"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

quinta-feira, 24 de março de 2016

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Potengi Participa de reunião com Gerência do INSS na FETRAECE cariri

  O Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Potengi, participou de uma importante reunião com a Gerência executiva do INSS, na sede FETRAECE regional Cariri, na ocasião estiveram presentes os diretores José Niltom de Amorim, Ângela Santos e Miguel Alexandre, além de representantes de todos os Sindicatos da região.
  Na reunião foi discutido sobre o atendimento dos servidores para com os segurados especiais, tambem foram esclarecidas dúvidas sobre encaminhamentos de benefícios.
   As informações e esclarecimentos foram repassadas por Regnoberto gerente da executiva do INSS de Juazeiro do Norte e mais servidores de APSs da região.



CONTAG, Federações e Sindicatos presentes no dia 31 de março pela democracia e contra a corrupção

 
FOTO: Arte Fabrício Martins

No dia 31 de março de 2016, vamos para a rua contra a corrupção e a Reforma da Previdência, com a perda dos direitos sociais, defender a democracia, o Estado de direito e a retomada do crescimento econômico, com a geração de emprego, distribuição de renda no campo e na cidade 
 
A diretoria da CONTAG, seguindo as recomendações dos Encontros Regionais e da reunião dos presidentes, realizada nos dias 14 e15 do corrente mês, orienta a todas as Federações e Sindicatos que procurem articular, mobilizar suas bases para participarem ativamente do Ato Nacional pela Democracia e contra a Corrupção  que acontece no dia 31 nas capitais e nas principais cidades brasileiras.
 
Este Ato está sendo organizado pelas pela Frente Brasil Popular, composta por mais de 50 organizações e movimentos sociais, entre os quais estão a CONTAG, CUT e CTB. 
 
Pedimos às nossas Federações e Sindicatos que procurem informações junto às centrais sindicais e comitês da Frente Brasil Popular em seus estados.
 
FONTE: Direção da CONTAG

terça-feira, 22 de março de 2016

Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo discute situação de conflitos agrários em MT

 
FOTO: Wallace Dutra

A crítica situação de conflitos agrários existentes em várias regiões de Mato Grosso foi debatida durante reuniões da Comissão Nacional de Combate a Violência no Campo, que ocorreram terça (15.03) e quinta-feira (17.03) em Cuiabá.
O diretor de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso (FETAGRI-MT), Divino Martins de Andrade, participou da reunião e cobrou a intervenção dos órgãos competentes a suspensão de liminares que envolvem a ordem de reintegração de posse várias áreas no estado.
Uma das situações citadas pelo sindicalista é nas Fazendas Formosa, Guanandy, Pary e Morro Pontudo, situadas em Alto Paraguai, de propriedade de Furnas S.A, e que estão ocupadas por trabalhadores rurais sem terras.
Em Feliz Natal, região norte, a cobrança envolve a ordem de integração de posse da fazenda Baldemo.
Outra área em disputa é na fazenda Araçatuba, em Nova Ubiratã, que tem atualmente 150 famílias acampadas nas margens da fazenda. Conforme o secretário da FETAGRI-MT, já ficou comprovado pelo Programa Terra Legal que a área é de propriedade da união federal, entretanto, a Vara Especializada Agrária expediu mandato de despejo.
Já em Novo Mundo, cerca de 64 famílias foram despejadas da fazenda Araúna, localizada na Gleba Nhandu e estão tendo prejuízos. Eles haviam plantado mais de 50 mil pés de bananas, que já estavam produzindo, mas que agora estão sendo exploradas pelo ocupante da área. A plantação seria uma forma de sustento e busca de geração de renda para as famílias que ali estavam acampadas. Representantes do Terra Legal informaram que o processo já se encontra na Justiça Federal em Sinop, aguardando decisão do juiz.
Na quinta-feira, dia 17, foram discutidas as situações dos municípios de Nova Ubiratã (acampamento das famílias que almejam desapropriação da fazenda Centro da Mata), Nossa Senhora do Livramento (conflitos dos quilombolas de Mata Cavalo), União do Sul (conflito entre acampados e ocupantes da gleba Macaco), Santa Carmem (vistoria na fazenda Camararé I e II), Juara (famílias despejadas do Projeto de Assentamento Vale do Arinos).
Ao final da reunião, Divino enfatizou as autoridades presentes a injustiça que ocorre no Brasil, como destaque em Mato Grosso, quando se refere a questão da reforma agrária. “Muitos dizem serem defensores da reforma agrária, mas não é isso que estamos vendo atualmente. Nossos trabalhadores estão sofrendo cada vez mais debaixo de lonas e acampados em beiras de rodovias, sem nenhuma estrutura, enquanto grandes latifundiários exploram áreas da união, que poderiam beneficiar milhares de agricultores. E não estamos vendo uma resposta concreta do Poder Judiciário”, lamentou.
Estiveram presentes nas reuniões o Ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, diretor agrário do Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT), Diogo Marcelo Delben, Delegado Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso, Nelson Borges de Barros, representante do Programa Terra Legal, Dieter Metzner,superintendente do Incra em Mato Grosso, Giuseppe Serra Seca Vieira, ouvidor agrário regional, Marco Antônio Rocha e Silva, representante da Polícia Militar, Tenente Coronel Paulo Serbija, Delegado da Polícia Civil, Luciano Inácio da Silva, representante do Ministério Público Federal do Distrito Federal, Ivan Cláudio, representante da presidência do INCRA Nacional, Rogério Martins, representante do Ministério da Igualdade Racial, Alison Silveira Machado e o representante do comitê de acompanhamento de conflitos fundiários da Casa Militar de Mato Grosso, Eduardo Reis de Arruda.
FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAGRI-MT - Wallace Dutra

