical e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – Campo, Sujeito e Identidade". Entre os temas trabalhados está "História, concepções e acontecimentos marcantes no processo de construção do MSTTR", com a apresentação de painéis mostrando como os/as trabalhadores/as rurais foram construindo suas bandeiras de luta e sua organização no Brasil e na região. Esse momento contará com o depoimento do sindicalista José Francisco, ex-presidente da Contag.
Os/as participantes ainda participarão de oficinas de frevo, cordel e teatro. Também está programada uma visita pedagógica à Usina Olho D’Água, em Camutanga, localizada no Polo Sindical da Mata Norte, para que os/as educandos/as entrem em contato com a realidade dos/as trabalhadores/as assalariados de uma unidade produtiva na Zona Canavieira.
Com isso, a Contag pretende estimular e aprimorar a multiplicação criativa de formação na base, possibilitando o fortalecimento da ação e prática sindical transformadora nos Sindicatos, nas Federações e na Contag.
Em um momento em que o nosso estado vem passando por um intenso processo de reorganização sindical, onde a Fetape tem fortalecido o sindicalismo nas categorias de assalariados rurais e agricultores familiares, a Federação demonstra um grande prazer em receber o 2º Módulo desse curso. “Vivenciar a realidade do trabalho assalariado, na visita pedagógica, e estar com José Francisco, que é memória viva da Academia Sindical de Pernambuco é uma reafirmação da estratégia formativa da nossa Escola, que define como prioridade a BASE, na luta por um sindicalismo orgânico, como nos ensinou Euclides Nascimento, que dá nome ao Centro Social da Fetape, onde será realizada a formação”, destaca Adelson Freitas, diretor de Organização e Formação Sindical da Fetape.
ENFOC completa 9 anos
Agosto é o mês em que a Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc) foi criada. No último dia 14, ela completou 9 anos. Uma ideia ousada, construída por várias mãos, mentes e corações.
Primeiro, se queria construir uma Escola orgânica, formada a partir da história de luta dos movimentos sociais e sindical. Em seguida, lideranças e militantes aceitaram o desafio de se tornarem educadores/as populares, para semear a formação por todos os cantos do país, construindo a grande Rede de Educadores e Educadoras Populares da Enfoc.
Hoje, as sementes germinaram, cresceram e deram frutos. Já são cinco turmas formadas do Curso Nacional; 25 turmas dos Cursos Regionais; e 112 turmas dos Cursos Estaduais. Isso representa mais de 5.500 Educadores e Educadoras Populares, além dos muitos Grupos de Estudos Sindicais – GES espalhados pelas Comunidades Rurais de todo o país.
Tudo isso porque a Enfoc nunca abandonou os princípios definidos pela Política Nacional de Formação – PNF, fazendo um trabalho orientado pela Educação Popular, na consciência de classe e na utopia de contribuir na construção do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – PADRSS.
Dessa forma, celebrar nove anos é comemorar uma Escola que vem mudando a vida de pessoas, de grupos e regiões, mas, principalmente transformando a luta do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de todo o país.
PARABENS PARA a ENFOC! VIVA o MSTTR!
Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional acontece em Fortaleza
A Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará foi aberta na noite desta terça-feira(25/08), com a apresentação dos corais da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e do BNB Clube. O primeiro entoou o Hino do Estado do Ceará e o segundo apresentou canções da MPB que falam de alimentação.
A anfitriã do encontro, a presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará (Consea-CE), Malvinier Macedo, apresentou duas sextilhas no estilo literatura de cordel, típica da região nordestina.
"Pra vocês, as boas-vindas
Povo bom, povo animado
Estamos aqui com fé
Para um trabalho afinado
Porque esta conferência
Tem que dar bom resultado
Hoje, amanhã e depois
Temos muito o que fazer
Que comida de verdade
O verdadeiro de comer
Para o campo e pra cidade
Temos nós que defender".
O lema das conferências nacional e estaduais de segurança alimentar e nutricional deste ano é "Comida de verdade no campo e na cidade, por direitos e soberania alimentar" - que busca valorizar a alimentação adequada e saudável.
Na conferência magna, em Fortaleza, a presidenta do Consea disse que a comida possui valor e simbologia que vão além do seu aspecto físico e material. "Falar de comida é falar de afeto, é falar de memória, é falar de partilha".
Maria Emília se disse "entusiasmada" com a conferência. "Fico com muito entusiasmo quando participo de um encontro como este no Nordeste, onde as pessoas fazem política com canto e poesia", disse, em referência aos cantos e aos versos de cordel.
A Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará foi aberta na tarde-noite desta terça-feira num hotel no bairro de Meireles, em Fortaleza, com a presença de cerca de 500 pessoas, sendo 386 delegados.
Dos 184 municípios do Ceará, 55 realizaram conferências. Foram realizadas 13 conferências territoriais e 101 reuniões ampliadas, como etapas preparatórias da Conferência Estadual.
A Conferência teve prosseguimento até o dia 27, com a escolha de delegados titulares e suplentes para participarem da 5ª Conferência Nacional, que acontecerá em Novembro, de Potengi participaram os delegados Sebastião Vieira da comunidade remanescente dos quilombolas do sitio carcará e Miguel Alexandre representante do Sindicato dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares de potengi, ambos foram escolhido como suplentes para a Conferência nacional.
Fonte: Ascom/Consea/Sind.rur.pot
sábado, 22 de agosto de 2015
Agricultores e agricultoras familiares vão às ruas contra GOLPE!
Durante a caminhada, as pessoas entoaram palavras de ordem como “Não vai ter golpe!” e "Fica Dilma!". O presidente da Fetraece, Luiz Carlos Ribeiro Lima, destacou a importância da manifestação. "Temos de ir às ruas. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto atacam a democracia brasileira. Defendemos o estado democrático e a presidente Dilma contra ataques golpistas", finaliza o presidente.
“Estamos nas ruas como sempre estivemos. Estamos nas ruas para dialogar com a sociedade. Apoiamos a democracia e somos contra o Golpe”, anunciou o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Wil Pereira.
A mobilização foi nacional e contou com ações em diversos outros estados, como São Paulo, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro.
Assessoria de Comunicação da Fetraece
Texto e foto: Janes P. Souza
Comunicadores sindicais passam por capacitação em técnicas radiofônicas
Com o objetivo que formar uma rede de comunicadores sindicais rurais e possibilitar uma melhor qualidade dos programas que são realizados pelos sindicatos municipais filiados à Fetraece, o curso trabalhou noções de como escrever notícias para o rádio, narração, produção e edição de áudio. Neste primeiro momento, a preparação foi voltada para os sindicatos que já possuem programas radiofônicos.
A abertura do encontrou que contou com a participação de 25 agricultores e agricultoras sindicalistas, foi realizada pela secretária de Formação, Organização Sindical e Comunicação, Lucilene Batista, e pelo secretário de Comunicação da CUT-CE, Emanuel Lima.
Já o encerramento e entrega de certificados, teve além das presenças de Lucilene Batista e Emanuel Lima, a participação do presidente da Fetraece, Luiz Carlos Ribeiro Lima, e do diretor do Projeto Dom Helder Câmara, Expedito Rufino.
O curso foi ministrado pelos assessores da Federação, Janes P. Souza (Jornalista Profissional) e Benedito Ricardo (Radialista Profissional).
Assessoria de Comunicação da Fetraece
domingo, 16 de agosto de 2015
Somos todas e todos Margaridas: homens também marcham pelos direitos das mulheres
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A 5ª Marcha das Margaridas já é referência como a maior
mobilização de massa do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras Rurais. Há 15 anos, a Marcha vem pautando e reivindicando
do governo federal políticas públicas que defendem, amparam e empoderam
as mulheres trabalhadoras rurais.
No entanto, a Marcha não é composta apenas por mulheres. “Somos
todas e todos Margaridas. Aqui neste ato, mulheres e homens incorporam o
espírito da guerreira e lutadora Margarida Alves – aquela que foi
brutalmente assassinada por defender os interesses dos trabalhadores
rurais”, disse a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas,
durante a solenidade de abertura.
Margaridas do Paraná
Nesse sentido, o Portal da CONTAG ouviu alguns depoimentos deles,
os homens, as nossas Margaridas do sexo masculino, para saber o que os
motivaram a somar esforços neste grande ato. O discurso de todos girou
em torno da igualdade e da luta pelo fim da violência, evidenciando que
os homens do Movimento Sindical estão conectados com as falas das
mulheres e, o que é melhor, concordam com suas bandeiras de lutas.
O trabalhador rural Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste,
estava presente durante toda a caminhada e empunhando uma das milhares
de bandeiras que compuseram a caminhada até a Esplanada dos Ministérios.
