Quarta-feira(27/04), no Geopark em Crato,
O território da cidadania reuniu-se afim de debater com as entidades que compõem o território a formação do novo colegiado, na ocasião foi apresentado todas as conquistas e ações que foram desenvolvidas pelo colegiado. Ficando decidido o prazo de adesão para entidades da sociedade civil e poder publico com prazo final dia 12 de maio, onde todos devem solicitar o interesse em participar da nova formação e não apenas fazer parte, mas sim comprometer-se em estar sempre participando das reuniões que acontecem, a realização da eleição será na plenária que acontecerá dia 20 de maio do corrente ano com local ainda a ser definido. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Potengi(Angela Santos,Miguel Alexandre,José Niltom),SindTrab Rurais De Potengi Straaf, Centro de Formação Camponesa e Operário(Edson Veriato)), ONG Xique Xique(Ana Claudia) e Pastoral da juventude Rural(Ytalo) participaram como entidades da sociedade civil para garantir participação no novo colegiado e efetivar o compromisso da sociedade civil de Potengi.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
CONTAG apresenta reivindicações do campo brasileiro para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
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Representantes do MSTTR estiveram nesta quinta-feira (28) no Palácio do Planalto para negociar com a presidente Dilma Rousseff alguns pontos centrais referentes ao Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17.
A CONTAG solicitou 32 bilhões para atender o Pronaf Crédito; custeio e investimento à Assistência Técnica e Extensão Rural; Aquisição de Alimentos (PAA); Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) e Seguro Agrícola (MAPA), entre outros pontos.
O presidente da CONTAG, Alberto Ercílio Broch, ainda ressaltou a necessidade da Presidenta Dilma Rousseff de sancionar o Projeto de Lei 6.459/2013, recentemente aprovado pelo Senado que trata da regulamentação da agroindústria integradora (integrados e integradores) e edição de medida provisória permitindo a prorrogação do prazo para os agricultores familiares realizarem o Cadastro Ambiental Rural- CAR.
Reforma Agrária
No que se refere a Reforma Agrária, o MSTTR pontuou a necessidade do Governo recompor o orçamento para as ações de Reforma Agrária e Crédito Fundiário, sendo para (ações de Reforma Agrária 1,7 bilhão e ações do Crédito Fundiário 93 milhões); Editar os decretos de desapropriação por interesse social das áreas indicadas pelo MSTTR e ajuizar as ações de desapropriação das áreas já decretadas; Editar decreto presidencial regulamentando os artigos 17 a 22 da Lei nº 8.629/1993 e o art. 22 da Lei n° 13.001/2014, definindo o processo de seleção das famílias beneficiárias e a verificação das condições de permanência dos beneficiários no programa nacional de reforma agrária; Lançamento do PRONARA – Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos; entre outros pontos de pauta.
“A gente sempre apresentou mais de 400 pontos nas nossas pautas, desta vez resumimos estes pontos, para que a senhora possa responder positivamente para nós na terça-feira (03) durante o Lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017 ”, destacou o presidente da CONTAG Alberto Ercílio Broch, após apresentar à presidenta Dilma algumas reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais brasileiros.
Após acolher as demandas da CONTAG, a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu de olhar com a sua equipe de governo todos os pontos de pauta apresentados pelo conjunto do MSTTR, para só no Lançamento do Plano Safra 2016/2017, que acontece na terça-feira(03) apresentar as resposta referentes as políticas estruturantes do meio rural brasileiro.
OUTRAS REIVINDICAÇÕES DA PAUTA
Educação e Proteção Social
Para educação e proteção social a CONTAG reivindicou orçamento para a construção de creches no campo; que as universidades ofertem cursos de Licenciatura em Educação do Campo; implantação do Programa Residência Docente, visando espaços de atuação para egressos dos cursos de Licenciatura em Educação e PRONERA, em parceria com o Governo Cubano; conclusão do 2º módulo do Cadastro Nacional de Informação Social Rural (CNIS - Rural) para aprimorar o recolhimento das contribuições previdenciárias provenientes da área rural, bem como para aprimorar o reconhecimento dos direitos previdenciários dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, entre outras demandas apresentadas.
Juventude e Sucessão Rural
Para Juventude Rural o conjunto do MSTTR reivindicou o lançamento do Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, garantindo a pactuação de ações e orçamento pelas áreas do MDA e demais Ministérios, dando início à sua execução ainda neste ano.
Política Internacional
No que se refere a Política Internacional foi afirmado a necessidade da criação do Conselho Nacional de Política Externa Brasileira (CONPEB), assegurando as condições totais para a participação da sociedade civil, em especial a da CONTAG.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes |
O fortalecimento que vem da luta
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A representação do pássaro, como símbolo da libertação após a trajetória dentro do sindicato dos trabalhadores rurais. Imagens do umbuzeiro e do mandacaru, da corrente que lembra a luta pela sobrevivência do sertanejo, mas que também se liberta por meio da união. A roça, a enxada, a foice, as mãos dadas e a certeza de que a luta continua apesar dos espinhos. E onde tem espinho tem também e felizmente flores. E as mulheres, como as flores, florescem com a luta. Esses foram alguns dos símbolos trazidos durante a Oficina de criação da Campanha de Valorização da Pessoa Idosa do Campo, realizada no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Petrolina, com representantes do Coletivo da Terceira Idade, da Academia Sindical e outras lideranças sindicais dos cinco polos do sertão, durante todo o terça-feira (26).
A memória da luta sindical se entrelaçou com a vida dos participantes, contada nas diversas histórias durante todo o dia. Ao final, das muitas certezas e descobertas socializadas, uma foi unânime no discurso e na ação desses sujeitos. “O que eles reafirmam é o desejo de continuar, a vitalidade para a luta, a crença na transformação porque já viveram isso em várias e distintas situações. Sendo trabalhadores do campo, ao cuidar da terra seca, plantar e colher o alimento. Ao enfrentar e derrubar a ditadura essas pessoas nos ensinam que existem diferentes caminhos para se garantir a organização popular e através dela vivenciar a libertação, a felicidade e a vida com dignidade e orgulho”, afirma a artista plástica e educadora popular Karla de Souza.
O recado, deixado pelo agricultor e dirigente do STTR de Belém do São Francisco José Francisco da Silva, 63, afirma as falas de todos os presentes, “eu queria dizer que nós não vamos parar não, que a gente chegou aqui, estamos velhos, mas que nós vamos é mais longe.” A vitalidade dos participantes confirmou que ouvir e pensar a política para a pessoa idosa do campo a partir do diálogo com eles é a opção acertada pela Diretoria. “Com essa atividade a gente não só aprende com quem tem, na sua história, a vida e a luta do sindicato. A gente se emociona e cria coragem para continuar nessa caminhada, sabendo que estamos no caminho certo. O caminho da solidariedade, do respeito e do olhar para o coletivo”, afirma o Diretor de Política para a Terceira Idade da Fetape, Israel Crispim.
