"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

sábado, 20 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Autoridades do Governo Federal e de Minas prestigiam a abertura oficial da Agriminas 2011 19/08/2011


Foi aberta na quinta-feira (18), a 6ª edição da Feira da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas), que está sendo realizada na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte.  A solenidade de abertura contou com a presença de várias autoridades dos Governos Federal e de Minas e da iniciativa privada. O auditório ficou lotado com a presença de agricultores da produção familiar, de pessoas que visitavam a feira e de profissionais com atuação no setor agropecuário.

O presidente  da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Vilson Luiz da Silva, entidade promotora da feira, enfatizou no seu discurso que a Agriminas “é uma ótima oportunidade para mostrar às autoridades como a agricultura familiar está crescendo no estado e como tem contribuído para a abertura de mercado para os pequenos agricultores”.  Relebrando o tempo decorrido da primeira edição, em 2006, disse emocionado que “foi com muito trabalho e perseverança que chegamos à 6ª edição. A  Agriminas tem o  papel de vitrine da produção familiar, divulgando os produtos para o mercado e para os consumidores, pois não  adianta produzir se não tivermos mercado”, disse. Ele ainda ressaltou que iniciativas como a feira poderiam ter ajudado a alavancar o mercado há mais tempo. “Se tivéssemos feiras como essa há 10, 20 anos, teríamos outro cenário atualmente” analisou.

O dirigente aproveitou para entregar ao vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, e ao secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento,  documento com demandas dos agricultores familiares do estado. 

Contag - O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Ercílio Broch, demonstrando bastante satisfação, disse que a “Agriminas é o grande marco da agricultura familiar no Estado.  Ele felicitou os agricultores participantes e ponderou que o setor “ainda tem muitos problemas”, mas se mostrou otimista dizendo que “nunca se falou tanto em agricultura familiar no Brasil como nos dias atuais, e  esse é um momento importante”, disse.   

Ministro visita a feira -  Quem também  visitou a Agriminas foi o ministro do Desenvolvimento Agrário,  Afonso Florence. Ele ressaltou a importância da feira  para o produtor  mostrar  seu trabalho e, ainda, ter contato direto tanto com o consumidor quanto com empresários do setor.  “Os visitantes podem conferir os produtos, checar a qualidade e perceber que o preço é mais barato”, observou. Para o ministro, a liberação de verbas e o incremento de políticas públicas vão beneficiar o setor. “Com as  políticas que estão sendo pensadas, certamente o setor vai se habilitar para produzir com mais qualidade e ocupar mais espaço no mercado”, disse. O ministro  percorreu a feira para conhecer os agricultores e seus produtos e chegou a experimentar alguns dos  alimentos mais tradicionais de Minas, como o queijo artesanal. 

O secretário Nacional de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Muiller, entregou  ao beneficiário do Programa Nacional de Crédito Fundiário, Dorival Oliveira da Silva a escritura de sua propriedade, que também representou um conjunto de 111 agricultores familiares contemplados pelo  Programa Nacional de Crédito Fundiário, cujas propostas foram aprovadas para este ano. O crédito fundiário dá aos agricultores recursos financeiros para a aquisição de terras para a agricultura familiar.

Fórum da Cachaça – Representantes do Governo e da iniciativa privada realizaram durante a solenidade de abertura o lançamento do Fórum da Cachaça, com o objetivo de  estreitar o relacionamento entre os vários setores envolvidos na produção da bebida no estado,  contribuindo para a  adoção de políticas público-privadas para a cadeia produtiva do destilado. Minas detém 50% da produção nacional de cachaça de alambique (artesanal), com 200 milhões de litros anuais, ante 400 milhões de litros do total brasileiro.

O vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, argumentou que o trabalho do Fórum vai apresentar “ganhos expressivos para a cachaça e para a agricultura familiar como um todo”. Ele acredita que as políticas pensadas para o setor, em pouco tempo, vão  render frutos. “As políticas ajudam a tirar o produtor da informalidade, incentivando a certificação e a garantia de qualidade da produção”, disse.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, aproveitou a ocasião para garantir que o governo do estado vem atuando para elaborar políticas públicas para a produção familiar e  citou como exemplo o  lançamento do fórum.  “Esse  é um momento de ampliar o diálogo entre aqueles que participam da iniciativa, representando o poder  público e a iniciativa privada, propiciando o entendimento e auxiliando  na orientação das políticas públicas” afirmou.

A 6ª edição da Feira da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) prossegue até o  domingo (21), apresentando diversos produtos da produção familiar.  A Feira é uma promoção da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg), entidade que reúne cerca de 1,2 milhão de trabalhadores rurais em todo o estado.


 

MARGARIDAS E CRAVO NA MARCHA DAS MARGARIDAS 2011

05 MARGARIDAS DE POTENGI-CE



05 MARGARIDAS E 01 CRAVO
  POTENGI PARTICIPOU DA MARCHA DAS MARGARIDAS 2011,EVENTO QUE ACONTECEU EM BRASILIA NOS DIAS 16 E 17 DE AGOSTO DE 2011.
A repercussão da Marcha das Margaridas foi intensa na imprensa e nos sites de movimentos sociais nos últimos dias 16 e 17. As notícias transmitidas pelos veículos de comunicação sobre a Marcha ecoaram em todas as regiões do Brasil, divulgando aquela que foi denominada como a maior mobilização de mulheres da América Latina.



MIGUEL ALEXANDRE-SEC.GERAL  DO STTR DE POTENGI-CE


POTENGI-19/08/2011


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

‘Margarida’ Dilma Rousseff entrega caderno de resposta à Contag


17/08/2011
A presidenta Dilma Rousseff entregou hoje, 17, último dia da Marcha das Margaridas, o caderno de respostas às reivindicações feitas. Dilma apresentou as respostas a Carmen Foro, secretária de Mulheres da Contag. A presidenta se auto intitulou margarida e usou, durante todo seu discurso, um chapéu de palha com fitas roxas, símbolo das trabalhadoras rurais e do evento.

Dilma esbanjou simpatia e logo ganhou sorrisos, corações e mensagens das margaridas presentes. No início de seu discurso, a presidenta lembrou que recebeu o convite para 4ª Marcha das Margaridas assim que tomou posse e isso influenciou em sua ida ao evento.

Dilma também falou das reivindicações feitas. Ela afirmou que o Governo Federal ainda não acatou todas as exigências, mas se comprometeu em continuar conversando. “Muitas das demandas foram acatadas, outras demandas nós vamos continuar a conversa. A maior conquista dessa marcha das margaridas é a continuidade do diálogo com o governo. Eu me comprometo a dar continuidade a esse dialogo respeitoso e companheiro que nós temos, iniciado no governo Lula”, prometeu a presidenta.