Lideranças e assessorias de todo o País reúnem-se no Encontro Nacional sobre Reforma Agrária e Crédito Fundiário

 
FOTO: Verônica Tozzi


Reforma Agrária quando? Já!! Foi com essa frase de ordem que foi iniciado o Encontro Nacional de Reforma Agrária e Crédito Fundiário na tarde deste domingo (20), com um grande grupo composto por dirigentes sindicais, assessorias, consultores do crédito fundiário e parceiros.
O encontro ocorrerá até o dia 23 de março, e pretende analisar a questão agrária no contexto político, econômico, social e ambiental; compreender os principais desafios e demandas na execução da política pública e na ação sindical; socializar e refletir sobre o acúmulo produzido nos Encontros Regionais e Estaduais de Reforma Agrária; socializar o Plano Operacional Anual 2016/2017 da Secretaria de Política Agrária; identificar as questões centrais para a pauta de negociação do Grito da Terra Brasil e da Marcha pela Reforma Agrária; e planejar a Marcha Nacional pela Reforma Agrária.
O início do encontro envolveu todos os(as) participantes em uma mística e trabalho em grupo que levou o grupo a refletir sobre a sua história e sobre a luta pela terra. Todos os grupos, seguiram em uma marcha simbólica pela reforma agrária em direção ao Auditório Margarida Maria Alves, onde apresentaram os seus painéis e anseios, e levantaram várias dificuldades e estímulos para fortalecer a luta pela reforma agrária.
Após a mística, foi feita a abertura política do encontro. O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier, destacou em sua fala o momento conjuntural vivido hoje no País, de muita dificuldade, de disputa pelo poder, com impactos no campo e, principalmente, na política de reforma agrária. “Quando acreditamos, quando colocamos o povo na rua, conseguimos mostrar a nossa força! Temos agora o grande desafio de realizarmos a Marcha pela Reforma Agrária, em maio deste ano.”
A abertura também contou com a presença do Francisco das Chagas, diretor do PNCF na SRA/MDA. Ele destacou a importância da política de crédito fundiário para o desenvolvimento rural. “É importante fortalecer esse coletivo, pois a Secretaria de Política Agrária é o coração do movimento sindical. A terra é a principal demanda dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, principalmente para os jovens e mulheres.”
A secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais, ressaltou a emoção vivenciada com a mística de abertura. “Fez lembrar de muitos que já tombaram nesta luta. Estamos vivendo um momento delicado na história do Brasil e do movimento sindical. São vários desafios apresentados para nós, principalmente vislumbrando o processo eleitoral em outubro. Estamos também nos preparando para as plenárias de mulheres, jovens e terceira idade, em preparação do 12º Congresso Nacional da CONTAG.”
Já a secretária Geral da CONTAG, Dorenice Flor da Cruz, destacou que, para a CONTAG, um dos maiores desafios é avançar na política de reforma agrária. “Esse trabalho das Secretarias de Agrária da CONTAG e das Federações não tem sido fácil. Reunir nesse momento para pensar em estratégias para avançar na reforma agrária não será um trabalho fácil. Vamos construir propostas para negociar com o governo e nesse cenário não sabemos ainda se conseguiremos avançar devido a conjuntura.”
A nova coordenadora da Regional Sudeste da CONTAG, Alaíde Bagetto Moraes, também participou da abertura e falou da sua expectativa com a realização deste encontro. “Esse tema é muito importante. Não conseguiremos alcançar o desenvolvimento rural, emancipar as mulheres e ter acesso rural sem o acesso a terra. É um desafio para quem está aqui, pois os trabalhadores e trabalhadoras estão esperando uma resposta nossa.”
PROGRAMAÇÃO
A programação segue até quarta-feira. Nesta segunda-feira (21), haverá pela manhã uma análise de conjuntura “A reforma agrária no contexto político, econômico, social e ambiental”, com o professor da Universidade de Brasília, Sérgio Sauer. Em seguida, está programado outro momento para refletir sobre a reforma agrária no Congresso Nacional e no Poder Judiciário, com o deputado federal João Daniel, que é o coordenador do Núcleo Agrário do PT, e com o procurador federal do Incra, Júnior Fidélis. No período da tarde, está previsto uma exposição sobre os desafios e perspectivas da execução da política de reforma agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário, com o secretário de Reordenamento Agrário do MDA, Adhemar Almeida, e com a presidente do Incra, Lúcia Falcón. Outro momento importante que ocorrerá na segunda-feira será uma roda de conversa sobre as lutas sociais pela reforma agrária, com a presença de representações de vários movimentos sociais do campo parceiros.
Para o dia 22 de março, terça-feira, haverá pela manhã um balanço das ações, perspectivas e desafios para o avanço do PNCF, bem como o detalhamento das ações sobre o processo de renegociação das dívidas dos beneficiários do programa. À tarde, ocorrerá uma exposição sobre o olhar da base sindical sobre as ações de reforma agrária e do PNCF e, em seguida, o planejamento para a Marcha pela Reforma Agrária.
Para o último dia (23), o planejamento da Marcha terá continuidade e, por fim, será feito um momento de avaliação e encerramento do encontro.
 FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi

8º CETRAF/FETAET implementa paridade de gênero e elege nova direção para o quadriênio 2016/2020

 
FOTO: Willian Clementino

A FETAET realizou entre os dias 15 e 18 de março de 2016, no Centro de Treinamento de Líderes da Cidade de Miracema do Tocantins, o 8º Congresso Estadual dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Tocantins “Manoel Santos”, como espaço de intensos debates, reorientação das lutas para os próximos períodos.
Nesse sentido, foi eleita a nova Diretoria da FETAET, que tomará posse dia 16 de abril de 2016, que terá como presidenta a jovem mulher Maria Guanamar Soares (Mazinha).
Vice-Presidente: Manoel Barbosa (Pimba)
Secretário-Geral e Comunicação: Luciano Fernandes
Secretária de Finanças e Administração: Iolanda Souza da Silva Borges
Secretário de Políticas Sociais: Gil Eanes
Secretária de Política Agrícola: Maria Ednalva Ribeiro
Secretário de Juventude: Jefferson Bezerra Borges
Secretária de Mulheres: Sirlene Gomes da Costa
Secretário de Formação e Organização Sindical: Antônio Batista de Sá
Secretária de Meio Ambiente: Mariane Xavier dos Santos
Secretário de Política Agrária: João Ramos
Secretária de Terceira Idade: Maria das Graças Costa Galvão
O 8º CETRAF implementa, de fato, a paridade de gênero em todas as instâncias da Diretoria e seguirá implementando em todas as suas instâncias de debates, formação e deliberação.
“Nesse sentido, saímos muito otimistas com a nova Direção, mais desafiados a seguir fortalecendo o MSTTR/TO e a unidade da classe trabalhadora. Essa será a segunda mulher presidenta da FETAET, sendo a Maria Guanamar a primeira eleita para o cargo. Em outro momento, a companheira Terezinha assumiu interinamente a Presidência”, destacou o presidente da FETAET, e vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG, Willian Clementino.
Viva o MSTTR/TO, viva a eleição da nova Diretoria eleita em chapa única: Unidade na Luta em Defesa das Famílias Agricultoras!
FONTE: Willian Clementino