A atividade faz parte das estratégias da Diretoria de Política para a Terceira Idade da Fetape para o fortalecimento da militância da pessoa idosa do campo. Além da artista plástica e educadora popular, Karla de Souza, a Oficina contou com a colaboração do assessor de Comunicação da Confederação e também educador popular da Escola Nacional de Formação da Contag (Enfoc), Barack Fernandes. Além do Sertão, a Zona da Mata e o Agreste participaram, em Carpina, da Oficina de criação da campanha. A partir dos símbolos e falas registrados será construída a Campanha de Valorização da Pessoa Idosa do Campo que visa a sensibilizar os sindicatos na perspectiva de se pensar políticas afirmativas, valorizar e reverenciar a história, a memória afetiva, os saberes e a ancestralidade das/os idosas/os do campo.
Durante a visita ao sertão, a Diretoria aproveitou e realizou a formação com os pesquisadores que farão a Pesquisa sobre a Pessoa Idosa do Campo, numa ação conjunta com o STTR de Petrolina, ontem (27), na sede do sindicato. Serão mais de 20 pessoas que irão à campo, fazendo trabalho de base, esclarecendo o papel do sindicato, as lutas e conquistas do movimento. Com os resultados, tanto o STTR quanto a Fetape poderão elaborar ações mais assertivas para a política para a pessoa idosa do campo, mantenedores, quase que na sua totalidade, da vida do movimento sindical rural.
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FONTE: Rosely Arantes, assessora da Diretoria de Política para Terceira Idade Fetape e comunicadora popular |
Formação em alta em Santa Cruz do Sul
Sujeito, identidade, sociedade, estado e ideologia. Esse é o conjunto de temas estudado por cerca de 60 participantes em Santa do Sul, no Seminário São João Batista, desde a última segunda-feira (25), no primeiro módulo do curso estadual da Enfoc intitulado Ação Sindical e Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Cinco diretores da Fetag – o presidente Carlos Joel da Silva, Pedrinho Signori, Elisete Hintz, Diana Hahn Justo e Lérida Pivoto Pavanelo, diretora da área, estiveram presentes na abertura do encontro dando conta da importância que a federação atribui à formação sindical. Lérida permanece com o grupo até o encerramento que acontece amanhã (29). | ||
FONTE: Assessoria de Comunicação Fetag-RS |
FETAES e COMECES realizam Seminário de Educação do Campo nesta sexta (29) em Piúma
A Educação do Campo será tema do Seminário Regional com o tema: “Por uma Educação Participativa”, que vai acontecer amanhã (29), das 8 as 17 horas, no Centro de Formação do MEPES, em Piúma/ES. A realização é da FETAES, por meio da secretaria de Políticas Sociais e Jovens, em conjunto com o Comitê Estadual de Educação do Campo do Espírito Santo (COMECES). Nesta etapa participam representantes da região Sul. Além da FETAES, fazem parte da organização da atividade o COMECES, o MPA, o MST, a RACEFAES, UFES, FÓRUM EJA e o MEPES que apontaram a necessidade de realizar dois Seminários de Educação do Campo, sendo um na região Norte e outro na região Sul. A realização dos Seminários visa atender as demandas das regiões em todo o Estado. O objetivo é trazer em debate o contexto atual da educação do Campo no Estado do Espírito Santo formando lideranças a partir da legislação, fazendo encaminhamento para fortalecer a educação do campo. A secretária de Políticas Sociais e Jovens da FETAES, Ranielle Bianchi explicou que é um momento ímpar no movimento sindical, onde é a primeira vez que criamos uma ação para discutir a educação no campo. “Este seminário servirá para fortalecer as nossas lideranças, entender a importância, as necessidades, os transtornos que se tem com o fechamento de uma escola no campo e as políticas de combate ao fechamento destas escolas”. “É muito importante fazer esse debate nessa conjuntura que estamos vivendo hoje no Estado e está sendo bem sucedida e muito positiva no que se refere ao envolvimento e interesse dos Sindicatos em participar”, destaca a secretária. Programação A programação inicia às 8 horas com acolhida, lanche e registro das presenças. Às 9 horas terá a abertura com apresentação dos participantes. A partir das 9h30 haverá análise de conjuntura histórico e atual da Educação do Campo e legislação que ampara a Educação do Campo; os aspectos legais da política pública de Educação do Campo no Brasil; Histórico do Comitê de Educação do Campo Estado do Espírito Santo (COMECES) e a importância dos comitês municipais de Educação do Campo e pauta unificada seguido de debate às 11h30. Na parte da tarde, a partir das 13 horas haverá oficinas com reflexão acerca de como podemos nos organizar em defesa da pauta unificada em cada município e região? Ás 14h30 acontecem as apresentações em comum dos trabalhos em grupo, seguido de momento de socialização e solenidade de entrega da pauta unificada e legislação que ampara a educação no campo, às 15h30. O encerramento está previsto para 16 horas com mística. | ||
FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAES - Roberta Pelissari |
I Fórum de Determinantes Sociais em Saúde do Oeste do Pará
Com o tema Saúde se conquista com participação popular o I Fórum de Determinantes Sociais em Saúde do Oeste do Pará, promovido pelo Instituto de Saúde Coletiva (Isco) da Ufopa, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais agricultores e agricultoras familiares do Município de Santarém (STTR-STM), enfatizou o que de fato deve ocorrer com a implantação dos grandes projetos de desenvolvimento na Amazônia – como as mineradoras, hidrelétricas e a monocultura. O chamado “desenvolvimento” imposto pelas multinacionais geram trágicos impactos ambientais e na saúde da população. Além disso, o fórum discutiu o processo saúde-doença condicionado pela escassez de saneamento básico em Santarém e no Oeste do Pará; e defendeu sobre projetos e programas existentes em torno da agricultura familiar, como fortalecimento para uma vida saudável. Relatos de quem viveu os trágicos problemas em juruti, Altamira e outras regiões forçadas aceitar hidrelétricas, mineradoras e o agronegócio mostraram aos participantes o que aconteceu de fato e não foi divulgado. A defensa dos debates foi pela agroecologia que a cada dia precisa ser fortalecida contra o uso indevido do agrotóxico, seja ele usado direto ou indiretamente quando um produtor tenta manter sua plantação, mais o vizinho ao lado que planta grãos espalha sem nenhum controle o seu veneno. O fórum contou com uma vasta programação, que incluiu debates sobre a agricultura familiar; saneamento básico e promoção à saúde; desenvolvimento e saúde do campo, florestas e águas; desenvolvimento na Amazônia e os impactos na saúde da população e ainda o lançamento do Dossiê da ABRASCO sobre os agrotóxicos e saúde. Fizeram parte deste evento os representantes do Ministério da Saúde, Fetagri, Contag, Fiocruz, Sttr-Stm, Cerest, Sindicato dos Urbanitários, Embrapa, Conselho municipal de saúde, Ministério Público Estadual, representantes dos Quilombolas de Santarém, indígenas, representantes dos municípios de Mojui dos Campos, Juruti, Oriximiná e Altamira. No último dia do evento, 27 de abril, uma audiência pública foi realizada com a participação de representantes do Ministério Público do Estado do Pará e na ocasião foi aprovada e entregue a carta sobre os determinantes sociais em saúde e os impactos causados pelos grandes projetos na região. Entre as propostas descritas na carta podemos citar: - O reconhecimento dos nossos territórios e respeito aos nossos modos de vida e de uso das nossas riquezas naturais; - A implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas, pois