O presidente da Contag, Alberto Broch, comemorou a realização da marcha e assegurou que este é um momento histórico na vida das mulheres do campo. Alberto se emocionou em alguns momentos e citou as mulheres como fundamentais na continuidade de vida no campo. “Desigualdade, violência e falta de poder aumentam o êxodo rural. Queremos um campo com gente, com rostos humanos, com homens e mulheres construindo o fortalecimento rural sustentável e, nesse papel, as mulheres são fundamentais”, assegurou.

Alberto ainda fez uma proposta à presidenta Dilma Rousseff para que haja uma política de fortalecimento da agricultura familiar e do acesso à terra. Isso, segundo Broch, seria indispensável em um novo modelo de desenvolvimento sustentável. “Tomo a liberdade de propor à presidenta, um grupo que venha discutir um novo modelo de reforma agrária e agricultura familiar, imprescindíveis para o crescimento da sustentabilidade na vida no campo”, finalizou Alberto.

Outra a discursar foi Carmen Foro. A secretária, mesmo sem voz, reclamou da violência contra as camponesas e valorizou a presença das mulheres. “São mulheres que passaram muito sacrifício para estarem aqui. Não é fácil para nós. Posso afirmar que estar aqui hoje já é um ato de vitória das mulheres trabalhadoras do campo e da floresta”, disse Carmen.

Além da presidenta Dilma e dos representantes da Contag, estavam na mesa o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ministros e ministras, como Iriny Lopes, Gleisi Hoffmann e Gilberto Carvalho, e enviados de entidades parceiras da Contag.
 

Brasília está florida. São elas, as margaridas


17/08/2011
Um mar de margaridas invadiu a capital do Brasil hoje. Em uma marcha de 5 km, desde o Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios milhares de mulheres trabalhadoras do campo e da cidade de todo Brasil reivindicam 'desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade’. A cada quilometro caminhado, palavras de ordem animavam a Marcha que além de todas as militantes feministas também contou com a presença de mulheres parlamentares que apoiam a luta das trabalhadoras rurais.

 Elas tomaram conta de todo o espaço gramado em frente ao Congresso Nacional para reivindicar melhores condições de vida para o campo e cidade. Em sua saudação o presidente da Contag, Alberto Broch deu boas vindas à todas as mulheres e organizações parceiras da Marcha das Margaridas e comparou a mobilização ao processo de redemocratização do Brasil. “Só nas diretas vimos tanta gente nas ruas de Brasília”, lembrou. Broch disse ainda que além da pauta entregue ao Governo Federal, “fica uma lição de cidadania e organização para enfrentar os desafios impostos aos trabalhadores e trabalhadoras de todo Brasil”.

A atriz Letícia Sabatela, que também é ligada à luta dos movimentos sociais e organizações não governamentais deixou seu recado às margaridas. “Se hoje podemos protestar por desenvolvimento sustentável, terra, renda e água é porque muitas mulheres foram caladas ao longo do tempo”, a atriz ainda complementou: “Este é um sonho sonhado por muitas mulheres que vieram antes de nós”, complementou.

Uma representante de cada região falou em nome das mulheres de cada estado. Em seguida a secretaria de Mulheres da Contag, Carmen Foro, disse que aqui em Brasília não tinha cem mil mulheres não, “aqui tem milhões de mulheres, porque nós trouxemos e representamos os sonhos e desejos de todas aquelas que não puderam vir”, considerou. A dirigente da Contag disse que as Maragaridas vêm a Brasília em um momento muito democrático. “Viemos para reivindicar porque somos ousadas e corajosas e temos o cuidado de tratar de uma pauta que não é específica do campo, é de todas as trabalhadoras do País”, disse.

Carmen Foro terminou seu discurso dizendo que as mulheres reivindicam e denunciam condições dignas de vida no campo. “O desenvolvimento que nós queremos é sustentável e igualitário entre homens e mulheres”, concluiu.

 Representantes de entidades parceiras também fizeram uso da palavra, além de parlamentares que apoiam a luta das mulheres e que têm ligação com a agricultura familiar. Em seguida, as milhares de trabalhadoras seguiram para o Parque da Cidade onde vão receber a resposta da pauta de reivindicações pela presidenta da república, Dilma Rousseff.


 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Artistas lançam CD Canto das Margaridas


17/08/2011
No final da tarde da terça-feira, 16, primeiro dia da Marcha das Margaridas, a Contag, organizadora do evento, lançou o CD ‘Canto das Margaridas’. O disco tem 21 faixas com músicas compostas por trabalhadora rurais de todo Brasil. Nelas, as compositoras falam da vida e do dia-a-dia de uma camponesa.

O CD foi gravado durante o Grito da Terra Brasil 2011, manifestação também organizada pela Contag. O compilado de músicas foi vendido à R$ 10,00 pelas próprias artistas. Cada uma recebeu 10 CDs, que foram vendidos após o lançamento.

Idealizado pela secretaria de Mulheres da Contag, “o ‘Canto das Margaridas’ não trazem apenas músicas, mas também registros da batalha diária de mulheres de todas as raças, credos e crenças, que usam a voz em prol do mesmo ideal: a riqueza da nação”, diz a apresentação do CD.
 

Margareth Menezes anima Margaridas na véspera da Marcha


16/08/2011
Com repertório quase todo inspirado na vida rural, Margareth Menezes colocou as Margaridas para dançar e cantar na noite de véspera da Marcha. O Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade de Brasília balançou ao som da cantora baiana.
O show começou com Maria, Maria, de Milton Nascimento. Nesse momento, Margareth entrou no palco de mãos dadas com Carmen Foro, a coordenadora nacional da Marcha. O público vibrou, se emocionou e cantou junto: “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre!”.
Entre uma música e outra, Margareth Menezes disse palavras de incentivo à luta das trabalhadoras rurais por melhores condições de vida, contra a violência e pela igualdade de gênero.
Como não podia deixar de ser, a canção-lema da Marcha ganhou a voz forte da baiana e as mulheres engrossaram o coro: “Olha Brasília está florida, estão chegando as decididas. Olha Brasília está florida, é o querer, é o querer das Margaridas”.
 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Margaridas marcham em Brasília


16/08/2011
As atividades da Marcha das Margaridas já estão em curso no Pavilhão do Parque da Cidade. A mobilização é a maior da América Latina e deve reunir 100 mil mulheres em Brasília entre hoje, terça-feira, e amanhã, 17/08. Representantes das 27 federações do País se organizaram para participar da grande agenda de hoje, que prevê abertura política, oficinas, painéis, lançamento do CD Marcha das Margaridas e de publicações sobre as lutas das trabalhadoras rurais.

A manhã desta terça-feira, 16/08, foi reservada para as saudações às delegações, o lançamento da Campanha contra os Agrotóxicos, sete oficinas temáticas, que abordarão assuntos de interesse da mulher rural e dois painéis sobre desenvolvimento sustentável. À tarde haverá visitação à mostra de artesanato e à noite, show da cantora Margareth Menezes, além de apresentações culturas.