“Estar aqui significa crescer e evoluir juntos, sem violência e com
igualdade. O Brasil precisava ouvir esse grito das nossas mulheres”,
disse enquanto marchava em favor de um modelo de desenvolvimento mais
igualitário e justo.
Paulo Jackson, da região Norte
O presidente da FETAEP, Ademir Mueller, da Região Sul, reconhece
que as mulheres são as grandes protagonistas desta 5ª Marcha das
Margaridas, mas também valoriza a presença e o apoio masculino. “Estamos
aqui para somar. A pauta é justa e, a cada dia, os homens têm
participado mais”, orgulha-se o dirigente da Região Sul. Caminhar lado a
lado. Este foi o apontamento feito por Mueller. “Para crescermos juntos
no combate a todas as formas de violência, seja ela física, moral ou
psicológica, precisamos de um trabalho mútuo”, afirmou Mueller. Ele
encerra sua fala com alguns anseios: “queremos ser vistos como homens
que apoiam e que ajudam. Somos solidários e estamos com as Margaridas,
afinal somos todos e todas Margaridas”, concluiu.
Já o trabalhador rural e militante do MSTTR da Região Norte, Paulo
Jackson, afirmou em sua caminhada que ambos – homens e mulheres –
precisam dialogar em conjunto. “Somos todos seres-humanos e ninguém é
melhor do que ninguém. A pauta da Marcha é ótima e representa não só a
mulher, mas em especial a família do campo”, afirmou Jackson que
participa pela 3ª vez da Marcha.
Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste
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FONTE: Assessoria de Comunicação Marcha das Margaridas - Renata Souza | |||
Margaridas cercam Congresso Nacional
Maravilhosa e emocionante. Essas palavram eram as primeiras a
sair da boca de dezenas de mulheres quando eram perguntadas sobre sua
impressão sobre a marcha. Sendo assim, a 5ª Marcha das Margaridas, que
começou com a concentração nas primeiras horas da manhã de hoje (12) no
Estádio Mané Garrincha e ganhou as ruas de Brasília, colorindo o Eixo
Monumental e culminando com o cercamento do Congresso Nacional, com o
recado claro de lá deveriam estar representantes do povo. No gramado ao
centro da Esplanada dos Ministérios, bandeiras e faixas davam o tom da
reivindicação de cerca de 70 mil margaridas. O ato público não deixou
dúvidas: foi uma manifestação em defesa da democracia.
Contemplando os oito eixos temáticos da marcha, representantes de
federações, sindicatos, entidades parceiras da Contag e uma gama de
mulheres, e até homens, mostraram a cara e mostraram a que vieram.
Temas como soberania e segurança alimentar, violência contra a mulher,
biodiversidade, agroecologia, autonomia econômica, saúde e educação não
sexista foram apresentados de forma direta e criativa. Faixas feitas com
redes, tecidos coloridos até as tradicionais, sempre enfeitadas com
margaridas, bonecas de pano, fuxicos e toda sorte de material costuradas
, na maioria das vezes, pela próprias mulheres.
Do alto dos quatro carros de som, palavras de ordem de lideranças
de todas as partes do país orientavam o andar das margaridas. A ideia
era garantir a visibilidade da mobilização que, reconhecidamente, é a
maior do movimento sindical do Brasil e da América Latina. Alessandra
Lunas, secretária de mulheres da Contag, perguntou para as margaridas
assim que a praça foi tomada, se alguém estava cansada... A resposta
veio alta: Não!! “Nem eu”, gritou ela de volta. “Nós marchamos sempre,
essa é uma mostra da força de nossas mulheres, que vem de todos os
pontos do Brasil para dizer que não suportam mais a forma como são
tratadas”. Alessandra insistiu que as mulheres têm que ocupar os espaços
de poder. “Somos 52% da população e queremos 52% dos assentos desse
lugar”, referindo-se à Câmara dos Deputados. O recado para a sociedade é
que “lutamos contra a redução da maioridade penal, pela manutenção dos
royalties do petróleo destinados à educação e direitos iguais”.
E às margaridas, para que voltem aos seus municípios, batam à porta
do prefeito e lembrem que ano que vem tem eleição”! Como na mística de
abertura apresentada ontem(11) no Mané, “tiramos a mordaça”, enfatizou a
dirigente, afirmando que o país já superou a ditadura, que a marcha tem
lado e está do lado da democracia e da voz ao povo brasileiro. “As
margaridas seguem marchando”, provocou Alessandra. As mulheres
responderam: “ Até que todas sejamos livres”!