defendemos o SUS universal, público, de qualidade que atenda as especificidades e a diversidade populacional; - A instalação do Comitê de Políticas de Equidade em Saúde no Estado do Pará e nas regiões de saúde, para contribuir com a gestão participativa desta política pública; - A ampliação e manutenção do Programa Mais Médicos para o Brasil, especialmente, às populações do campo, da floresta e das águas, o qual mudou a realidade de acesso às ações e serviços do SUS no interior do país; - A realização de estudos e pesquisas sobre as complexas realidades locais, a fim de melhor compreender os determinantes sociais da saúde, as injustiças sociais e as relações com as iniquidades em saúde da população, buscando contribuir tanto na elaboração de ações para modificar a realidade quanto na qualidade de vida; - O desenvolvimento de uma política pública de saneamento básico, contemplando as diferenças culturais e territoriais, com sustentabilidade ambiental e controle social, a instituição de um conselho municipal de saneamento básico, por meio de representação paritária aos moldes do Conselho de Saúde; - A criação de um fórum intersetorial de combate aos agrotóxicos na Região Oeste do Pará, frente à realidade alarmante do uso indiscriminado de veneno agrícola; - O fortalecimento e aprofundamento de políticas que potencializem a agricultura familiar em sua diversidade amazônica (ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, agricultores, indígenas, entre outros) posto ser esta que mais emprega e produz alimentos, garantindo assistência técnica e extensão rural na perspectiva da agroecologia, para a produção de alimentos saudáveis; - A criação de um observatório interdisciplinar de políticas públicas no âmbito da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) em parceria com a comunidade local; - A garantia que o atendimento prestado pela CASAI no Município de Santarém seja estendido a todos os povos da região, moradores indígenas na cidade ou não e em trânsito pela região; - O destino de recursos financeiros ao serviço de saúde indígena independentemente da situação jurídica do território indígena junto a FUNAI, enquanto não se implantar um Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI próprio; - Que a realização da Conferência de Determinantes Sociais da Saúde da região Norte aconteça no Oeste do Pará, objetivando aprofundarmos os debates aqui disparados e articularmos parcerias na execução das propostas. De acordo com a coordenação o I Fórum encerrou positivamente por firmar inúmeras parcerias institucionais, onde o campo se integra nos estudos científicos em prol da população do oeste do Pará. Leia a seguir a íntegra da CARTA DE SANTARÉM: CARTA DE SANTARÉM De 25 a 27 de abril de 2016 foi realizado o I Fórum de Determinantes Sociais na Saúde promovido pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agriculturas Familiares do município de Santarém. Nós, trabalhadores(as), gestores(as), conselheiros(as), discentes e professores(as) da área da saúde, trabalhadores(as) na agricultura, indígenas, quilombolas, ribeirinhos(as), extrativistas, acampados e assentados da reforma agrária, entre outras representações, estivemos reunidos para problematizar a realidade local e identificar os principais condicionantes que possam estar interferindo ou que venham a interferir na saúde da população local. Nesse sentido, é preciso compreendermos melhor o contexto econômico, político e social, bem como a agenda de desenvolvimento para realizar ações, intervindo diretamente na realidade, objetivando melhorar a qualidade de vida da população. Reconhecemos que a região Norte apresenta características específicas com grandes extensões territoriais, com dispersão populacional e dificuldades de deslocamento geográfico, as quais resultam em injustiças sociais, gerando impactos nas condições de saúde, de vida, de trabalho e renda de nossa população. Entendemos que estas diferenças são evitáveis, por meio de políticas públicas e da participação popular. Ao longo de diferentes períodos históricos, tem imperado a condição colonial da Amazônia, integrada de forma subordinada aos interesses dos principais centros econômicos e políticos, dentro e fora do país. A abundância em recursos florestais, minerais e hídricos torna a região alvo dos mais diferentes interesses nas dimensões: econômica, social, política e ambiental, onde se predomina o direito à propriedade privada da terra sobre a posse ancestral. As diferentes políticas de desenvolvimento imposta para a região são regidas pela indiferença às populações locais em que a regra tem sido a expropriação e a espoliação das populações tradicionais. O modelo de desenvolvimento imposto pelos grandes projetos em nossa região não favorece as demandas das nossas populações tampouco fomenta a redução da desigualdade social. O Estado do Pará é líder em concentração de terras na região, maioria grilada. No nosso Estado acontece o maior número de assassinatos de trabalhadores/as rurais na luta pela terra e lideramos o número de situações de trabalho análogo à escravidão. Nos destacamos ainda nos indicadores em desmatamento, além de contarmos com péssimas condições de educação, saneamento básico, saúde e habitação. No caso específico da saúde pública, a realidade é de uma Atenção Básica precarizada, com imensa dificuldade de acesso às ações e serviços de saúde, sobretudo, para as populações que já são historicamente marginalizadas. Faltam medicamentos, as condições de trabalho para as equipes e a estrutura para atendimento são sucateadas. A rede de atenção da região tem em Santarém a referência para a média e alta complexidade, porém o município não suporta o número de pessoas atendidas, uma vez que o hospital regional, gerido por uma Organização Social de Saúde, funciona à portas fechadas. Assim, o hospital municipal fica com a demanda estrangulada e a população vem padecendo nas filas e corredores. Há doenças que foram eliminadas em outras regiões, por exemplo, a hanseníase, a doença de chagas, malária, mas que permanecem entre as populações da região do Oeste do Pará. São inexistentes políticas que promovam o Saneamento Básico na nossa região. Não há tratamento de esgoto, o fornecimento de água potável não é universalizado, como também não há coleta e destino adequados do lixo. As poucas experiências em curso não estão articuladas enquanto política pública e não garantem sustentabilidade ambiental. A nossa avaliação é que, a agenda de “desenvolvimento” imposta de forma autoritária, constitui-se como uma ameaça à integridade de nossos territórios, às nossas múltiplas formas de uso da terra, da floresta, dos nossos rios, da nossa segurança alimentar e da saúde coletiva. Os grandes projetos são uma ameaça à vida e à nossa reprodução econômica, social, cultural e política. O relato da realidade que se apresenta na região é a seguinte: Em Juruti, a extração do minério gerou, inicialmente, um aumento de empregos, girando a economia local. Em contrapartida, multiplicou a população, aumentando a criminalidade, a prostituição, sobrecarregando as escolas e a rede de atenção básica à saúde. As trabalhadoras e os trabalhadores na agricultura são diretamente afetados, pois veem suas atividades comprometidas e não há melhoras significativas no município. Para agravar esta situação, a mineradora está ampliando suas ações ao Projeto de Assentamento Agroextrativista – PAE Lago Grande, município de Santarém, onde afeta diretamente 42 comunidades. Em Oriximiná, no início do projeto de mineração nos anos 1970, as pessoas foram removidas à força de suas casas, gerando