E não é apenas dentro do Pavilhão do Parque que as atividades acontecem. A Contag e representantes das federações estaduais participam nesta terça-feira, 16/8, às 10h, na Câmara dos Deputados, de sessão Solene em homenagem à Marcha das Margaridas. O ato faz parte da programação da Marcha 2011 que acontece em Brasília até o dia 17/8. “A manifestação no Congresso é mais um ponto da nossa luta para denunciar as diversas formas de exclusão e violência contra as mulheres do Campo e da Floresta”, afirma Carmen Foro, secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag.

Após a sessão solene, acontece no Hall da Taquigrafia da Câmara a abertura da mostra fotográfica “Mulheres do Campo e da Floresta Tecem Novo Amanhecer”. A abertura conta com ato político de entrega da pauta de reivindicações ao Congresso Nacional, com a presença da atriz Letícia Sabatella, engajada na ONG Humanos Direitos.


   

Mulheres inauguram Mostra Nacional da Produção das Margaridas


16/08/2011
“A nossa luta é por respeito. Mulher não é só bunda e peito. A nossa luta é todo dia contra o racismo e homofobia”, com bom humor e alegria, foi assim que o grupo de mulheres “Louca de Pedras Lilás” levantou o bordão de apelo social e de respeito às mulheres em meio ao público para dar início ao lançamento da mostra cultural dentro da Mostra Nacional da Produção das Margaridas.

“Margaridas do campo e da floresta, da caatinga e do cerrado, sejam bem-vindas. A ideia da mostra é dar visibilidade ao trabalho feito pelas companheiras e discutir também os desafios que elas enfrentam na sua produção, como as dificuldades na comercialização e a ausência de assistência técnica”, disse a vice-presidente da Contag, Alessandra Lunas.

A secretária de Mulheres da Contag, Carmen Foro, também saudou as mulheres e adiantou que todas já são vitoriosas em estar nesta manhã de mobilização. “Olhem quantos pasteis tivemos de vender, quantas rifas tivemos de convencer a comprar, quantos bordados foram feitos para que conseguíssemos estar aqui. Atravessamos rios, estradas e agora estamos aqui escrevendo a história do Brasil com a força e a garra da mulher”, afirmou a sindicalista.

“Queremos construir um país com soberania, igualdade e solidariedade. Essa mostra é um pouco do que ocorrerá em agosto do ano que vem, quando realizaremos a feira de economia solidária das trabalhadoras rurais”, completou.

De acordo com a diretoria da Contag, participam da mostra cerca de 129 grupos de trabalhadoras rurais de todas as regiões do país, organizados pela Contag por meio das comissões das Mulheres e das parcerias da Marcha.

Nos estandes é possível conferir peças de artesanato e alimentos, entre outros produtos.
 

Trabalhadores (as) rurais lançam campanha contra agrotóxicos


16/08/2011

Durante a programação da Marcha das Margaridas, os trabalhadores (as) rurais participaram do lançamento da campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. Durante o ato, foi apresentado parte do curta-metragem “O veneno está na mesa”, do cineasta Silvio Tendler.

De acordo com o documentário, o Brasil utiliza hoje 400 tipos de agrotóxicos registrados entre inseticidas, fungicidas e herbicidas. Cada brasileiro consome cerca de 5,2 litros de agrotóxicos por ano.

Na oportunidade, a coordenadora da Campanha e membro da Via Campesina, Rosângela Piovizani, elogiou a iniciativa da Contag em integrar-se ao projeto agroecológico e limpo defendidos na Campanha. “Para produzir alimentos tem de haver ética e compromisso com a vida. É muito importante essa campanha ser lançada na Marcha das Margaridas porque o impacto na saúde das mulheres é avassalador. A gente quer conscientizar nosso povo da importância do que está em jogo, que é a nossa saúde e a saúde da nossa terra”, disse Rosângela.

Ela informou que uma pesquisa da Universidade de Londrina (PR) apontou para a contaminação de 68% das amostras de leite materno.

A secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosy dos Santos, lembrou a parceria no movimento sindical e da necessidade de priorizar o assunto. “Os agrotóxicos causam impacto muito grande na saúde do trabalhador (a) rural. Quantos morreram e estão doentes, mas nem sabem? Sem falar na nossa biodiversidade que está ameaçada. Precisamos trabalhar por uma agricultura sustentável que venha tratar com respeito e ética aos temas relacionados a nós”, disse.

“Temos de estar juntos e brigar para que o Brasil tenha uma regulamentação em torno do uso indiscriminado de agrotóxicos”, disse o secretário de Assalariados (as) Rurais da Contag, Antônio Lucas. Ele lembrou que já entregou à presidenta Dilma Rousseff uma série de medidas, como a proibição da pulverização aérea e a proibição de 13 produtos químicos que afetam a saúde do trabalhador, esta encaminhada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Também fizemos várias oficinas de saúde do trabalhador em parceria com o governo para que, ao chegar no Sistema Único de Saúde contaminado, ele possa ter acesso ao tratamento adequado e aos laudos médicos para providências cabíveis em caso de aposentadoria”, enfatizou o sindicalista.

Ele reclamou ainda da ausência de discussão de um novo modelo de agricultura que respeite os agricultores (as) familiares. “O governo tem que tomar providências quanto a isso. Que história é essa de um país que tem alta produtividade, mas também alta contaminação dos trabalhadores (as)? Precisamos sair com compromisso da presidenta Dilma de que o ministério da Agricultura também deve abrir espaço de discussão para tratar do problema”, endossou.







 

Trabalhadoras rurais de todo o país têm oficinas de formação e debates


16/08/2011

    Começam daqui a pouco, no Pavilhão do Parque da Cidade, em Brasília, os debates das sete oficinas temáticas e dois painéis de debates da Marcha das Margaridas 2011. As atividades vão oportunizar às mulheres do campo e da floresta maior apropriação dos conteúdos dos sete eixos temáticos da pauta de reivindicações da mobilização.

      Serão momentos de discussão e de reflexão sobre os principais assuntos que envolveram as mulheres em torno da causa que mobiliza o maior número de mulheres na América Latina. O público estimado para cada evento é de 1000 pessoas e os encontros vão durar cerca de quatro horas.

      Durante todo o período de preparação da Marcha das Margaridas essas temáticas foram debatidas e, com base nesse processo, foi construída a pauta de negociações da ação. E esse será o momento dos assuntos serem retomados.

      Moderando os espaços formativos vão estar os representantes das organizações parceiras da Marcha, em torno das seguintes atividades:

Painel 1 - Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade. O foco será nos assuntos terra, territórios, biodiversidade, produção agroecológica e soberania alimentar.

Painel 2 – Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade, voltado para a autonomia econômica, saúde, violência e participação política.

Oficina 1 – Biodiversidade e Democratização dos recursos naturais, centrada nas populações tradicionais, extrativistas e nas quebradeiras de coco-babaçu.