Fetag-RS projeta vendas de R$ 600 mil na Expoagro Afubra



FOTO: FETAG-RS

Com a expectativa de comercializar R$ 600 mil no Pavilhão da Agricultura Familiar, 10% acima dos R$ 547 mil arrecadados em 2015, a Fetag e a Emater estão organizando e apoiando 150 empreendimentos na Expoagro Afubra, que foi aberta na manhã de hoje (21), e se estende até quarta, no Parque de Exposições da Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo. A cerimônia, que estava marcada para 9h, teve que ser adiada por cerca de 40 minutos, pois o helicóptero que traria o governador José Ivo Sartori a Rio Pardo não conseguiu decolar de Porto Alegre. Ele foi de carro. Último a falar na abertura, disse que é melhor acreditar e reconhecer a força da agricultura familiar graças a seu espírito de cooperação. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, participou da solenidade e falou à imprensa sobre a consolidação das agroindústrias na Expoagro, que participam há dez anos em 16 de exposição.
A Afubra completa hoje 61 anos de fundação e através de seu presidente, Benício Werner, fez uma homenagem especial aos seus colaboradores, através de 17 coordenadores que dão o suporte para que o trabalho da entidade não pare. No meio do pronunciamento de Benício, o coral da Afubra cantou Obrigado de coração, que Deus te abençoe e conduza pela mão. “Eles passam o ano inteiro se dedicando para que esses três dias de feira sejam os melhores para os visitantes. Saúde, força e união para todos, caso contrário não chegaremos a lugar algum”, justificou.
Representando a Câmara dos Deputados, Heitor Schuch lembrou os programas de sustentabilidade que a Afubra trabalha, entre eles o Verde Vida. Ao falar sobre seguro, destacou que ela está pagando R$ 128 milhões a associados do RS, SC e PR. Por outro lado, criticou o governo federal, que não pagou aos viticultores a contrapartida do subsídio de R$ 12 milhões de seguro. A senadora Ana Amélia aproveitou o gancho de Schuch para enfatizar a competência da Afubra, a qual ela considera uma grande força no País. “A Afubra consolidou um sistema integrado de parcerias, cujos resultados estão aqui”, completou.
DEZ STR'S
O coordenador da Regional Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, da Fetag, Renato Goerck, explica que dez Sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão representados na Expoagro Afubra com 150 expositores. “E só não estão em número maior devido a falta de espaço. Esperamos que em 2017 já esteja pronto o Pavilhão da Agricultura Familiar, uma demanda antiga da Fetag, dos STR's e da Afubra”, projeta.
Além disso, continua Goerck, é bom ver que as propriedades, através da agroindustrialização de seus produtos, conseguem agregar renda e com isso melhorar a qualidade de vida. O presidente do STR de Rio Pardo, Aldemir José Menezes Santos, o “Tio Zé”, lembra que acompanhou todas as edições da Expoagro Afubra e observa a importância do setor para a sociedade. “As famílias organizadas com o apoio do STR, da Fetag e da Emater, nos permite estar aqui com mais de 15 expositores, entre eles agroindústrias de leite, pães, artesanatos, flores e mudas. Estamos no caminho certo e vamos em frente”, completou Tio Zé.
O assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag, Jocimar Rabaioli, reforçou que a Fetag considera a Expoagro um evento estratégico, consolidado no cenário estadual, que propicia oportunidade de boas vendas para os expositores e, ainda, a possibilidade de abertura de novos negócios para ampliação de seus mercados.
Confira a programação da Expoagro Afubra no link:
http://www.afubra.com.br/programacao-expoagro.html
FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS

Manifesto dos Povos do Cerrado no Dia Mundial da Água

 

Já imaginou a vida sem água? Impossível, não é? Então se toda essa devastação continuar no Cerrado terá fim o bioma e as principais fontes de água do Brasil e da América do Sul.
São originárias do Cerrado as nascentes que abastecem seis das oito bacias hidrográficas brasileiras, destaque para as bacias do Araguaia/Tocantins, São Francisco e Paraná/Paraguai. Devido ás características do solo e vegetação do Cerrado, este bioma possui relevante importância na manutenção dos aquíferos, responsáveis por abastecer nossos rios.
 