Margaridas marcham por quê?
“Contagiante. Faz com que a gente se sinta orgulhosa de ser mulher.
A participação foi muito boa, não só em Brasília, mas em todos os
debates temáticos que antecederam a marcha”, Alaíde Maraes, coordenadora
de mulheres da Fetaemg/Sudeste.
“Ótima. Emocionante ver as companheiras marcharem por sua luta, não
só das mulheres , mas também de suas famílias, por políticas públicas
específicas. Quando vi a marcha, chorei. Ela é o resultado do trabalho
de base”, Sandra Lemes, coordenadora de mulheres da
Fetaeg/Centro-Oeste.
“Temos que dizer não aos agrotóxicos. As Margaridas do Centro-oeste
clamam pela produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, porque isso
está acabando com o nosso povo, principalmente nas populações do meio
rural”, Juliana Pachuri Mendes, coordenadora de mulheres da
Fetagri/Centro-Oeste.
“Maravilhosa! Só a Marcha das Margaridas robusta e empoderada
representa a luta de mulheres lutando por democracia e igualdade. Temos
que deixar esse país ser democrático. O Brasil precisa da agricultura
familiar e da agroecologia para seu desenvolvimento. Sobre as mulheres
nordestinas, elas são trabalhadoras e têm compromisso com a luta”, Luz
Amaral, coordenadora de mulheres da Fetapar/ Nordeste.
“A marcha foi um sucesso, as falas reproduziram a ansiedade dos
problemas sentidos e vividos. As mulheres sabiam de sua tarefa em
Brasília. Os três estados do sul mostraram integração e força graças ao
trabalho e empenho das três coordenadoras”, Inque Schneider,
coordenadora de mulheres da Fetag/Sul.
“Está muito bom. As mulheres estão felizes e dizem que querem
voltar na próxima marcha. Só conquistamos direitos a partir da
reivindicação”, Izabel de Oliveira, coordenadora da Fetagro/ Norte.
“É a primeira vez que venho na marcha e protestamos contra a lei
13.123 que trata da biodiversidade. A história das quebradeiras de coco
na relação com a indústria de cosméticos fala do patrimônio genético e
conhecimento tradicional associado”, Maria Alaídes Souza, membro da
MIQCB.
“Muito organizada, superou nossa expectativa. A mulher camponesa
tem esse atributo de fazer a marcha e abrir seu caminho”, Aline Souza,
da AMB.
“A marcha foi muito boa, com diversidade, as mulheres mostraram a
sua pauta. Para as mulheres viabilizarem as suas demandas. Mulheres
nacionais e internacionais marchando juntas. Precisamos fazer muitas
marchas, Levo daqui a força e a garra das margaridas brasileiras, na sua
auto-organização. A gente não pode esperar que alguém nos traga as
soluções, a mulher tem que ir para a rua. Na África o processo é mais
lento. O brasil é um grande país e não pode retroceder”, Graça Samo, da
Marcha Mundial de Mulheres, Moçambique/África.
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FONTE: Assessoria de Comunicação Marcha das Margaridas - Izabel Rachelle | |||
Compromissos da presidenta Dilma Rousseff com as margaridas
Compromissos da presidenta Dilma Rousseff
Depois de cumprimentar as
margaridas do norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste, a presidenta
Dilma Rousseff, iniciou sua fala, destacando a decisão firme das
mulheres em lutar por democracia, contra a violência e por dignidade.
Em seguida trouxe as respostas concretas da pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas, onde destacou:
• Compromisso com efetivação das patrulhas rurais Maria da Penha também na área rural;
• Ampliação
dos serviços especializados de enfrentamento a violência contra as
mulheres, onde fez menção a construção de pacto federativo;
• 1200 creches no campo para o meio rural;
• Assinatura do Decreto do Crédito Fundiário
• 100 mil cisternas para alimentar os quintais produtivos;
• 109 Unidades odontológicas para campo, sendo 7 para as comunidades indígenas;
• No
enfrentamento a morte materna no meio rural, a presidenta afirmou que
irá realizar a capacitação de mais 200 parteiras. Conjuntamente a
capacitação, o governo ainda irá distribuir kit com roupa especial para
atendimento pós parto;
• Dilma
ainda prometeu combater mais fortemente a violência contra mulher,
entre outros compromissos com a agenda de luta das mulheres que
protagonizaram a 5ª Marcha das
Margaridas.