Oficina 2 – Terra, Água e Agroecologia, focada no acesso a terra, disponibilidade e uso da água e práticas agroecológicas.

Oficina 3 – Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, com participação da sociedade civil e nas políticas públicas.

Oficina 4 – Autonomia Econômica, Trabalho e Renda na organização produtiva, com autonomia e igualdade no trabalho.

Oficina 5 – Saúde e direitos reprodutivos voltados para a saúde da mulher e autonomia sobre seu corpo.

Oficina 6 – Educação Não Sexista, Sexualidade e Violência, focada na liberdade de orientação sexual, enfrentamento à discriminação e violência contra as mulheres.

Oficina 7 – Democracia, poder e participação política, dirigida à organização e participação sindical, social e política das mulheres e na reforma política.



 

» 60 anos de sonho: A Declaração dos Direitos Humanos


Em 10 de dezembro de 1948 na capital francesa a ONU apresentou ao mundo a Declaração dos Direitos Humanos.
60 anos depois, o que restou dela?

Marcha das Margaridas ocorrida em Brasília, no ano de 2007 pela erradicação da fome, da pobreza e da violência doméstica. Esta, como muitas outras manifestações populares, mostram como estamos distantes do ideal proposto pela Declaração.
Créditos: Marcello Casal Jr./Abr
Num primeiro olhar - meio desatento - sobre a Declaração, talvez estivéssemos comemorando seu sexagésimo aniversário, porém infelizmente não é isso (comemorar) que a maioria do “mundo” está fazendo.
As comemorações acontecem, sem dúvida, pois é um documento importante e que colocou definitivamente na agenda política dos governos a questão dos direitos humanos - mesmo que sua base esteja nos ideais iluministas, da revolução francesa e americana. Ou seja, a Declaração é um documento tipicamente ocidental (não leva em conta as culturas africana, oriental e islâmica que possuem particularidades muito específicas).
Mas, em diversos lugares do mundo, a Declaração dos Direitos Humanos está sendo questionada... vamos ver um pouco deste debate?
A  principal crítica à Declaração vem das organizações não-governamentais e outros institutos que buscam medir e acompanhar a aplicação dos direitos humanos nas mais diferentes partes do mundo. E, nesse sentido, os questionamentos são muito claros, pois demonstram que a Declaração está longe, mas muito longe, de ser uma realidade na vida cotidiana de 2/3 da população mundial: essa enorme quantidade de pessoas pouco tem acesso a questões básicas de cidadania: justiça, segurança alimentar e física, educação, moradia, saúde e lazer.
Portanto, é possível perceber a necessidade urgente de repensar a Declaração e, principalmente, a forma de aplicá-la a todos os cidadãos do mundo de forma igualitária e irrestrita, inclusive aqui no Brasil.
Aliás, você conhece a Declaração dos Direitos Humanos? Se não conhece, clique aqui. 
Conheça melhor as discussões sobre o tema clique nos links abaixo:

Sessão na Câmara dos Deputados contra violência no campo homenageia Marcha das Margaridas 2011


15/08/2011
A Contag participa nesta terça-feira, 16/8, às 10h, na Câmara dos Deputados, de sessão Solene em Homenagem à Marcha das Margaridas. O ato faz parte da programação da Marcha 2011 que acontece em Brasília até o dia 17/8. “A manifestação no Congresso é mais um ponto da nossa luta para denunciar as diversas formas de exclusão e violência contra as mulheres do Campo e da Floresta”, afirma Carmen Foro, secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag. 

Após a sessão solene, acontece no Hall da Taquigrafia a abertura da mostra fotográfica “Mulheres do Campo e da Floresta Tecem novo Amanhecer”. A abertura conta com ato político de entrega da pauta de reivindicações ao Congresso Nacional, com a presença da atriz Letícia Sabatella, engajada na ONG Humanos Direitos.


Mais informações assessoria de imprensa da Marcha das Margaridas:
Letícia: 61 – 8286 9055
Maria do Carmo: 61 – 8286 9056
Erika Meneses: 61 - 8141 7229

 

As Margaridas estão chegando em Brasília


15/08/2011
Poucas horas antes do início das atividades da 4ª Marcha das Margaridas, o Parque da Cidade, em Brasília, já respira a grande festa. Sons de martelo misturam-se a árvores cenográficas, com flores em tons roxo, rosa, branco e amarelo. O palco principal recebe os últimos retoques. Os estandes com as mostras das 27 Federações do País já estão enfeitados. Se dentro do parque, o movimento é para não deixar nenhum detalhe esquecido, no aeroporto Juscelino Kubitschek e nas estradas que dão acesso à capital federal não é diferente. Há uma mistura de sotaques que não deixa dúvidas: as Margaridas estão chegando!

A coordenadora de mulheres da Fetag-RS, Inque Schneider, em Brasília desde a manhã de hoje (15), conta que as mulheres das regionais Quarta Colônia e Litoral já estão no Distrito Federal. E que as demais delegações devem chegar, na sua maioria, hoje à noite. No primeiro dia, as mulheres participam de oficinas e palestras – algumas terão a oportunidade de participar de homenagem no Congresso Nacional (15 por Fetag). À tarde haverá visitação à mostra de artesanato e à noite, show da cantora Margareth Menezes, além de apresentações culturas – o Rio Grande do Sul vai representar os três estados do sul do Brasil com apresentação de música folclórica da Regional Baixo Jacuí. No dia seguinte, 17, acontece a marcha propriamente dita, com saída do Parque da Cidade às 7h, num percurso de 6km até a Esplanada dos Ministérios. A Fetag-RS será a penúltima delegação a desfilar.

Quanta à mostra dos produtos dos diferentes estados brasileiros, a Fetag-RS é representada por Maria Regina, de Presidente Lucena, que trouxe cinco variedades de biscoitos caseiros. Amanhã, quando a mostra estiver aberta ao público, ela estará vestida de prenda, representado milhares de trabalhadoras rurais do RS, que descobriram uma forma de agregar renda à família. Se sobrar algum biscoito, Regina promete doar, pois se diz recompensada pela oportunidade de participar da Marcha das Margaridas.

domingo, 14 de agosto de 2011

conquistas

Marcha das Margaridas

Trajetória histórica:

Após a realização de três grandes marchas, as mulheres trabalhadoras do campo e da floresta retomam o amplo processo de mobilização para a construção da MARCHA 2011.
Em cada uma das três marchas, realizadas nos anos de 2000, 2003 e 2007, a plataforma política e pauta de reivindicações focalizou questões estruturais e conjunturais e aquelas específicas das trabalhadoras do campo e da floresta, todas buscando a superação da pobreza e da violência e o desenvolvimento sustentável com igualdade para as mulheres.