muitos conflitos. Logo cresceu muito a população, com forte expressividade do êxodo rural, aumentou a prostituição, o desmatamento impactou na atividade extrativista, na pesca e na agricultura familiar, os dejetos contaminaram as águas, inclusive matando o Lago Batata. Com muita mobilização e organização política da população, conseguiram minimizar algumas situações, mas ainda no município há grande contradição e pouco desenvolvimento social frente aos anos de exploração das riquezas locais. Dentro do porto da mineração, onde vivem os trabalhadores, há um investimento na qualidade de vida apenas para algumas pessoas que trabalham na empresa e para a população da cidade não houve investimento. Até os dias de hoje não há saneamento básico no município, não há investimento na saúde e na educação e ainda há outras ameaças para o município, como a construção de uma hidrelétrica que já foi barrada outras vezes, mas está cada vez mais difícil resistir. Oriximiná é vista como uma cidade rica, mas com um povo pobre de recursos financeiros. Em Mojuí dos Campos estão concentradas as maiores áreas de plantio de grãos em grande escala na região, com forte desmatamento, comprometendo a soberania econômica e alimentar, promovendo a contaminação da terra e das águas. Foi no início dos anos 2000 que o agronegócio se instalou no município e a expectativa é que teria um crescimento econômico e desenvolvimento social, mas ninguém sabia como seria. Hoje, o que se vê é a expulsão dos agricultores de suas terras, uma vez que foram cercados e pressionados para vender a propriedade. Mesmo com muito trabalho do STTR para conscientização dos agricultores para não abrir mão de suas terras, ainda vemos muita expansão do plantio de soja e milho. Como consequência desse êxodo rural aumentam as periferias das cidades e os agricultores sem terra para produzir, plantar seu alimento, ficam sem renda e sem saber o que fazer longe de seu território. O uso de agrotóxicos é indiscriminado e não há fiscalização. Para agravar, há ainda uma hidrelétrica instalada e as 13 comunidades que vivem ao lado até hoje não têm energia elétrica. Nas regiões de Curuá-Una e Ituqui, município de Santarém, a realidade não é diferente. A forte pressão para a expansão de portos e do agronegócio afetou diretamente a vida da população. Aqueles que venderam seus pedaços de terra não viram melhorias e estão desempregados. Os pequenos produtores que ainda resistem tentam produzir sem veneno, como sempre fizeram. Mas há lugares que não conseguem produzir mais nada porque estão devastando nossas terras e contaminando tudo com veneno. As famílias são humilhadas e perseguidas para vender suas terras. As pessoas que venderam suas propriedades foram enganadas que iriam trabalhar na terra, sendo substituídas pelas máquinas. O que sobra, depois da instalação dos grandes projetos, é o desemprego, a prostituição, a criminalidade e aumento significativo do número de câncer e outras doenças que necessitam ser investigadas. Para a construção do Porto de Santana do Ituqui e do Porto do Maicá, áreas de preservação ambiental, passaram a ser de uso particular. Os grandes empreendimentos previstos para Santarém com destaque a instalação de portos, tornando Santarém um corredor de escoamento de grãos, fortalecendo o agronegócio, hidrelétricas, mineração, crédito de carbono estão causando preocupação à população, pois coloca em risco a saúde dos povos e afetará a produção da agricultura familiar com o uso indiscriminado de agrotóxicos. Diante destas condições, defendemos e propomos: - O reconhecimento dos nossos territórios e respeito aos nossos modos de vida e de uso das nossas riquezas naturais; - A implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas, pois defendemos o SUS universal, público, de qualidade que atenda as especificidades e a diversidade populacional; - A instalação do Comitê de Políticas de Equidade em Saúde no Estado do Pará e nas regiões de saúde, para contribuir com a gestão participativa desta política pública; - A ampliação e manutenção do Programa Mais Médicos para o Brasil, especialmente, às populações do campo, da floresta e das águas, o qual mudou a realidade de acesso às ações e serviços do SUS no interior do país; - A realização de estudos e pesquisas sobre as complexas realidades locais, a fim de melhor compreender os determinantes sociais da saúde, as injustiças sociais e as relações com as iniquidades em saúde da população, buscando contribuir tanto na elaboração de ações para modificar a realidade quanto na qualidade de vida; - O desenvolvimento de uma política pública de saneamento básico, contemplando as diferenças culturais e territoriais, com sustentabilidade ambiental e controle social, a instituição de um conselho municipal de saneamento básico, por meio de representação paritária aos moldes do Conselho de Saúde; - A criação de um fórum intersetorial de combate aos agrotóxicos na Região Oeste do Pará, frente à realidade alarmante do uso indiscriminado de veneno agrícola; - O fortalecimento e aprofundamento de políticas que potencializem a agricultura familiar em sua diversidade amazônica (ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, agricultores, indígenas, entre outros) posto ser esta que mais emprega e produz alimentos, garantindo assistência técnica e extensão rural na perspectiva da agroecologia, para a produção de alimentos saudáveis; - A criação de um observatório interdisciplinar de políticas públicas no âmbito da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) em parceria com a comunidade local; - A garantia que o atendimento prestado pela CASAI no Município de Santarém seja estendido a todos os povos da região, moradores indígenas na cidade ou não e em trânsito pela região; - O destino de recursos financeiros ao serviço de saúde indígena independentemente da situação jurídica do território indígena junto a FUNAI, enquanto não se implantar um Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI próprio; - Que a realização da Conferência de Determinantes Sociais da Saúde da região Norte aconteça no Oeste do Pará, objetivando aprofundarmos os debates aqui disparados e articularmos parcerias na execução das propostas. Por fim, vimos com muita preocupação o momento político que estamos vivendo, com uma séria ameaça ao estado democrático de direito, com um golpe disfarçado de impeachment em curso. E por isso, afirmamos: não vai ter golpe e já tem muita luta! Seguiremos combatendo o latifúndio, os grandes projetos e o uso de agrotóxicos, nos mantendo em defesa da vida, da agricultura familiar, da soberania e da democracia no nosso país! Santarém - PA, 27 de abril de 2016. | ||||
FONTE: Assessoria de Comunicação STTR de Santarém - Ageíse Navarro |
terça-feira, 26 de abril de 2016
Curso de Política Agrícola inicia com análise da conjuntura brasileira no Brasil e no mundo