Mais detalhes das resopostas da presidenta Dilma Rousseff
Violência contra as Mulheres
Dilma ressaltou o lema
Tolerância Zero à Violência contra as Mulheres. Apresentou como resposta
a implementação das patrulhas rurais Maria da Penha, a partir de
parcerias com as forças policiais que atuam em nível local para que a
mulher vítima de violência seja assistida de maneira correta e haja, de
fato, prevenção da violência e de feminicídios. Articulada a implantação
das patrulhas rurais Maria da Penha, ampliarão o número de serviços
especializados de atenção à mulher no meio rural e apoiarão a formação
de 10.000 promotoras populares, que nos ajudarão no acompanhamento
dessas ações.
Reforma Agrária – Direito à Terra e ao Território
Dilma anunciou ter assinado
no dia 12/08/15 o decreto com as novas regras do Programa Nacional de
Crédito Fundiário, após 17 anos sem revisão. Informou ainda a ampliação
dos limites de renda familiar anual e patrimônio familiar máximo para
que as famílias possam requisitar crédito. Os valores dobraram, foram
para R$ 30 mil e R$ 60 mil, respectivamente. O novo decreto prevê também
que quando a aquisição de terras for entre herdeiros, o limite de
patrimônio será de R$ 100 mil.
Mudanças nos termos do Decreto 8.425/2015 que regulamenta a atividade de pesca artesanal
A presidenta assinou o
decreto 8425 que preserva para as mulheres e familiares que atuam em
atividades de apoio à pesca artesanal o direito de serem enquadradas
como seguradas especiais da Previdência. O decreto em questão
estabeleceu novas regras sobre a definição de pescador artesanal para
que ele possa acessar o Registro Geral da Pesca (RGP), documento que
garante acesso a políticas públicas e sociais, principalmente direitos
trabalhistas e previdenciários, garantindo o direito à identidade desses
grupos tradicionais e reconhecendo-as como trabalhadoras.
Autonomia econômica/Quintais produtivos
Para garantir o
fortalecimento da capacidade produtiva e da autonomia das mulheres,
implantará, até 2018, pelo menos, mais 100 mil cisternas produtivas,
garantindo água para a produção e a implantação de quintais produtivos
agroecológicos. Apoiará a implantação de quintais produtivos por meio
dos programas existentes, como é o caso, por exemplo, do programa
Fomento para a mulher assentada da reforma agrária.
Educação Infantil
Dilma disse que cumprirá as
metas de atendimento na educação infantil estabelecidas pelo Plano
Nacional de Educação, o que significa ampliar o número de vagas em
creches e pré-escolas nas cidades e no campo em um grande esforço
nacional. Até 2018, o Ministério da Educação garantirá recursos para a
criação de 1.200 espaços nas escolas para creches, o que significa
construir e implantar em escolas rurais existentes pelo menos um módulo
para atender as crianças, prioritariamente para crianças de quatro e
cinco anos.
PRONARA – Programa Nacional para Redução do Uso de Agrotóxicos
A presidenta informou
continuará trabalhando na elaboração do Pronara - Programa Nacional de
Redução de Agrotóxicos. O Pronara foi elaborado pela Comissão Nacional
de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). Foram muitos meses de
trabalho de diversos especialistas, vinculados a instituições de
pesquisa e ensino, órgãos do governo e organizações da sociedade civil.
Em agosto de 2014 a CNAPO aprovou o mérito do Programa, constituído por
seis eixos: Registro; Controle, Monitoramento e Responsabilização da
Cadeia Produtiva; Medidas Econômicas e Financeiras; Desenvolvimento de
Alternativas; Informação, Participação e Controle Social e Formação e
Capacitação. No entanto, o documento seguiu para avaliação pelos
ministérios envolvidos com a temática e estava engavetada até o momento.