Resultados da Marcha das Margaridas - 2000/2003/2007
A Marcha 2000, realizada durante o governo FHC, teve um forte caráter de denúncia do projeto neoliberal, mas as trabalhadoras rurais também apresentaram uma pauta de reivindicações para negociação com o governo. Grande parte dessas reivindicações voltou a integrar a pauta das marchas seguintes, realizadas nos anos 2003 e 2007 sob o governo Lula, em que foram obtidas maiores conquistas.
Atualmente, após a realização de três grandes marchas, as trabalhadoras do campo e da floresta podem contabilizar algumas conquistas, embora haja muito por construir em termos de políticas estruturantes e políticas públicas para as mulheres.

Conheça as principais conquistas das Marchas das Margaridas:

-    Documentação, acesso a terra, apoio às mulheres assentadas e políticas de apoio a produção na agricultura familiar
-    Criação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural - PNDMTR
-    Fortalecimento do PNDTR com ações educativas e unidades móveis em alguns estados
-    Titulação Conjunta Obrigatória - Edição da Portaria 981 de 02 de outubro de 2003
-    Revisão dos critérios de seleção de famílias cadastradas para facilitar o acesso das mulheres a terra
-    Edição da IN 38 de 13 de março de 2007 - normas para efetivar o direito das trabalhadoras rurais ao Programa Nacional de Reforma Agrária, dentre elas a prioridade às mulheres chefes de família.
-    Capacitação de servidores do INCRA sobre legislação e instrumentos para o acesso das mulheres a terra
-    Formação do Grupo de Trabalho (GT) sobre Gênero e Crédito  e a Criação do Pronaf Mulher
-    Criação do crédito instalação para mulheres assentadas
-    Declaração de Aptidão ao Pronaf  em nome do casal
-    Ações de Capacitação sobre Pronaf - Ciranda do Pronaf e Capacitação em Políticas Públicas
-    Inclusão da abordagem de gênero na Política Nacional de Ater e da ATER para Mulheres
-    Apoio ao protagonismo das mulheres trabalhadoras nos territórios rurais
-    Criação do Programa de Apoio a Organização Produtiva das Mulheres
-    Apoio para a  realização de Feiras para comercialização dos produtos dos grupos de mulheres

2 - Trabalho e Previdência Social
Manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos
Representação na Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidades do Ministério do Trabalho
3 - Saúde
- Implementação do Projeto de Formação de Multiplicadoras(es) em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos em convênio com o Ministério da Saúde
- Reestruturação do Grupo Terra responsável pela construção da política de saúde para a população do campo.
4 - Educação
- Criação da Coordenadoria de Educação do Campo no MEC.
5 -  Enfrentamento à Violência
- Campanha Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Criação e funcionamento do Fórum Nacional de Elaboração de Políticas para o Enfrentamento à - Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Elaboração e inserção de diretrizes na Política Nacional de  Enfrentamento à Violência contra as mulheres voltadas para o atendimento das mulheres rurais

Em 2011, as margaridas marcham por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. A Marcha tem ainda, as seguintes razões:
-    Denunciar e protestar contra a fome, a pobreza e todas as formas de violência, exploração, discriminação e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres;
-    Atuar para que as mulheres do campo e da floresta sejam protagonistas de um novo processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do  meio ambiente;
-    Dar visibilidade e reconhecimento à contribuição econômica, política e social das mulheres no processo de desenvolvimento rural;
-    Contribuir para a organização, mobilização e formação das mulheres do campo e da floresta;
-    Propor e negociar políticas públicas para as mulheres do campo e da floresta.

EIXOS TEMÁTICOS - Plataforma política 2011:
-    Biodiversidade e democratização dos recursos naturais - bens comuns
-    Terra, água e agroecologia
-    Soberania e segurança alimentar e nutricional
-    Autonomia econômica, trabalho, emprego e renda
-    Saúde pública e direitos reprodutivos
-    Educação não sexista, sexualidade e violência
-    Democracia, poder e participação política
  FONTE-CONTAG

PROGRAMAÇÃO DA MARCHA CONTA COM OFICINAS, DEBATES E ATIVIDADES CULTURAIS


13/08/2011
 Brasília vai parar para ver, conhecer e escutar as dezenas de milhares de trabalhadoras do campo e da floresta que chegam à capital a partir de segunda-feira (15). Elas vão compor a Cidade das Margaridas, no Parque da Cidade (ao lado do Pavilhão de Exposições), de onde partem em marcha para a Esplanada dos Ministérios na quarta-feira (17). Antes da marcha em si, uma programação intensa movimenta o Pavilhão do Parque.
No dia 16 (terça-feira), as atividades na Cidade começam às 9h com a inauguração da Mostra Nacional da Produção das Margaridas, onde o público poderá conhecer o artesanato e os produtos da agricultura familiar. Nesse mesmo horário, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aplica questionário inédito às mulheres sobre as condições de vida, saúde e trabalho.
Às 9h30, acontece o lançamento da Campanha contra os Agrotóxicos, seguida por dois painéis de debate sobre o lema da Marcha deste ano: Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade. O primeiro foca em biodiversidade e democratização dos recursos naturais; terra, água e agroecologia; soberania e segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho e renda. O segundo painel debate saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, sexualidade e violência; democracia, poder e participação política. 
 
Simultaneamente, sete oficinas voltadas para as trabalhadoras versam sobre os eixos temáticos da pauta de reivindicações das trabalhadoras. Às 10h, a Câmara dos Deputados sedia sessão solene em homenagem à Marcha. Em seguida, no Hall da Taquigrafia, acontece a abertura da mostra fotográfica “Mulheres do campo e da floresta tecem novo amanhecer”, com ato político de entrega da pauta de reivindicações ao Congresso Nacional, com a presença da atriz Letícia Sabatella, engajada na ONG Humanos Direitos.
 
A abertura política da Marcha das Margaridas está marcada para as 14h, com a participação do filósofo e teólogo Leonardo Boff já confirmada. No período da tarde, publicações sobre a Lei Maria da Penha e outros temas relativos aos direitos das mulheres oferecem reflexões ao público. Às 17h, o lançamento do CD Canto das Margaridas, cuja primeira faixa é a música que será entoada durante a caminhada de protesto, promete ser um dos momentos de emoção da programação: as Loucas de Pedra Lilás, grupo de Recife que compôs a letra do canto principal, são acompanhadas por coro gigante de todas as mulheres que gravaram o CD.
 
 Durante todo o dia, apresentações de folclore gaúcho, carimbó paraense, côco de roda, rasqueado matogrossense e tambor de crioula alegram Cidade das Margridas. Um dos pontos altos da programação cultural é a homenagem que as violeiras e repentistas paraibanas Maria Soledade e Minervina fazem a Margarida Alves, prevista para as 14h. Às 20h30, a cantora baiana Margareth Menezes se apresenta no palco principal.
 