A água que escorre pelos rios, córregos e veredas, alimenta culturas regionais e modos de vida baseados no extrativismo, na agricultura familiar e no artesanato, atividades que valorizam a exploração sustentável dos bens naturais. Os povos e comunidades tradicionais que vivem no Cerrado são valorosos Guardiões de toda esta riqueza, pois sabem que é dela que dependem suas famílias. Mas este rico e estratégico  bioma está sendo devastado, principalmente pelo agronegócio e seu discurso de desenvolvimento que na verdade, está na contramão das iniciativas de conservação do bioma e da vida.
 
Nas ultimas quatro décadas, esta incessante devastação do Cerrado se acentuou. Dados revelam que apenas 48% da vegetação original do bioma encontra-se total ou parcialmente conservada.  E para piorar, o desmatamento só tem aumentado nos últimos  dez anos, sendo a maior até mesmo que o da Amazônia. Essa destruição desenfreada tem gerado impacto graves á biodiversidade, extinguindo grandes e pequenos rios, contribuindo também par ao aumento do aquecimento global. E os impactos são sentidos no cotidiano: falta de água, chuvas fortes e contínuas que provocam enchentes e, em outro extremo, secas mais frequentes e severas.
 
Com a degradação desse bioma, as áreas de recarga perdem a capacidade de infiltração das águas das chuvas, o volume dos aquíferos. Tudo isso afetará, por sua vez, as nascentes. Contudo, além do problema enfrentado quanto à diminuição das águas, há também outra preocupação: a qualidade de nossas águas. O uso intensivo dos agrotóxicos usados nas plantações polui as águas, mata as árvores frutíferas e as plantas medicinais, além de ocasionar graves problemas para saúde humana.
 
Nesta lógica, para grupos econômicos e o Estado, o Cerrado é apenas um espaço a ser continuamente explorado por meio do agronegócio, de empresas multinacionais e da construção de grandes projetos de infraestrutura, como barragens, ferrovias, hidrovias, perímetros irrigados e outros, Prova disso é o recém criado Plano de Desenvolvimento  do MATOPIBA,  que abrange áreas territoriais do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, espaço considerado como última fronteira agrícola do país. 
 
A principal intenção do MATOPIBA é ampliar as áreas de monocultura nesses estados, desconsiderando a realidade de quem ali vice, aumentando os conflitos e trazendo sofrimento e angústias aos povos e comunidade que dependem desse território que, em muitos casos, não foram ainda regularizados.
 
Pesquisadores consideram o Cerrado em processo de extinção, por isso o MATOPIBA trará consequências irreversíveis à vida do bioma e dos seres humanos, impactando o Brasil e outros países da América do Sul.
 
Assim, a CONTAG e outros Movimentos Sociais do Campo (CPT, Cáritas, CIME, SPM, MMC, FETRAF, REDE CERRADO, CENTRAL DO CERRADO, APA-TO, ANQ, INESQ, ISPN, IBRACE, REDE DE MULHERES NEGRAS PARA SOBERANIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, MAB, ACTIONAID, RODA/BA, ACEFERCA/BA, EFABA/BA, AATR/BA, AGÊNCIA 10 ENVOLVIMENTO, STTR/SANTA DE MARIA DA VITÓRIA-BA, COLETIVO DE FUNDOS E FECHOS DE PASTOS DO OESTE DA BAHIA, COLETIVO DE APOIO E ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR DO OESTE DA BAHIA, ARTICULAÇÃO POPULAR SÃO FRANCISCO), convidam todos e todas, a apoiarem o Manifesto dos Povos do Cerrado no Dia Mundial da Água, celebrado na próxima terça-feira (22 de março).
 
O manifesto reivindica:

1. Reconhecimento do Cerrado como Patrimônio Nacional com a provação da Lei 504/2010;
 
2. A proteção do Cerrado está intrinsicamente ligada aos Territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais e à necessidade da reforma Agrária – por isso é importante que o Governo Federal garanta a demarcação dos Territórios Indígenas, regularização e titulação das terras dos Quilombos, Geraizeiras, Retireiros, Ribeirinhos, Pescadores, Vazanteiros e o assentamento dos Sem Terra;
 
3. Contra PEC 215 – que transfere ao Legislativo a responsabilidade pelas demarcações de Terras Indígenas, a titulação dos Territórios Quilombolas e a criação de Unidades de Conservação;
 