Afirmou ainda que aprimorará as condições para o tratamento de
intoxicações agudas, crônicas, por agrotóxicos e acidentes por animais
peçonhentos.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes |
Conflito de terras mata mais uma "margarida" no amazonas: dona Dora, líder da comunidade Portelinha (AM)
Estamos de luto e clamando por justiça, juntamente com os moradores da Comunidade Portelinha, no Km 28, Ramal Serra Baixa, do Município de Iranduba. Recebi ainda há pouco telefonema do secretário adjunto de segurança, comunicando que Maria das Dores dos Santos Salvador (a Dona Dora), líder da comunidade, foi sequestrada ontem, assassinada e seu corpo encontrado hoje pela manhã. Dona Dora e os comunitários já haviam denunciando perseguições e ameaçadas por parte de pessoas que se diziam donos das terras. Pediram de todos os órgãos competentes reforço na segurança da comunidade. No dia 28 de abril, estivemos com ela na Secretaria de Segurança para pedir apoio e providências; e no dia 24 de junho, ela esteve aqui no plenário da Assembleia Legislativa, em Cessão de Tempo, pedindo nosso apoio contra os atos e ameaças de morte. Nada foi feito! É necessário que o governador peça rigor nessa investigação. O secretário de segurança precisa ir a fundo nas investigações e prender quem cometeu esse crime. É preciso que o Governo faça um plano de segurança para a região do Iranduba. Há muitos interesses financeiros, de imobiliárias, grileiros e pessoas se autointitulam donos das terras, que há anos é moradia de pessoas simples, trabalhadoras e humildes. Me emocionei hoje ao falar sobre o assunto na Assembleia. Lamentamos profundamente que mais uma líder, uma mulher que lutava pelos direitos da comunidade tenha sido assassinada. Um fato muito semelhante ao que vitimou Margarida Maria Alves e criou a Marcha das Margaridas, que esta semana levou às ruas milhares de mulheres clamando por justiça. Dona Dora não era invasora nem estava em ocupação. Ela morava lá há anos, lutava por seu direito e de outros comunitários. E se algo não for feito, mais assassinatos podem acontecer! Minha solidariedade aos familiares e amigos de Dona Dora. Vamos insistir para que esse crime não fique impune! |
FONTE: Deputado Estadual do Amazonas - José Ricardo Wendling (PT) |
Unidade da classe trabalhadora diz NÃO ao Golpe!
“NÃO TERÁ GOLPE”. Com esta frase de ordem e militância o presidente da CONTAG, Alberto Broch, iniciou sua fala no Diálogo com os Movimentos Sociais e a presidenta Dilma Rousseff, na tarde desta quinta-feira (13) em Brasília, que reuniu representantes de várias organizações populares (CONTAG, CTB, CUT, UNE, MSTR, CONAN, UBM, MMM, MAB, entre outras).
E continuou discorrendo sobre os anseios dos trabalhadores e
trabalhadoras rurais para alcançarmos o Brasil que queremos. “Presidenta
Dilma precisamos garantir várias reformas de transformação do nosso
Brasil. Reforma Tributária, Democratização da Comunicação, Reforma
Agrária, etc. Conquistarmos a Reforma Agrária é fortalecer o projeto da
Agricultura Familiar, o que consequentemente fortalece o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA)”.
E encerrou sua fala abrindo uma reflexão sobre o respeito a
democracia. “Em cima da bandeira da democracia, defenderemos o nosso
Projeto Político Social”.
Após entregar sementes de margaridas para presidenta Dilma, fazendo
referência a maior ação de massa popular organizada por mulheres no
mundo e realizada pela CONTAG: A Marcha das Margaridas. O presidente da
CTB, Adilson Araújo, propôs discutir o Brasil daqui para frente.
“Queremos discutir o Brasil do pré-sal, do avanço na educação, na
saúde..." E encerrou sua fala convocando a militância. “Nós lutamos e
derrotamos a ditadura. Tá chegando a hora de unirmos força e nos
levantarmos para a batalha”.
O presidente da CUT, Wagner Freitas, iniciou sua fala destacando as
tentativas da direita de jogar a democracia no chão. Destacando
desrespeito a primeira presidenta mulher do Brasil, Dilma Rousseff e ao
sindicalista e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Em
seguido falou da necessidade de uma Reforma Popular. “ Precisamos de uma
agenda de política progressista. Precisamos urgentemente que os
direitos dos trabalhadores e trabalhadoras esteja na mesa do diálogo.
Por isso dizemos não ao retrocesso de direitos”.
“Damos valor na legalidade da democracia. Nós jovens sabemos que
“eles” querem somente tomar seu lugar e não querem mudar a vida do povo.
Apoiamos você porque acreditamos que só com este Projeto Político
conquistaremos a democratização dos meios de comunicação e que os
jovens estejam na escola e não na cadeia”, afirmou a presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, uma das muitas
representantes dos Movimentos Sociais que fizeram uso da fala.