Finalmente, na quarta-feira (17), as mulheres saem do Parque da Cidade em direção à Esplanada na primeira hora do dia. Lá chegando, fazem o ato político e esperam encontrar a presidenta Dilma para ouvir as respostas do governo à pauta de reivindicações por mais e melhores políticas públicas para o meio rural. 
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sessão solene na Câmara Legislativa do DF homenageia a Marcha


10/08/2011
 Nesta quinta-feira (11), às 10h, acontece a Sessão Solene de lançamento da Marcha das Margaridas na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A iniciativa é da deputada Distrital Rejane Pitanga (PT). “Com a Sessão Solene, vamos dar visibilidade, reconhecimento social e político à maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil”, afirmou a  deputada.
O lema da Marcha este ano é: “2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade”. Os objetivos: contribuir para a organização, mobilização e formação das mulheres trabalhadoras rurais; atuar para que as mulheres do campo e da floresta sejam protagonistas de um novo processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do meio ambiente; dar visibilidade e reconhecimento à contribuição econômica, política e social das mulheres no processo de desenvolvimento rural; propor e negociar políticas públicas para as mulheres do campo e da floresta; além de denunciar e protestar contra a fome, a pobreza e avançar na construção da igualdade para as mulheres. 
 
Por que Margaridas?
 
A Marcha tem esse nome para homenagear a trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves, símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. 
 
Ela rompeu com padrões tradicionais de gênero ao ocupar por 12 anos a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. À frente do sindicato, fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. 
 
A trajetória sindical de Margarida Maria Alves foi marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária. Ela foi brutalmente assassinada pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983.
 

Plenária no Ceará destaca reforma agrária e sucessão rural


11/08/2011
Encerrou nesta quarta-feira (10) a Plenária Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Ceará. Foram inscritos 183 delegados(as) que discutiram questões presentes no texto base da Plenária Nacional da Contag. Além disso, tiraram propostas que serão enviadas à confederação para serem debatidas em âmbito nacional. Segundo presidente da Fetraece, Moisés Braz Ricardo, um dos grandes debates deve ser a questão agrária. “Nós temos aqui no estado, ainda hoje, cerca de duas mil famílias acampadas e a reforma agrária não tem avançado”, justifica.

O presidente da Fetraece informa também que o outro tema que deve ser aprofundado é a sucessão rural, pois boa parte dos jovens do campo estão migrando para as cidades. “Nós estamos querendo fazer essa discussão de uma sucessão rural onde os jovens possam se capacitar, possam ter acesso a universidade, possam se formar, mas que permaneçam no campo para apoiar a agricultura familiar de um modo geral”, defende.

Durante a plenária estadual foram escolhidos os 28 delegados e delegadas de base que representarão o estado em Luziânia (GO), na 3ª Plenária Nacional da Contag, que acontecerá entre no período de 25 a 27 de outubro de 2011. Desse total, cinco são da terceira idade, seis jovens, dez mulheres e sete vagas livres de cota. Esses trabalhadores e trabalhadoras rurais se juntarão aos 13 diretores(as) efetivos(as) da federação, somando uma delegação de 41 lideranças.

Para Moisés, existe uma expectativa grande de que a plenária nacional fortaleça cada vez mais o Sistema Contag e o trabalho com todos os trabalhadores e trabalhadoras, inclusive os quilombolas, os negros e os assalariados e assalariadas rurais. “Entendemos que não é hora de disputa interna e sim de avançar na consolidação do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário”, destaca.
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Marcha das Margaridas: está chegando a maior mobilização de mulheres rurais da América latina




Marcha das Margaridas
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A ação é coordenada pela Confederação Nacional de Trabalhadores na
Agricultura – Contag.

Faltam apenas 06 dias para aquela que será a maior mobilização de mulheres da América Latina: a Marcha das Margaridas, que acontece de 16 a 17 agosto, em Brasília, envolvendo mais de 100 mil mulheres do campo e da floresta.

Para o presidente da Contag, Alberto Broch, a Marcha das Margaridas é um evento grandioso, que demonstra a capacidade de organização da Contag e sua capilaridade: “Quando queremos fazer algo, nosso poder de mobilização é enorme e a Marcha é uma grande demonstração disso”.

A expectativa de que a mobilização traga bons resultados é grande em função do atual contexto político. “Temos agora uma mulher na presidência e isso nos motiva a apostar em uma agenda positiva”, afirma Carmen Foro, diretora de Política par as Mulheres da Contag. Ela acredita no êxito da Marcha, que deverá alcançar conquistas significativas em função da pressão exercida pelo conjunto das trabalhadoras rurais do país. “Não há no Brasil uma única organização que mobilize tantas mulheres”, avalia.

A Marcha das Margaridas contará com a Cidade das Margaridas, uma infra- estrutura  montada no Parque da Cidade para os dias do evento e que corresponde ao gerenciamento de um município, com alojamentos, cozinha, banheiros, segurança, etc. “O parque da cidade concentra a elite de Brasília e nós conquistamos esse espaço”, analisa Carmen.

Programação

A Marcha das Margaridas concentra atividades a partir das 20h do dia 15 de agosto, quando da chegada dos ônibus com as primeiras delegações de mulheres. Uma caravana com cerca de 1000 ônibus (a frota do Distrito Federal é de 700).

Para a manhã do dia seguinte, estão previstos a Inauguração da Mostra Nacional da produção das Margaridas, Painéis de Debates, lançamento da Campanha Contra os Agrotóxicos e do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para Reforma Política, além de atividades culturais, uma sessão solene no Congresso Nacional e Exposição Fotográfica sobre a trajetória de lutas das mulheres trabalhadoras rurais. À tarde, acontece o lançamento do CD Canto das Margaridas e logo mais, à noite, show com Margareth Menezes.

No dia 17 de agosto a saída das mulheres da Cidade das Margaridas rumo à Esplanada dos Ministérios está prevista para as 7h da manhã. Lá chegando, as mulheres realizam o ato político da Marcha em frente ao Congresso Nacional. A presidenta Dilma já confirmou, por meio da Secretaria- Geral da Presidência da República, que encontrará as mulheres logo após o ato. Nessa hora Dilma dará resposta à pauta de reivindicações das rurais,

que contém 158 itens e foi entregue aos ministros desde o último dia 13 de julho.

O retorno das delegações aos seus respectivos estados acontece a partir das 17h.

QUEM FOI MARGARIDA ALVES

Dirigente sindical, Margarida Alves (1943 – 1983) é o grande símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. Rompeu com padrões tradicionais de gênero ao ocupar por 12 anos a presidência do sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, estado da Paraíba. A frente de sua trajetória sindical foi marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária. Margarida Alves foi brutalmente assassinada com um tiro no rosto pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983.

SERVIÇO:

A Marcha das Margaridas é uma mobilização realizada a cada quatro anos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e tem por objetivo reivindicar e propor ao governo federal políticas públicas voltadas para as mulheres do campo e da floresta, num processo de negociações norteado pela pauta de reivindicações da categoria.

