"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Senador é denunciado por trabalho escravo


24/02/2012
O portal de notícias do Sistema Globo de Comunicação, o G1, divulgou em sua edição de ontem (23 de fevereiro) que o Supremo Tribunal Federal – STF aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra o senador João Ribeiro (PR-TO) que, no ano de 2004, teria mantido em regime de escravidão 38 trabalhadores na Fazenda Ouro Verde (PA), obrigados a cumprir uma jornada de 12 horas exaustivas de trabalhos forçados, inclusive aos finais de semana e a consumirem água imprópria para o ser humano. O senador é agora réu em três acusações: trabalho escravo, aliciamento de trabalhadores e direitos trabalhistas.
Segundo a defesa do senador, o mesmo era dono, mas não administrava a fazenda. O que se sabe, porém, é que a fiscalização encontrou anos atrás cópias de documentos fiscais que mostram as dívidas dos trabalhadores com a fazenda que, segundo as denúncias, os mesmos eram obrigados a contrair. Ribeiro também é réu em outra ação penal, acusado pelo crime de peculato.
Para o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG, Antonio Lucas, fatos como esse servem para chamar a atenção da sociedade para a temática. “A opinião pública precisa pressionar pela aprovação da PEC 438, que pune os empresários rurais que praticam trabalho escravo com a expropriação de suas áreas”, afirma. Lucas ressalta ainda a morosidade do processo, já que o caso está rolando desde 2004 e aponta as consequências do trabalho degradante: “Até agora as maiores vítimas foram mesmo os assalariados, porque o trabalho escravo, além de ser uma violação contra os direitos humanos, deixa um rastro de desgaste psicológico difícil de ser superado”. E cobra: “O Estado deveria cuidar dessas pessoas, além de punir os culpados”.

A CONTAG vem a público manifestar insatisfação e repúdio com relação ao despejo da Escola Família Agrícola Bontempo em Itaobim, Minas Gerais


24/02/2012
Falar que o Brasil é um país de profundas desigualdades sociais não é nenhuma descoberta nova. Falar que a Educação é a principal estratégia para a superação dessas desigualdades também não é nenhuma novidade. Falar que pela diversidade existente no país é preciso respeitar as especificidades da população brasileira é, como se diz na linguagem popular, “chover no molhado”. Entretanto, apesar de tais afirmações estarem presentes em todos os discursos governamentais nacionais e internacionais, o que ocorre na realidade é bem diferente. Há ainda uma falta de sintonia entre discurso e prática no que se refere à Educação do Campo, mesmo reconhecendo todos os avanços obtidos nos anos de luta por uma educação do campo pública e de qualidade.
O despejo da EFA Bontempo em Itaobim/MG é um triste exemplo de como ainda estamos longe de garantir o direito universal à educação. Iniciativa fruto da luta dos agricultores e agricultoras familiares do Vale do Jequitinhonha, a EFA Bontempo atende mais de 20 municípios do Baixo e do Médio Jequitinhonha. Não é uma simples escola. Lá jovens educandos, seus familiares e a comunidade como um todo lutam, há pelo menos 5 anos, para fazer valer o direito à educação.
Se há um consenso no país, explicitado diversas vezes, nas mais variadas ocasiões, de que a Educação é a principal estratégia no enfrentamento à pobreza, à miséria e a desigualdade social brasileira, o que é que explica o fechamento de uma escola que nasce justamente com o objetivo de garantir a oferta da educação básica nas áreas rurais e superar as desvantagens educacionais sofridas pelos sujeitos do campo, por meio de medidas e estratégias diferenciadas e contextualizadas?
Como explicar para a comunidade e para os 200 jovens que lá estudam que eles simplesmente não têm mais onde estudar? Sim, porque fechar uma escola do campo tem impactos diretos na vida das pessoas, dentre eles, a saída dos jovens do campo para as cidades em busca de oportunidades e a submissão a uma educação que não considera sua identidade de sujeito do campo e que faz com que muitos e muitas jovens não compreendam o campo como um espaço também de trabalho e vida digna.
Sendo assim, a CONTAG se solidariza com a Associação Mineira de Escolas Família-Agrícola – AMEFA e com a Associação Escola Família Agrícola do Médio e do Baixo Jequitinhonha, com os professores e professoras, alunos e alunas que neste momento estão unidos e solicita às autoridades competentes envolvidas na questão para que tenham bom senso e tomem as providências necessárias para que o direito universal à educação seja respeitado de fato.