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Nessa semana, de 25 a 29 de abril, a CONTAG sedia o 2º módulo do Curso de Política Agrícola e já inicia com um profundo debate sobre a conjuntura política no Brasil e no mundo. O jornalista Leandro Fortes contribuiu com o momento e trouxe elementos para a análise. “Quando discutimos conjuntura é preciso avaliar o período anterior para saber o que está acontecendo. Nada acontece por acaso.” Para Fortes, o PT falhou ao não formar cidadãos políticos. Pelo contrário, formou consumidores capitalistas. “Houve uma despolitização da população brasileira e criou um colapso político absoluto. A direita brasileira recebeu de presente esse processo e a direita brasileira é extremamente competente.” Quanto ao apoio da grande mídia ao golpe, o jornalista ressaltou que existe sim um interesse das grandes empresas de comunicação na retirada da presidente Dilma Rousseff do poder. “Os grandes meios de comunicação se odeiam, mas se unem em defesa de um propósito, como foi para derrubar o governo Dilma.” Por outro lado, também houve incompetência política do atual governo que deixou a crise aumentar. “Como chegamos a um ponto onde um governo, depois de quatro mandatos, não tem votos suficientes para barrar um processo de impeachment no Congresso Nacional? Não foi feita política. Vivemos um momento político muito grave. O que vem por aí é coisa muito ruim. Vão realimentar a mídia com dinheiro, mexer nos direitos trabalhistas, mexer no SUS. Não há expectativa de Temer investir na saúde pública porque ele é aliado das seguradoras de saúde. Então, o cenário é de desqualificar o SUS, acabar com direitos trabalhistas, e vão quebrar a espinha dorsal dos movimentos sociais e sindical. Hoje, o que nos resta é a manifestação popular. Nos resta gritar para o mundo o que está acontecendo e a CONTAG tem um papel fundamental nesse processo.” Segundo Fortes, temos que aproveitar os espaços para discutir política, inclusive discutir com os nossos filhos e filhas. “Temos tempo e oportunidade de nos recompormos até as próximas eleições. Mas eles estão também se organizando. Eles comandam a mídia, o comércio, a indústria e o campo. A democracia está escorrendo pelos nossos dedos. O Brasil é uma das nações com a maior democracia no mundo. A fase do otimismo acabou. Temos que nos organizar para minimamente enfrentar essas pessoas e o golpe que está em curso. Essa crise não surgiu do nada, é consequência de uma série de equívocos. Os movimentos sociais serão fundamentais para a luta que se inicia.” O curso continua no período da tarde desta segunda-feira (25), quando serão iniciados os conteúdos da formação na área da Política Agrícola voltados para o secretários(as) da pasta nas Federações filiadas. Os temas a serem trabalhados ainda hoje serão a agenda política internacional do MSTTR no âmbito da Agricultura Familiar e a análise crítica da Política Agrícola brasileira e suas relações com a Política Agrícola internacional, com cenário atual e perspectivas. O painel contará com a participação do ministro das Relações Exteriores, Milton Rondó Filho. Nos próximos dias, serão trabalhados temas referentes a acordos e negociações comerciais, política de financiamento e seguridade na agropecuária, o sistema de formação de preços e acesso aos mercados no Brasil, a ação do MSTTR frente aos desafios da política agrícola nacional e internacional, entre outros temas. |
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi |
domingo, 24 de abril de 2016
O que são módulos fiscais
Módulo fiscal é um conceito introduzida pela Lei nº 6.746/79, que altera o Estatuto da Terra (Lei 4.504/64), a norma que regula os direitos e obrigações relativos à imóveis rurais, para os fins de execução da reforma agrária e promoção da política agrícola nacional. Trata-se de uma unidade de medida de área (expressa em hectares) fixada diferentemente para cada município, uma vez que leva em conta as particularidades locais como (art. 50, Lei 4.504/64): o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); a renda obtida com esta exploração predominante; outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; e o conceito de propriedade familiar (art 4º, II, Lei 4.504/64).
O módulo fiscal corresponde à área mínima necessária a uma propriedade rural para que sua exploração seja economicamente viável. O tamanho do módulo fiscal para cada município está fixado através de Instruções Especiais (IE) expedidas pelo INCRA.
De acordo com a Lei nº 8.629/93, no art. 4º, II, o módulo fiscal também é parâmetro para a classificação fundiária do imóvel rural quanto a sua dimensão, sendo entendido como minifúndio o imóvel rural de área inferior a 1 (um) módulo fiscal; pequena propriedade o imóvel rural de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais; média propriedade aquele de área compreendida entre 4 (quatro) e 15 (quinze) módulos fiscais; e grande propriedade com área superior a 15 (quinze) módulos fiscais.
Para fins do Código Florestal (Lei 12.651/12), o módulo fiscal é fundamental na determinação da área passível de exploração dentro de Áreas de Preservação Permanente (e áreas consolidadas nesta categoria) , além da eventual responsabilidade pela recomposição da vegetação.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Assinado o Plano Nacional de Outorga de Radiodifusão que contempla os povos e comunidades tradicionais Mulheres do quilombo Mituaçu no programa “A voz do quilombo” FOTO: Arquivo Rádio Voz do Quilombo Com a presença de representantes da CONTAG, de vários movimentos sociais, de parlamentares e do governo federal, o Ministério das Comunicações realizou quarta-feira (20), em Brasília-DF, a solenidade de assinatura de Planos Nacionais de Outorgas de Radiodifusão Comunitária e de Radiodifusão Educativa. O ministro das Comunicações, André Figueiredo, aproveitou para deixar uma mensagem para CONTAG, se referindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, como entidade social de suma importância para avançar na inclusão dos processos de Comunicação dos povos do campo, da floresta e das águas. “Companheiros de luta da CONTAG, destacamos aqui nossa satisfação em poder materializar essa bandeira de luta que é garantir a voz para quem nunca teve. Destacamos a importância da CONTAG nesse processo de construção onde queremos fortalecer a radiodifusão comunitária para as comunidades tradicionais, pois entendemos que só assim, alcançaremos um Brasil do povo brasileiro”, ressaltou André Figueiredo. Foram assinados dois planos. O primeiro contém dois editais, que contemplarão povos e comunidades tradicionais, somando 123 municípios de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal. O segundo PNO será dividido em 14 editais, que atingirão todos os 1.264 municípios do Brasil que não dispõe de nenhuma rádio comunitária. Os anúncios serão lançados entre maio de 2017 e julho de 2019, somando 1.379 localidades. Já o plano de radiodifusão com finalidade exclusiva educativa é composto de 761 municípios que deverão ser objeto de 879 editais (há casos de municípios para os quais há demanda de emissoras de FM e de TV). A primeira fase será de agosto a maio de 2017, e contemplará 237 localidades (235 FM e 2 TV). Também presente na solenidade, a deputada federal do PT pelo Distrito Federal, Erica Cocai, destacou o papel da CONTAG, como entidade mobilizadora e de luta por inclusão social, sobretudo no que se refere o acesso aos meios de COMUNICAÇÃO. “Muito importante estarmos compartilhando esse momento onde acontece uma ruptura com a democracia, onde estão querendo criminalizar a CONTAG e outros movimentos sociais e sindicais. Então, o acesso às rádios comunitárias significa a garantia de um lugar onde o povo reafirme sua identidade, onde as cercas do latifúndio não cerquem os sonhos. Que esse Plano Nacional de Outorga se torne instrumento de busca e de reafirmação da nossa liberdade”, destacou a deputada federal, Erica Cocai. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes
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Com a presença de representantes da CONTAG, de vários movimentos
sociais, de parlamentares e do governo federal, o Ministério das
Comunicações realizou quarta-feira (20), em Brasília-DF, a solenidade de
assinatura de Planos Nacionais de Outorgas de Radiodifusão Comunitária e
de Radiodifusão Educativa.