4. Cumprimento e fiscalização da Legislação Ambiental – e Protejo de Lei que proteja e conserve as áreas de recarga;
 
5. Somos contrários ao licenciamento de novos projetos de irrigação – em especial novos perímetros irrigados e grandes propriedades, que quase sempre utiliza pivôs centrais e lineares, que hoje estão atrelados à construção de grandes lagos artifícios, os “Piscinões”;
 
6. Queremos nossas águas livres de agrotóxicos – pelo fim  da pulverização aérea. Da isenção de impostos aos agrotóxicos, á criação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos;
 
7. Exigimos políticas públicas que evitem novos desmatamentos e que defendam o que ainda resta do Cerrado;
 
8. É de responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente o monitoramento das áreas de vegetação nativa e o desenvolvimento de programas de recuperação das áreas degradadas e das nascentes;
 
9. Somos contra o PDA MATOPIBA – é uma grande ameaça ao Cerrado, pois promoverá o aumento da grilagem de terras, expulsão dos camponeses(as) de suas terras e territórios , aumentando  a degradação ambiental;
 
10. Que o direito dos Povos e Comunidades Tradicionais de serem consultados de empreendimentos que afetem seus modos de vida, garantindo pela Convenção 169 da OIT ratificada pelo Brasil seja cumprido.     
 
FONTE: Manifesto dos Povos do Cerrado no Dia Mundial da Água

Agricultura familiar e uso da água: um debate ainda por fazer!


 
FOTO: Arte Fabrício Martins, com fotos Barack Fernandes e Fabrício Martins

O debate do Código Florestal ressaltou as polêmicas estabelecidas entre a produção agrícola e uso dos recursos naturais. De um lado, a frequente necessidade da racionalização do uso da natureza, do outro, o antagonismo com a necessidade da produção e geração de excedentes econômicos, afinal todos querem ganhar dinheiro. Resultado: a legislação atrapalha e privatiza os custos de proteção e conservação ambiental.
 
No Século XX a população cresceu em fator de 3 vezes (cerca de 7,5 bilhões), o crescimento de uso de água foi multiplicado por 7. Aproximadamente 80% do suprimento adicional de alimento necessário para atender a demanda crescente terá que ser produzido em terras irrigadas. Isto representa um acréscimo de 12% de consumo de água na agricultura. No caso brasileiro a captação anual de águas foi de 13.867 m³ água por hectare por ano, para atender os 6,05 milhões de hectares irrigados, de acordo com dados da Agência Nacional de Água de 2013.
 
A Política Nacional de Recursos Hídricos foi instituída em 1997 (Lei 9.433/97) aproveitando as experiências que havia nos estados, ao criar uma série de mecanismo para a administração e uso da água, especialmente, os Comitês de Bacias e Planos de Bacias, sendo que os debates devem ser realizados nos respectivos locais com a participação da comunidade, inclusive, quanto aos critérios de cobrança pelo uso da água.
 
Como exemplo, o Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS) em 1994, que cobra pelo uso da água desde março de 2003. Estão sujeitos à cobrança os usos de água localizados em rios de domínio da União da bacia, Estes usos foram objeto de processo de regularização de forma autodeclaratória. Os usuários que não se cadastraram neste processo estão ilegais e sujeitos às penalidades previstas em lei.
 
Outro aspecto é a disponibilidade do tratamento de esgoto no Brasil, 48,6% da população têm acesso à coleta de esgoto, entretanto, mais de 100 milhões de brasileiros não tem acesso a este serviço. Mais de 3,5 milhões de brasileiros, nas 100 maiores cidades do país, despejam esgoto irregularmente, mesmo tendo redes coletoras disponíveis cobre apenas 40%dos esgotos do país são tratados. É expressivo o impacto desta deficiência na oferta e qualidade da água.
 
Mais do que discutir o acesso à água, é instituir políticas de uso racional e formas de como valorizar a produção e conservação deste recurso nas áreas rurais. A legislação ambiental foca em demasia o uso na agricultura por ser expressivo o uso. Contudo, pouco tem sido realizado a fim de deslocar investimentos para obras de infraestrutura, mudanças nos sistemas de produção agropecuários, políticas de pagamento por serviços e educação ambiental que poderiam contribuir imensamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa com repercussão futura no processo de mudanças climáticas.  
 
Os problemas ambientais, via de regra, são discutidos pontualmente, pois, ainda não são vistos como um problema social. Dessa forma, acreditamos que este será o próximo grande debate, devemos refletir urgentemente quais os caminhos que seguiremos.
 