Depois de ouvir atentamente cada um dos (as) representantes dos
Movimentos Sociais, a presidenta Dilma Rousseff, destacou as
transformações sociais do Brasil nos últimos anos e abriu uma reflexão
pontuando sobre o país que queremos. “Vocês representam a diversidade no
nosso Brasil, a voz que ecoa dos lugares mais distantes, dos excluídos
(as). Por isso tenho orgulho de afirmar que nós transformamos sim o
Brasil. Transformamos sim o Nordeste, pois a relação do estado
brasileiro é sobretudo com camada mais pobre da nossa sociedade, por
isso implantamos programas sócias fundamentais para mudar a cara do
nosso país, como: Minha Casa, minha vida; Mais Médicos, entre outros.
Continuaremos daqui pra frente ainda mais próximos dos anseios dos povos
de todo o Brasil. Vamos avançar na unidade popular” afirmou a
presidenta Dilma Rousseff.
E encerrou dizendo que já mudou muitas coisas na sua vida, mas nunca de lado.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes |
Margaridas se eternizam
Ao som de aquarela do Brasil mulheres do campo, da floresta e das águas fizerem florescer no estádio Nacional Mané Garrincha margaridas de autonomia, justiça, democracia, igualdade e liberdade
Após a cerimônia especial feita no campo do Estádio Nacional
Mané Garrincha que por dois foi florido por aquelas que geram a vida,
teve início as falas políticas da Coordenação Nacional da Marcha das
Margaridas, dos representantes da CONTAG e da presidenta Dilma Rousseff,
que fez questão de pessoalmente e junta a vários ministros (as)
entregar as respostas para pauta de reivindicações da 5ª Marcha das
Margaridas.
“Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”. Com a frase de
militância da Marcha, a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra
Lunas, iniciou sua fala dizendo não a qualquer forma de golpe no país. “
Estaremos nas ruas quantas vezes for necessário para defender o Projeto
que acreditamos, para defender a democracia, para dizer que as
margaridas estão unidas contra qualquer forma de violência e
preconceito contra a mulher”, afirmou.
Logo em seguida a coordenadora geral da 5ª Marcha das Margaridas
passou as mãos da presidenta Dilma Rousseff um kit com várias objetos
que serviram para mobilizar e garantir a visibilidade de mulheres dos
lugares mais distantes. “Aqui estão vários materiais que revelam um
pouco da nossa trajetória de luta. Que incentivaram companheiras
estarem aqui hoje vivendo um momento único e de muita emoção. Aqui
estão produtos construídos por tantas mãos e com o sentimento de várias
mulheres de todo o Brasil e do Mundo”, ressaltou Alessandra.
No mesmo tom de respeito aos direitos da mulher, o presidente da
CONTAG, Alberto Broch, trouxe palavras de encorajamento. “ Tudo que
vimos aqui, que sentimos, que respiramos aqui, é o resultado de uma ação
de milhares e milhares de margaridas. Mulheres que juntaram cada
centavo, para assim, construírem seus caminhos para estarem aqui. São
mulheres que saíram da invisibilidade para serem protagonistas das suas
próprias histórias. Viva à luta da trabalhadora rural Margaridas Alves!
Viva à luta das mulheres!!”, frisou Alberto.
Analu Faria da Marcha Mundial de Mulheres que falou em nome da
Coordenação Nacional de Mulheres da Marcha, aproveitou para denunciar o
machismo e conservadorismo. “Muitas vezes e não poucas temos visto
explicitamente as ações machistas em vários lugares. Precisamos
combater, precisamos dizer não! Ações conservadoras que estão nítidas no
nosso próprio Congresso Nacional”, destacou Analu, abrindo uma reflexão
sobre os atos truculentos e retrógados do presidente da Câmara Federal,
Eduardo Cunha.
Compromissos da presidenta Dilma Rousseff
Depois de cumprimentar as margaridas do norte, nordeste, sul,
sudeste e centro-oeste, a presidenta Dilma Rousseff, iniciou sua fala,
destacando a decisão firme das mulheres em lutar por democracia, contra
a violência e por dignidade.