O ministro das Comunicações, André Figueiredo, aproveitou para
deixar uma mensagem para CONTAG, se referindo a Confederação Nacional
dos Trabalhadores na Agricultura, como entidade social de suma
importância para avançar na inclusão dos processos de Comunicação dos
povos do campo, da floresta e das águas.
“Companheiros de luta da CONTAG, destacamos aqui nossa satisfação
em poder materializar essa bandeira de luta que é garantir a voz para
quem nunca teve. Destacamos a importância da CONTAG nesse processo de
construção onde queremos fortalecer a radiodifusão comunitária para as
comunidades tradicionais, pois entendemos que só assim, alcançaremos um
Brasil do povo brasileiro”, ressaltou André Figueiredo.
Foram assinados dois planos. O primeiro contém dois editais, que
contemplarão povos e comunidades tradicionais, somando 123 municípios de
todos os estados do Brasil e do Distrito Federal.
O segundo PNO será dividido em 14 editais, que atingirão todos os
1.264 municípios do Brasil que não dispõe de nenhuma rádio comunitária.
Os anúncios serão lançados entre maio de 2017 e julho de 2019, somando 1.379 localidades.
Já o plano de radiodifusão com finalidade exclusiva educativa é
composto de 761 municípios que deverão ser objeto de 879 editais (há
casos de municípios para os quais há demanda de emissoras de FM e de
TV). A primeira fase será de agosto a maio de 2017, e contemplará 237
localidades (235 FM e 2 TV).
Também presente na solenidade, a deputada federal do PT pelo
Distrito Federal, Erica Cocai, destacou o papel da CONTAG, como entidade
mobilizadora e de luta por inclusão social, sobretudo no que se refere o
acesso aos meios de COMUNICAÇÃO.
“Muito importante estarmos compartilhando esse momento onde
acontece uma ruptura com a democracia, onde estão querendo criminalizar a
CONTAG e outros movimentos sociais e sindicais. Então, o acesso às
rádios comunitárias significa a garantia de um lugar onde o povo
reafirme sua identidade, onde as cercas do latifúndio não cerquem os
sonhos. Que esse Plano Nacional de Outorga se torne instrumento de busca
e de reafirmação da nossa liberdade”, destacou a deputada federal,
Erica Cocai.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes |
MSTTR em marcha para enfrentar a Reforma da Previdência Social
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Desde que o governo federal
anunciou a possibilidade de realizar uma Reforma da Previdência Social
que apresenta elementos de restrições e até mesmo de eliminação de
direitos duramente conquistados, o Movimento Sindical de Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais (MSTTR) se mobiliza para discutir profundamente a
questão e compreender as ameaças e os pontos que o governo pretende
modificar na legislação.
A CONTAG já se posicionou totalmente
contrária a qualquer perda de direitos dos trabalhadores e
trabalhadoras. Em suas atividades nacionais como o Coletivo de Políticas
Sociais, a reunião do Conselho Deliberativo da CONTAG e também no
Seminário de Previdência Social realizado na Câmara dos Deputados no dia
15 de março, foram retirados encaminhamentos para que as Federações
realizem atividades nos estados para aumentar entre os(as)
trabalhadores(as) a compreensão sobre a Reforma da Previdência e de que
maneira os direitos dos trabalhadores(as) estão ameaçados.
Encontros estaduais para ampliar compreensão da base
Assim como FETAGS de vários estados já
estão fazendo, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado
de Alagoas (FETAG-AL) realizou ontem (19) um seminário para ampliar
entre a base a motivação para fazer o enfrentamento a possíveis mudanças
na Previdência Social, apresentando dados e argumentos para fortalecer o
diálogo e a luta, quando necessária. “Sentimos claramente que é
unanimidade no MSTTR não aceitar abrir mão dessas conquistas. A partir
daí, a gente trabalha para que os dirigentes sindicais possam se
empoderar de ações e dados para que, em seus programas de rádio, nas
suas reuniões, nas suas assembleias colocar para os trabalhadores possam
se conscientizar para no momento em que o MSTTR precisar ir para as
ruas e fazer suas ações de pressão e mobilização, os trabalhadores
estejam junto com o MSTTR”, explica o secretário de Políticas Sociais da
CONTAG, José Wilson Gonçalves.
José Wilson destaca ainda que, neste
momento delicado da conjuntura política em que há uma afronta á
democracia que coloca em risco o Estado Democrático de Direito, está se
fortalecendo a compreensão entre os trabalhadores(as) da importância da
ocupação dos espaços de representação do povo - Câmaras de Vereadores,
Câmaras Legislativas e Congresso Nacional – por pessoas comprometidas
com os interesses da classe trabalhadora. “Isso fica muito claro e
evidente essa disposição das pessoas fazer essa discussão e assumir esse
compromisso pensando nos processos futuros. Há uma disposição de
preparar os quadros para enfrentar esse desafio”, aponta o dirigente.
É preciso aumentar a pressão junto aos parlamentares e aos gestores públicos
Entre os encaminhamentos das
atividades nacionais, representantes do MSTTR nos estados estãopedindo
audiências com deputados e senadores de seus estados para afirmar que
não aceitam mudanças que prejudiquem os direitos dos trabalhadores na
Previdência Social. “Além disso, o MSTTR está conversando com prefeitos,
vereadores e com as organizações sociais, igrejas e outras organizações
locais para ampliar a base de apoio para a defesa desses direitos”,
afirma José Wilson.
Em 71% dos municípios brasileiros, os
recursos provenientes da Previdência Social representam mais do que o
dinheiro repassado por meio doFundo de Participação dos Municípios(FPM).
Restringir os direitos previdenciários significa mexer na economia dos
municípios, com o comércio, com a vida das pessoas. É preciso mostrar
aos gestores municipais e para os vereadores que, se a Previdência
Social se desarticular, isso implica em menos condições de continuar no
campo o que vai, consequentemente, acelerar o processo de emigração do
campo para a cidade, o que criaria um transtorno social e uma exigência
maior dos gestores públicos para garantir infraestrutura básica para
essas famílias no meio urbano: energia, esgoto, calçamento, entre
outras”, aponta o secretário de Políticas Sociais da CONTAG.