8 de Março- Dia Internacional da Mulher




Março lilás
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FETRAECE convida o conjunto do movimento sindical e parcerias para as comemorações do março lilás.
 O Dia 08 de março é para nós Mulheres Trabalhadoras Rurais cearenses, muito mais que um dia de festa. Simboliza o marco das lutas das mulheres contra todo tipo de violência, desigualdades, preconceitos e exploração. Apesar das conquistas obtidas com nossa luta e a mais recente na Marcha das Margaridas, ainda temos mulheres sendo sujeitas as desigualdades de salários, de condições de trabalho e de oportunidades. O dia internacional da Mulher possui várias versões para o seu surgimento. As duas mais conhecidas trazem a seguinte versão: no dia 08 de março de 1857, operárias de uma fábrica têxtil em Nova York, nos Estados Unidos, fizeram uma greve reivindicando melhores condições de trabalho, como redução da jornada de trabalho, equiparação salarial (salário igual ao dos homens), pois elas executavam o mesmo trabalho e recebiam um terço do salário e também o direito à licença-maternidade. Em represália ao movimento grevista os donos e policiais fecharam a fábrica e atearam fogo nelas, matando 129 mulheres queimadas. A outra versão se refere a uma greve que explodiu em 1917, em Petrogrado, na Rússia. Nesse dia um grande número de mulheres operárias saíram às ruas em manifestação contra a fome e a guerra. Acredita-se que estas ações desencadearam a revolução que derrubou o governo Russo. Embora algumas versões do fato, somente em 1975 que um decreto oficializou a data como referência para comemoração em todo mundo. Seja qual for à versão, todas elas apontam para a luta das mulheres na conquistas de seus direitos. Para sair da invisibilidade e para demonstrar a violência que ainda hoje somos vítimas, que se configuram no nosso dia-a-dia por palavras, ações discriminatórias, espancamentos, mortes e na negação de direitos já conquistados.Por todas as nossas lutas, sejam elas específicas ou do conjunto do MSTTR, é que nós do Coletivo de Mulheres da FETRAECE, em conjunto com a Diretoria Ampliada da FETRAECE vamos instituir e trabalhar o MARÇO LILÁS. Será para nós não só o dia 8 de março, mas o mês inteiro dedicado às atividades mais intensivas de debates, discussões, mobilizações nas ruas dos movimentos de mulheres, onde cada regional, cada STTR, cada movimento feminista neste estado se mobilizem na luta, seja ela comemorativa, de denúncia ou de reivindicação.Quero saudar em especial às trabalhadoras rurais, sindicalistas, assalariadas, donas de casa, artesãs, políticas, de todas as idades, que com fé e coragem, juntas temos sido protagonistas de nossas conquistas. Se hoje estamos aqui comemorando o março lilás é graças à determinação de muitas mulheres, capazes de produzir, reproduzir e gerar vida em todas as esferas em que nós mulheres estamos inseridas. Passa por nós a vida humana, o trabalho na roça, em casa, no sindicato, na associação, na empresa e por tudo isso temos capacidade e competência. Apesar de todas as barreiras que o patriarcado e o capitalismo nos impõem, somos capazes de amar, sonhar e lutar por uma sociedade mais justa, onde o bem comum seja a essência do nosso viver.Saudação especial também às gloriosas companheiras, que não estão mais entre nós como Margarida Alves, Nazaré Flor, Maria Clélia, entre outras, que dedicaram suas vidas na busca da igualdade nas relações de gênero, que partilharam seus sonhos e que deram uma parcela significativa no desenvolvimento do que somos hoje. A estas companheiras e a outras que continuam conosco na caminhada, meus cordiais cumprimentos.Neste março lilás, meu reconhecimento e gratidão a todas as mulheres trabalhadoras rurais da base, que estão na labuta diariamente, mostrando que é possível uma Agricultura Familiar sustentável, com mais qualidade de vida para todas e todos. O ano de 2012 é um ano de possibilidades e quero reafirmar a nossa responsabilidade na construção de uma sociedade com mais igualdade e autonomia. Por ser um ano eleitoral, onde iremos escolher os prefeitos e prefeitas e vereadores e vereadoras de nossos municípios, cabe a nós nos propor a cargos eletivos, orientar e escolher bem nossos representantes. Por sermos a maioria do eleitorado brasileiro recai sobre nós a responsabilidade ainda maior do valor de nosso voto. Lembrando que a mudança começa a partir de nós mesmas, da nossa comunidade, do nosso município. Basta teimar e seguir em frente. É perceptível por nós que os resultados estão muito tímidos, quando se refere a política. No cenário nacional, para nosso conhecimento, o número de mulheres ocupando cargos eletivos ainda é pequeno. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somos mais de 52% do eleitorado brasileiro, somamos mais de quatro milhões de votos a mais em todo país, porém, ocupamos apenas 8,7% do total de 513 vagas para a Câmara de deputados(as), ou seja 45 são deputadas; 23% no Senado Federal, das 81 vagas, apenas 13 são mulheres e 7,4% da vagas para os governos estaduais, dos 27 estados, apenas dois estados tem como governo mulheres (Estados do RN e MA). Esta realidade é visualizada por nós, em nossos municípios, na política partidária e cabe também a nós mulheres levantar esta bandeira e lutar para termos mais mulheres no poder, exercendo cargos eletivos nas esferas municipal, estadual e federal e no nosso próprio MSTTR. Vamos lá companheiras apoiar e fortalecer as iniciativas e a coragem de companheiras e companheiros do nosso MSTTR que se propuser a mudar a realidade em nossos municípios. Esta também deve ser uma bandeira de luta para juntar a tantas que já são para nós mulheres oficiais.