A marcha desse ano vai contar com cerca de 100 mil mulheres oriundas de todos os Estados do país. Elas vão mostrar à sociedade suas realidades, seus problemas e desafios. O lema desse ano é: Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia e Liberdade.

Quando: 16 e 17 de agosto de 2011 – Brasília / DF

Para mais informações acesse o site da Contag: www.contag.org.br




Plenária Estadual de preparação para Plenária da CONTAG

09/08/11



Plenária Estadual
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Começou hoje, 09/08, a Plenária Estadual para tirada de delegados/as para participar da 3ª PNTTR - Plenária Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

A atividade acontece nos dias 09 e 10 de Agosto, na Sede da FETRAECE, em Fortaleza/CE.

Participam da Plenária dirigentes dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, além das Coordenações Regionais e Diretoria Executiva da FETRAECE.

Durante a Plenária será lido, discutido e feito proposições ao Documento Base da PNTTR, da CONTAG.

Para o estudo do documento, os/as participantes serão divididos em 3 (três) grupos:

GRUPO 1: Reforma Agrária e Agricultura Familiar

GRUPO 2 : Assalariamento Rural

GRUPO 3: Políticas Públicas

fonte-fetraece

Agricultores familiares do Semiárido dão exemplo de estruturação produtiva


pro site umbu
Na região de Canudos, no Semiárido da Bahia, onde a Caatinga marca a paisagem, uma árvore se destaca, o Umbuzeiro, símbolo da convivência do homem com o ambiente que se caracteriza pelo sol forte e pela pouca água. A “árvore que dá de beber”, do tupi-guarani Ymb-u, hoje é exemplo de sustentabilidade e fonte de renda para mais de 350 famílias ligadas a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc).
No dia 25 de julho, no lançamento, em Arapiraca (AL), do Plano Brasil Sem Miséria – Nordeste, a perseverança destes produtores tornou-se uma referência de agricultura familiar estruturada que a presidenta Dilma Rousseff definiu como caminho para a inclusão de famílias de agricultores e agricultoras familiares em situação de extrema pobreza. Um acordo firmado pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) com o Pão de Açúcar levará às gôndolas da rede varejista, por meio do programa Caras do Brasil, doces, compotas e geleias de frutas da Caatinga produzidas pela Coopercuc.
“Sempre foi um sonho nosso participar deste programa. Agora, veio a oportunidade", comemora Valdivino Rodrigues, 42 anos, um dos fundadores da Coopercuc, que, nas palavras da presidenta Dilma agora, como parte da estratégia de inclusão produtiva e geração de renda do Brasil Sem Miséria, é um exemplo de agricultura familiar fortalecida que fará a diferença nas gôndolas dos supermercados. “Se brasileiras e brasileiros se dispuserem a enfrentar e encarar esse imenso desafio que é ultrapassar a extrema miséria em nosso país, eles poderão contribuir escolhendo esses produtos”, afirmou a presidenta.
Além da Coopercuc, também assinaram acordo outras três cooperativas, a Cooperagrepa de Mato Grosso, a Coopaflora do Paraná e a Cooperúnica, presente em doze estado e a  Associação Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca de Rondônia.
Sustentabilidade e produção orgânica
O carro-chefe da Coopercuc são produtos derivados do umbu, o fruto do umbuzeiro. Mas os consumidores brasileiros também poderão degustar geleias, compotas, doces de goiaba, manga e maracujá da Caatinga produzidas em 18 mini fábricas instaladas em comunidades rurais dos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá, no Território da Cidadania Sertão do São Francisco, e centralizada na sede da Cooperativa, em Uauá. Tudo com a marca da produção orgânica e da preservação do bioma.
Em parceria com a Embrapa, a cooperativa dissemina técnicas de enxerto no umbuzeiro, produz e distribui mudas para os cooperados. “É necessário plantar mais umbuzeiros para preservar e manter a cultura e a produção para as futuras gerações”, explica Valdivino.
Mulheres lideram organização
A história da Coopercuc tem a marca da perseverança que caracteriza o sertanejo, da organização e do apoio de políticas públicas. A cooperada e gerente comercial da Cooperativa, Jussara Dantas de Souza, 29 anos, lembra que as mulheres tomaram a frente na organização. “Em 1997, o IRPAA (Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada), em parceria com a Embrapa, fez aqui um curso de beneficiamento de frutas nativas. Eram mais ou menos 20 mulheres, lideranças de várias comunidades da região que fizeram o curso e se tornaram multiplicadoras do projeto.”
A ideia era produzir para o sustento das famílias. Mas começaram a chegar pedidos de vizinhos que queriam enviar os doces para os parentes que moravam longe e tinham saudade do umbu. “As mulheres logo notaram o potencial econômico da atividade e começaram a se organizar”, recorda Jussara.
Em 2003, a iniciativa ganhou impulso quando os produtos da Coopercuc passaram a ser comercializados para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal. “Isso ajudou a nos adequar às exigências do mercado”, afirma Jussara. Para organizar o processo de comercialização dos empreendimentos da agricultura familiar, em 2004 foi criada a Cooperativa, com o apoio da Caritas Internacional e do IRPAA. Com a estruturação, a produção passou a ser comercializada em feiras regionais e nacionais, como a Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo, organizada pelo MDA.
Compras públicas
Por meio destas feiras os cooperados tomaram conhecimento das políticas públicas de compras públicas do governo federal que apoiam a comercialização de produtos da agricultura familiar. Entre elas o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina que no mínimo 30% dos recursos destinados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar sejam destinados à compra de produtos da agricultura familiar. Hoje, os produtos da Coopercuc fazem parte da merenda de mais de 80 mil alunos de 13 municípios da região.
“A maior parte dos produtos é vendida para o PAA ou distribuída na merenda escolar, mas já estamos vendendo em vários estados do país como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte e em várias cidades da Bahia”, explica Jussara. Os produtos da Coopercuc também chegaram à Europa. Este ano, em sua quarta participação na Biofach 2011, a maior feira mundial de produtos orgânicos, realizada em Nuremberg, na Alemanha, a cooperativa comercializou para uma empresa da Áustria 30 mil unidades de sua cartela de dez produtos à base de umbu, maracujá da Caatinga e goiaba com certificação orgânica e de comércio justo (fair trade).
Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma das ações do Fome Zero e tem como objetivo garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. Já o PNAE é regulamentado pela Lei da Alimentação Escolar nº 11.947/2009, que determina que no mínimo 30% do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) seja investido na compra de produtos da agricultura familiar. Cada agricultor pode vender para o PNAE até R$ 9 mil por ano.
Vida digna
A organização dos agricultores familiares valorizou a produção e trouxe mais renda para os associados. Valdivino lembra que, antes da cooperativa, o preço de um saco de umbu in natura com entre 30 e 40 quilos era vendido a no máximo R$ 5,00. “No primeiro ano de funcionamento da cooperativa, o saco de umbu no final da safra era vendido a R$ 22,00”, compara. “Melhorou bastante as condições de vida. As pessoas melhoram sua condição de moradia, colocaram piso, compraram geladeira, televisão, rádio, essas coisas.”
Além de uma nova fonte de renda, a cooperativa melhorou a autoestima dos produtores. “Nessa região, onde a seca é grande, a produção é pouca e as pessoas têm muita dificuldade para ter uma vida digna, como qualquer cidadão merece, o trabalho da cooperativa prova que a organização dos trabalhadores familiares dá certo”, afirma Valdivino Rodrigues.
Outra característica do Coopercuc é disseminação do conhecimento. “Na sede, temos inclusive uma pequena sala de aula para estudo, com material de consulta sobre convivência com o Semiárido e melhoria de produção”, lembra Jussara, bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Pernambuco, Especialista em Educação Ambiental pela mesma instituição e diplomada em Gerenciamento Sustentável pela Universidade de Lünberg da Alemanha.
Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
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O QUE É A MARCHA DAS MARGARIDAS