As ameaças da atual conjuntura política
Para José Wilson Gonçalves, na atual
conjuntura política - com o setor mais conservador da política comandado
pelo PMDB, pelo PSDB e pelo DEM, que arquitetaram uma afronta à
Constituição Federal - uma Reforma da Previdência Social será realizada
rapidamente. “Mas a diferença é que, no atual governo, há uma abertura
muito grande para dialogar sobre o tema. Numa eventual conjuntura em que
outro segmento político venha a assumir o comando do País, esse diálogo
se tornará bem mais difícil. E, sobretudo, com a pressão do capital,
empregadores coordenados pela Fiesp, ficará muito difícil manter os
direitos conquistados até aqui”, completa o dirigente.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto |
Instituto Manoel Santos nasce para assumir um legado
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Durante a celebração de um ano de morte do deputado estadual Manoel Santos e do ato de inauguração do Instituto que leva seu nome, na manhã de ontem (19), em frente à sede da Fetape, no Recife, um sentimento era comum entre os presentes: a certeza de que a memória do primeiro agricultor familiar a assumir um assento na Assembleia Legislativa de Pernambuco não será esquecida, pois estará para sempre no seu legado, assumido pelo Movimento Sindical Rural do estado. Esse sentimento esteve presente, sobretudo, nas falas de quem conviveu de perto com o sertanejo de Serra Talhada, a exemplo do presidente da Fetape, Doriel Barros: “Nós consideramos Manoel Santos a maior liderança sindical rural de Pernambuco e deste país. Seus ensinamentos, o seu compromisso e tudo o que ele fez, jamais a Fetape e os trabalhadores rurais poderiam deixar morrer. Por isso, entendemos que era necessário, hoje, não apenas realizar uma celebração, mas fazermos o lançamento de um Instituto que levará o seu nome, e que terá a responsabilidade de manter sua trajetória e seus ideais vivos, para que jamais possamos perder aquilo que aprendemos com ele e que é essencial para o Movimento Sindical Rural: humildade, compromisso e coragem”, concluiu. A cerimônia contou com a presença de dirigentes sindicais rurais de todo o estado e de outros cantos do País, além de representantes dos movimentos sociais, Organizações Não Governamentais, prefeitos e um conjunto de instituições parceiras. Na opinião da deputada estadual Tereza Leitão, durante sua passagem pela Assembleia Legislativa, ficava clara a respeitabilidade que os deputados e o governo tinham com Manoel. “Ninguém queria ofendê-lo; ninguém queria brigar com Manoel, porque sabia que ia receber em troca uma palavra firme e determinada, mas uma palavra de amor, uma palavra humanizada. Manoel nutria uma paciência de quem planta para colher. Uma convicção de quem planta na adversidade. Uma determinação de quem sabe que tem que plantar uma vez e, talvez, não colher, mas plantar novamente para esperar a colheita”, falou emocionada. “Manoel Santos, com sua característica de um bom negociador, com muita paciência, foi um companheiro que sempre esteve lado, tendo a noção clara do que ele queria construir com seus companheiros e companheiras. Dentre as frases dele, tem uma que quero destacar para este momento: ‘não importam as dificuldades que nós estamos enfrentando, o importante é termos a clareza de que estamos no rumo certo’”, relembra o secretário de Finanças e Administração da Contag, Aristides Santos. Para marcar o Ato de Inauguração da sede do Instituto Manoel Santos foi plantado um pé de mandacaru, um dos símbolos da resistência dos sertanejos. O espaço abrigará uma exposição permanente de seus objetos. “Esse instituto precisar ser o testemunho do que foi o processo de vida e de ensinamento de Manoel Santos. Que ele consiga cumprir o papel de ser luz no momento político tão difícil em que estamos passando. Precisamos, cada vez mais, estarmos juntos, estarmos unidos e estarmos de um lado, que é o lado dos oprimidos, que é o lado da classe trabalhadora do campo e da cidade. Firmeza, sempre! Avante, sempre!, declarou a educadora popular e viúva de Manoel, Socorro Silva. Para o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (Contag), Alberto Broch, Manoel faz muita falta, principalmente no momento atual, tanto para a vida nacional, quanto para a Contag. Issp porque a palavra dele era fundamental. “Ele, na sua grande sabedoria, nos dava uma palavra de ânimo, de como deveríamos nos comportar em momentos como esses”, lamentou. “O legado de meu pai está se perpetuando, por meio dessa iniciativa assumida pelo Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais, representado pela Fetape. Nós, como filhos, temos um compromisso com esse legado, o compromisso de mantermos os seus ideais vivos. Acredito que a criação desse Instituto servirá para que a memória do nosso pai não apenas esteja nos objetos, nem nos papéis, mas continue viva e ativa, por meio das ações do Instituto”, afirmou André Santos. O Instituto Manoel Santos tem a missão de contribuir com o desenvolvimento rural sustentável e solidário do campo e da cidade, com um olhar especial para as populações excluídas, por meio da formação, do apoio e da proposição de políticas públicas e sociais, que possibilitem qualidade de vida, geração e distribuição de oportunidades e ampliação do exercício de cidadania, numa perspectiva de equidade e justiça social. Assembleia de Fundação - Em assembleia ordinária, realizada no dia 7 de abril, formada por representantes do Movimento Sindical Rural das três regiões do estado, de movimentos sociais e instituições parceiras, foi aprovado, por unanimidade, o Estatuto Social do IMS. O dia não foi escolhido por acaso. Se vivo estivesse, o ex-deputado estadual completaria, naquele dia, 64 anos. Manoel José dos Santos, presidiu a Fetape e a Contag, tendo sido também o primeiro agricultor familiar a ocupar um assento na Assembleia Legislativa de Pernambuco, por dois mandatos consecutivos. |
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FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAPE - Ronaldo Patrício |
Comissão mista aprova relatório sobre MP que trata da renegociação de dívidas de agricultores familiares
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A comissão mista que analisou a Medida Provisória (MP) 707/15 aprovou, nesta terça-feira (19), o parecer do relator, deputado Marx Beltrão (PMDB-AL), referente à renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros. O texto aprovado traz várias modificações na MP original e algumas novidades, como a prorrogação para 31 de dezembro de 2017 do prazo para inscrição de imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Conforme o relatório, essa será a data limite para a inscrição obrigatória no CAR com vistas à concessão de crédito agrícola. O prazo atual se encerra em 5 de maio. O relator argumenta que a prorrogação vai possibilitar o acesso ao crédito e ao refinanciamento aos devedores que não estejam cadastrados no CAR. Previsto no Código Florestal (Lei 12.651/12), o CAR tem o objetivo de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. No entanto, ainda não abrange a totalidade dos imóveis rurais brasileiros. Segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro, até março deste ano, a área total já cadastrada no País alcança 279,6 milhões de hectares, totalizando 2,6 milhões de propriedades. A área total passível de cadastro no País totaliza 398 milhões de hectares. Ou seja, pouco mais de 118 milhões de