Viva o Março Lilás!!

Rosângela Ferreira Moura Lucena

Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da FETRAECE

sábado, 18 de fevereiro de 2012

FETRAECE perde mais um dirigente sindical

15/02/12



Morre João Freire
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Faleceu dia 14/02 o companheiro João Freire, diretor do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pentecoste.

Um dos fundadores do Sindicato de Pentecoste, João Freire sempre foi atuante no município. "Defesa do Trabalhador/a Rural era com ele mesmo", lembrou Francisco Solon Nunes de Sousa – Presidente do STTR de Pentecoste. "Uma perda muito grande para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Ele vai fazer muita falta". 

João Freire já foi Delegado de Base e atualmente era coordenador da Terceira Idade do Sindicato.

Segundo Solon, presidente do STTR de Pentecoste, João Freire partipava de todos os eventos do Movimento Sindical, inclusive das ações de massa, como Grito da Terra Brasil, Marcha das Margaridas, dentre outras. 

Ao longo de sua trajetória no Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR, sempre foi um guerreiro na luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

O Movimento Sindical está de luto por mais um grande companheiro que nos deixa. Porém o exemplo de vida e compromisso com a luta por uma vida mais justa e digna para o homem e a mulher do campo, continuam.

A FETRAECE, juntamente com todos os STTRs filiados presta as condolências à família do companheiro, ao mesmo tempo em que dá todo o apoio nesse difícil momento.
 
O STTR de Potengi se solidariza com a familia do companheiro João Freire.
 
Atenciosamente, a diretoria.

Diretores do STTR de Potengi planejam 2012

Luiz Rodrigues, expondo suas opniões






   Aconteceu neste sábado(18/02), reunião da diretoria do Sindicato dos Trabalhadors e Trabalhadoras Rurais(STTR) de Potengi, visando os planos futuros para o ano de 2012, buscando sempre melhorias para os trabalhadores e trabalhadoras rurais do município de Potengi, já se pensando tambem na eleição sindical, que acontece no mês de outubro do corrente ano.

Funceme prevê Carnaval com chuva no Ceará

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) lançou nesta sexta-feira (17)  a previsão do tempo para o Carnaval no Ceará. Segundo a instituição, deve ocorrer chuvas em todas as regiões do Estado, mas as precipitações mais significativas ficarão concentradas na faixa litorânea, nas regiões serranas (Ibiapaba e Maciço de Baturité), além do Cariri. Nas demais regiões, Sertão Central, Inhamuns e Jaguaribana, pode haver eventos isolados de chuva, sem maior intensidade.

Segundo a meteorologista Meiry Sakamoto, essas precipitações são provocadas pela recente aproximação da Zona de Convergência Intertropical, principal sistema causador de chuvas no Ceará. “Este fenômeno está quase sobre o Estado e já causa instabilidade na atmosfera, que já estava com bastante umidade. Foi um combinado de fatores que fez chover desde a quinta-feira (16) e deve permanecer. Porém, vale ressaltar que a previsão lançada hoje é mais precisa para o sábado e o domingo de Carnaval. Quem quiser saber a previsão para segunda e terça-feira deve acompanhar as previsões diárias, já que a Funceme terá plantão meteorológico durante o feriado”, disse.

Para seguir as previsões diárias do tempo em todas as regiões do Ceará e saber quanto choveu em cada município, basta acessar o site www.funceme.br ou ligar para o plantão meteorológico (entre 8 horas e 12 horas) no (85) 3101-1117.

Chuva em 142 municípios
Das 7 horas da manhã da quinta-feira (15) às 7 horas desta sexta-feira (17), a Funceme contabilizou chuvas em 142 municípios cearenses. O maior registro aconteceu em Beberibe, com 120 milímetros. Na Capital, a precipitação foi de 33,6mm. As regiões onde mais choveu foram Ibiapaba, Litoral de Fortaleza e Cariri.

17.02.2012

Assessoria de Comunicação da Funceme
Guto Castro Neto - (85) 3101.1102

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Chuvas no Ceará devem permanecer na média em 2012


 

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) divulgou, nesta sexta-feira (20), o prognóstico da quadra de chuvas no Ceará referentes aos meses de fevereiro, março, abril e maio de 2012. Segundo o órgão, há 40% de chances do volume das precipitações permanecerem na média histórica do Estado, nos próximos meses.
Já a probabilidade da quantidade de chuvas ser menor que a média é de 35% e de ser superior, 25%. As chuvas devem ser mais intensas na região Centro-Sul do Estado, entre os meses de janeiro e fevereiro. A partir do final do mês que vem, as precipitações devem ter o mesmo volume em todas as regiões do Ceará.