Em seguida trouxe as respostas concretas da pauta de reinvindicações da 5ª Marcha das Margaridas, onde destacou:
• Compromisso com efetivação das patrulhas rurais Maria da Penha também na área rural;
• Ampliação
dos serviços especializados de enfrentamento a violência contra as
mulheres, onde fez menção a construção de pacto federativo;
• 1200 creches no campo para o meio rural;
• Assinatura do Decreto do Crédito Fundiário
• 100 mil cisternas para alimentar os quintais produtivos;
• 109 Unidades odontológicas para campo, sendo 7 para as comunidades indígenas;
• No
enfrentamento a morte materna no meio rural, a presidenta afirmou que
irá realizar a capacitação de mais 200 parteiras. Conjuntamente a
capacitação, o governo ainda irá distribuir kit com roupa especial para
atendimento pós parto;
• Dilma
ainda prometeu combater mais fortemente a violência contra mulher,
entre outros compromissos com a agenda de luta das mulheres que
protagonizaram a 5ª Marcha das
Margaridas.
Mais detalhes das resopostas da presidenta Dilma Rousseff
Violência contra as Mulheres
Dilma ressaltou o lema Tolerância Zero à Violência contra as
Mulheres. Apresentou como resposta a implementação das patrulhas rurais
Maria da Penha, a partir de parcerias com as forças policiais que atuam
em nível local para que a mulher vítima de violência seja assistida de
maneira correta e haja, de fato, prevenção da violência e de
feminicídios. Articulada a implantação das patrulhas rurais Maria da
Penha, ampliarão o número de serviços especializados de atenção à mulher
no meio rural e apoiarão a formação de 10.000 promotoras populares, que
nos ajudarão no acompanhamento dessas ações.
Reforma Agrária – Direito à Terra e ao Território
Dilma anunciou ter assinado no dia 12/08/15 o decreto com as novas
regras do Programa Nacional de Crédito Fundiário, após 17 anos sem
revisão. Informou ainda a ampliação dos limites de renda familiar anual e
patrimônio familiar máximo para que as famílias possam requisitar
crédito. Os valores dobraram, foram para R$ 30 mil e R$ 60 mil,
respectivamente. O novo decreto prevê também que quando a aquisição de
terras for entre herdeiros, o limite de patrimônio será de R$ 100 mil.
Mudanças nos termos do Decreto 8.425/2015 que regulamenta a atividade de pesca artesanal
A presidenta assinou o decreto 8425 que preserva para as mulheres e
familiares que atuam em atividades de apoio à pesca artesanal o direito
de serem enquadradas como seguradas especiais da Previdência. O decreto
em questão estabeleceu novas regras sobre a definição de pescador
artesanal para que ele possa acessar o Registro Geral da Pesca (RGP),
documento que garante acesso a políticas públicas e sociais,
principalmente direitos trabalhistas e previdenciários, garantindo o
direito à identidade desses grupos tradicionais e reconhecendo-as como
trabalhadoras.
Autonomia econômica/Quintais produtivos
Para garantir o fortalecimento da capacidade produtiva e da
autonomia das mulheres, implantará, até 2018, pelo menos, mais 100 mil
cisternas produtivas, garantindo água para a produção e a implantação de
quintais produtivos agroecológicos. Apoiará a implantação de quintais
produtivos por meio dos programas existentes, como é o caso, por
exemplo, do programa Fomento para a mulher assentada da reforma agrária.
Educação Infantil
Dilma disse que cumprirá as metas de atendimento na educação
infantil estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, o que significa
ampliar o número de vagas em creches e pré-escolas nas cidades e no
campo em um grande esforço nacional. Até 2018, o Ministério da Educação
garantirá recursos para a criação de 1.200 espaços nas escolas para
creches, o que significa construir e implantar em escolas rurais
existentes pelo menos um módulo para atender as crianças,
prioritariamente para crianças de quatro e cinco anos.
PRONARA – Programa Nacional para Redução do Uso de Agrotóxicos
A presidenta informou continuará trabalhando na elaboração do
Pronara - Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos. O Pronara foi
elaborado pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(CNAPO). Foram muitos meses de trabalho de diversos especialistas,
vinculados a instituições de pesquisa e ensino, órgãos do governo e
organizações da sociedade civil. Em agosto de 2014 a CNAPO aprovou o
mérito do Programa, constituído por seis eixos: Registro; Controle,
Monitoramento e Responsabilização da Cadeia Produtiva; Medidas
Econômicas e Financeiras; Desenvolvimento de Alternativas; Informação,
Participação e Controle Social e Formação e Capacitação. No entanto, o
documento seguiu para avaliação pelos ministérios envolvidos com a
temática e estava engavetada até o momento. Afirmou ainda que aprimorará
as condições para o tratamento de intoxicações agudas, crônicas, por
agrotóxicos e acidentes por animais peçonhentos.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes |
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