hectares ainda não foram registrados no CAR. Ampliação Além da prorrogação do prazo para inscrição no CAR, o relatório aprovado na comissão mista amplia prazos previstos para renegociação de dívidas e estende a outros beneficiários as medidas facilitadoras de pagamento. Os prazos aprovados no relatório são maiores que os estabelecidos pela MP original. Segundo Marx Beltrão, os principais beneficiados com a medida, no entanto, serão os pequenos produtores do Nordeste que perderam lavouras em razão da seca prolongada. “Com essa renegociação, eles vão poder pagar suas dívidas, manter suas terras sem perdê-las para os bancos em leilões e, ao mesmo tempo, voltar a produzir”, afirmou. Novos prazos Entre outros pontos, o texto aprovado suspende, até 31 de dezembro de 2017, a cobrança judicial de dívidas relativas a empreendimentos localizados na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A MP também proíbe que, até esta data, essas dívidas sejam inscritas na Dívida Ativa da União. Também é suspensa a prescrição dessas dívidas até a mesma data. A medida alterou a Lei 12.844/13, que antes previa o prazo de 31 de dezembro de 2015 para suspensão da cobrança das dívidas. Já a MP original estabelecia esse prazo em 31 de dezembro de 2016. O texto prevê uma série de regras e porcentagens diferentes para desconto nas dívidas, conforme a data de contratação, variando de 2006 a 2010, e o tamanho da dívida. “Esses produtores vão ter a chance de uma forma que eles possam pagar”, afirmou Marx Beltrão. O relatório também adota medidas pontuais aplicáveis aos empreendimentos situados na área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e no Centro-Oeste, com foco nas operações com recursos dos fundos constitucionais de financiamento do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO), possibilitando a renovação de prazos já previstos. Tramitação O texto ainda será votado nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. A expectativa do relator é que ele entre na pauta da Câmara já na próxima semana. Marx Beltrão admite, entretanto, dificuldades na votação em razão da análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado. O prazo de vencimento da MP já foi prorrogado e vai até 31 de maio. Avaliação da CONTAG Para a CONTAG, a MP 707/2015 é de grande interesse da Agricultura Familiar. “A CONTAG considera que o Projeto de Lei de Conversão (PLV) da Medida Provisória é uma grande oportunidade que o governo federal está abrindo para agricultores e agricultoras familiares da Região da Sudene, que tiveram perdas da produção, de poder quitar ou negociar operações de crédito rural com rebates e facilitadas condições de pagamento. No entanto, o PLV negociado com a equipe econômica está restrita à Região da Sudene”, destacou o secretário de Política Agrícola, David Wylkerson. Segundo o dirigente, a CONTAG pretende fazer gestões junto aos parlamentares e ao governo federal para que possa publicar uma nova MP contemplando outras demandas da Agricultura Familiar que se encontra fora da Região da Sudene. Clique AQUI para ler o relatório aprovado. |
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FONTE: Agência Câmara | ||
Projeto pioneiro de formação para idosos começa a ser desenhado coletivamente em Pernambuco
Fetape dá início ao Projeto de Formação Política para a Pessoa
Idosa do Campo em Pernambuco - Por um envelhecimento digno, saudável,
autônomo e feliz”, com a realização da 1ª Oficina de Autoformação, que
começou segunda-feira (18) e vai até esta quarta-feira, no Centro Social
de Carpina, Mata Norte do estado. A proposta, desenhada a várias mãos,
traz como grande desafio descobrir de que forma se conversa sobre
envelhecimento no campo trazendo junto a perspectiva da autonomia, da
felicidade, do empoderamento desses atores e atrizes e, por conseguinte,
o fortalecimento do Movimento Sindical Rural (MSTTR). Especialistas em
envelhecimento, direitos humanos e educação popular, junto com
representantes da Federação e da Rede de Educadores da Escola Nacional
de Formação da Contag (Enfoc), que atua no Nordeste, analisaram os
cuidados e as especificidades das pessoas idosas do campo, púbico dessa
ação.
A ideia dessa formação surgiu a partir da demanda apresentada nas
diversas rodadas de conversas realizada com o Coletivo da Terceira Idade
e os participantes das várias atividades, como o Encontro Estadual, que
começou a discutir a construção da política do movimento para pessoa
idosa do campo no estado, bem como com as Secretarias Nacional de
Formação e dos Trabalhadores(as) Rurais da Terceira Idade, da Contag.
Nasce já como um grande desafio ao conjunto do MSTTR. “Apesar de o
movimento existir há mais de 50 anos, esta é a primeira vez que uma
federação ousa compreender o envelhecimento e discutir sobre a
importância da retomada da militância dessas pessoas. E isso agora é
fundamental e urgente porque nossos direitos previdenciários sofrem,
como nunca antes, ameaças reais de extinção. E são também essas pessoas,
com suas ricas histórias de vida que apontam para nós, dirigentes de
hoje, os caminhos mais acertados”, esclarece o diretor de Política para a
Terceira Idade, Israel Crispim.
E o desafio parece ser a marca dessa formação que defende como
ponto de partida o exercício da escuta, proposto pelo Professor Doutor
em Serviço Social e educador popular, Ivandro Sales, “pode parecer
delírio e, para muitos, se propor o “ouvir” é um delírio. Mas a escuta
verdadeira vai fundamentar todo o nosso trabalho e apontar que caminhos
precisaremos seguir”. A proposta também foi defendida pela doutora em
Serviço Social e Gerontóloga, Sálvea Campelo, que esclareceu que, para
além dessa ser uma ação mais acertada para construção de políticas e
movimentações para o idoso, é muito importante ser ouvido, especialmente
quando se trata daquilo que o incomoda. “Eles trazem consigo, gravado
em seus corpos, uma memória e uma história que precisa ser considerada e
cuidada”. Opinião que também foi fortemente reiterada pelo assessor da
Academia Sindical, agricultor, historiador e um dos criadores do
Movimento Sindical Rural Pernambucano, Severino Francisco da Luz Filho, o
Sr. Biu da Luz. Para ele, “é preciso ouvir essas pessoas, suas
histórias, sua luta, dores e alegrias para que se possa apontar caminhos
que levem a verdadeira defesa dos seus direitos”, orienta.
A concepção metodológica do projeto, fundamentada no Projeto
Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentabilidade e Solidário, na
Política Nacional de Formação e nos princípios da educação popular, foi
apreciada pelo conjunto dos formadores e destacada como uma iniciativa
singular da FETAPE pelo filósofo e educador popular do Centro de
Educação e Assessoramento Popular-CEAP, Valdevir Both. “Além de se
constituir como um projeto original ao tematizar o envelhecimento, vem
responder a uma demanda formativa absolutamente necessária no contexto
atual. Num momento em que a democracia sofre ataques contundentes no
Brasil e no mundo, a FETAPE se soma a diversos outros sujeitos sociais
populares para propor processos de mobilização e formação, no sentido de
fortalecer a democracia”. As demais definições, estratégias e a matriz
pedagógica dos módulo também estão sendo pensadas.
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FONTE: Rosely Arantes - Assessora da Diretoria de Política da Terceira Idade Créditos das fotos: DAE Fotografia | |||
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