          É uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena.

          A Marcha das Margaridas se consolidou na luta contra a fome, a pobreza e a violência sexista e sua agenda política de 2011 tem como lema desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade.

          Coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais composto pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura – Contag, por 27 Federações – Fetag’s e mais de 4000 sindicatos, sua realização conta com ampla parceria.

          Em 2011, as mulheres trabalhadoras rurais, mais uma vez, estarão nas ruas, em movimento, para protestar contra as desigualdades sociais; denunciar todas as formas de violência, exploração e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres.
          Junte-se a nós. Assuma o compromisso com a luta da Marcha das Margaridas de 201. Venha marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade para todas as mulheres.


Marcha das Margaridas
          A maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil tem esse nome, como uma forma de homenagear a trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves.

          Margarida Alves é um grande símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. Rompeu com padrões tradicionais de gênero ao ocupar por 12 anos a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, estado da Paraíba. À frente do sindicato fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. A sua trajetória sindical foi marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária. Margarida Alves foi brutalmente assassinada pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983.
 

REPRESENTANTES DE POTENGI NO GRITO DA TERRA-CEARÁ

ZÉ FREIRE, MEMBRO DO STTR DE POTENGI

Lideranças realizam plenária no Ceará


09/08/2011
Dezenas de lideranças sindicais do Ceará estão reunidas neste momento para o início da Plenária Estadual da Federação dos Trabalhadores (as) Rurais do Ceará (Fetraece).

De acordo com o secretário de Políticas Sociais da Contag, Zé Wilson, a Federação fez uma grande mobilização com quase todos os sindicatos do Estado para a discussão, entre outros, do fortalecimento do MSTTR e da unicidade sindical. “Faremos todo esse debate político no sentido de ajudar a fortalecer nosso projeto alternativo e contribuir para o processo de avaliação do mandato da Contag. A ideia é sairmos daqui com uma delegação grande e qualificada para a 3ª Plenária Nacional de Trabalhadores (as) Rurais, que será de 25 a 27 de outubro”, disse o dirigente.

A Plenária Estadual da Fetraece termina na quarta-feira (10/8), em Fortaleza.

Marcha das Margaridas gera renda para catadoras de lixo em Brasília


09/08/2011
 O lixo produzido durante os dois dias de Marcha das Margaridas vai gerar renda: será recolhido por mulheres de cooperativas e associações de coleta de materiais recicláveis. Ao todo, serão 150 catadoras, distribuídas nos três dias (16, 17 e 18 de agosto). Além do trabalho de reciclagem feito pelas catadoras, as ruas do Parque da Cidade e do Eixo Monumental serão varridas exclusivamente por mulheres.
Essa ação é uma estratégia da Marcha das Margaridas, em parceria com o Governo do Distrito Federal, para valorizar e dar visibilidade ao trabalho dessas mulheres. Elas vão receber R$ 50 por dia (16, 17 e 18), além do material que recolherem, que será levado por caminhões da Secretaria de Limpeza Urbana (SLU) até as cooperativas e associações. São elas: Acobraz; CRV; Nadefins; Cataguar; Apcorb; Recicla Brasília e Acapas. A alimentação das catadoras será por conta da organização da Marcha.
Durante os dois dias em que as mulheres do campo e da floresta estarão no Parque da Cidade, 30 orientadoras do SLU vão orientar as participantes da Marcha sobre a importância da separação do lixo para a reciclagem.
 

Foi dada a largada para a construção da Cidade das Margaridas no Parque da Cidade


08/08/2011
Em reunião geral na Contag, nesta segunda-feira, as equipes organizadoras socializaram os informes sobre a Marcha das Margaridas. A oito dias da grande mobilização, os últimos ajustes estão sendo amarrados para que o evento aconteça com segurança, tranquilidade e organização. No sábado (6), foi dada a largada para a construção da Cidade das Margaridas, no Parque da Cidade, onde vão acontecer todas as atividades no dia 16 de agosto.
Após a reunião com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, na sexta-feira (5), as pendências que existiam sobre infraestrutura e vigilância sanitária foram resolvidas. O Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade foi limpo e dedetizado no final de semana. Confirmadas quatro ambulâncias e cinco motolâncias do Corpo de Bombeiros, mais duas da Secretaria de Saúde para atender às demandas no local. Médicos e 40 estudantes de Medicina da Universidade Católica estão sendo treinados.
A estrutura da Cidade, onde ficarão alojadas milhares de mulheres que vem de todo o Brasil, conta com 600 chuveiros, 700 banheiros químicos e 80.000 metros quadrados de estrutura montada na área externa do Parque para: alojamento, área de alimentação, coleta de resíduos, posto de saúde, ambulatórios e quiosques de informações. Dentro do Pavilhão, serão 4.000 metros quadrados para 45 estandes da Mostra Nacional de Produção das Margaridas e 29 estandes para apoiadores, organizações parceiras e delegações estaduais. 
 
A Marcha está sendo construída há um ano e meio, por meio de mobilização da Contag, a partir da base (27 federações e cerca de 4000 sindicatos de trabalhadores rurais), com rifas e atividades para arrecadar recursos. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está apoiando as oficinas de formação das trabalhadoras rurais.
 
A partir de terça-feira (9), acontecem as reuniões de negociação da pauta de reivindicações com os ministérios, começando pelo MDA. Até quinta-feira, a comissão da Marcha deve dialogar mais a fundo sobre a pauta com o Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento Social e Política para as Mulheres. Na sexta-feira (12), os ministros recebem as mulheres para dar respostas às demandas apresentadas pelas Margaridas.
Na semana que vem, quando as participantes da Marcha começam a chegar a Brasília, acontecem atos de boas-vindas na rodoviária e no aeroporto, com banca de informações sobre a Marcha e suas reivindicações. 
  E POTENGI ESTARÁ PRESENTE!!