"A reflexão, é: como iremos usar os recursos naturais do nosso planeta para que a gente consiga obter ainda mais condições para nossos filhos(as) e netos(as). Esperamos que no Dia Mundial da Água, assim como todos os dias do ano, possamos seguir sensibilizando os Governantes quanto a preservação da água e da vida humana no nosso planeta", destaca o secretário de Meio Ambiente da CONTAG, Antoninho Rovaris.   
 
FONTE: Secretaria de Meio Ambiente - CONTAG

Encontro Nacional sobre Reforma Agrária e Crédito Fundiário ocorre em Brasília




Reforma Agrária quando? Já!! Foi com essa frase de ordem que foi iniciado o Encontro Nacional de Reforma Agrária e Crédito Fundiário na tarde deste domingo (20), com um grande grupo composto por dirigentes sindicais, assessorias, consultores do crédito fundiário e parceiros.
 
O encontro ocorrerá até o dia 23 de março, e pretende analisar a questão agrária no contexto político, econômico, social e ambiental; compreender os principais desafios e demandas na execução da política pública e na ação sindical; socializar e refletir sobre o acúmulo produzido nos Encontros Regionais e Estaduais de Reforma Agrária; socializar o Plano Operacional Anual 2016/2017 da Secretaria de Política Agrária; identificar as questões centrais para a pauta de negociação do Grito da Terra Brasil e da Marcha pela Reforma Agrária; e planejar a Marcha Nacional pela Reforma Agrária.
 
O início do encontro envolveu todos os(as) participantes em uma mística e trabalho em grupo que levou o grupo a refletir sobre a sua história e sobre a luta pela terra. Todos os grupos, seguiram em uma marcha simbólica pela reforma agrária em direção ao Auditório Margarida Maria Alves, onde apresentaram os seus painéis e anseios, e levantaram várias dificuldades e estímulos para fortalecer a luta pela reforma agrária.
 
Após a mística, foi feita a abertura política do encontro. O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier, destacou em sua fala o momento conjuntural vivido hoje no País, de muita dificuldade, de disputa pelo poder, com impactos no campo e, principalmente, na política de reforma agrária. “Quando acreditamos, quando colocamos o povo na rua, conseguimos mostrar a nossa força! Temos agora o grande desafio de realizarmos a Marcha pela Reforma Agrária, em maio deste ano.”
 
A abertura também contou com a presença do Francisco das Chagas, diretor do PNCF na SRA/MDA. Ele destacou a importância da política de crédito fundiário para o desenvolvimento rural. “É importante fortalecer esse coletivo, pois a Secretaria de Política Agrária é o coração do movimento sindical. A terra é a principal demanda dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, principalmente para os jovens e mulheres.”
 
A secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais, ressaltou a emoção vivenciada com a mística de abertura. “Fez lembrar de muitos que já tombaram nesta luta. Estamos vivendo um momento delicado na história do Brasil e do movimento sindical. São vários desafios apresentados para nós, principalmente vislumbrando o processo eleitoral em outubro. Estamos também nos preparando para as plenárias de mulheres, jovens e terceira idade, em preparação do 12º Congresso Nacional da CONTAG.”
 
Já a secretária Geral da CONTAG, Dorenice Flor da Cruz, destacou que, para a CONTAG, um dos maiores desafios é avançar na política de reforma agrária. “Esse trabalho das Secretarias de Agrária da CONTAG e das Federações não tem sido fácil. Reunir nesse momento para pensar em estratégias para avançar na reforma agrária não será um trabalho fácil. Vamos construir propostas para negociar com o governo e nesse cenário não sabemos ainda se conseguiremos avançar devido a conjuntura.”
 
A nova coordenadora da Regional Sudeste da CONTAG, Alaíde Bagetto Moraes, também participou da abertura e falou da sua expectativa com a realização deste encontro. “Esse tema é muito importante. Não conseguiremos alcançar o desenvolvimento rural, emancipar as mulheres e ter acesso rural sem o acesso a terra. É um desafio para quem está aqui, pois os trabalhadores e trabalhadoras estão esperando uma resposta nossa.”
 
PROGRAMAÇÃO
 
A programação segue até quarta-feira. Nesta segunda-feira (21), haverá pela manhã uma análise de conjuntura “A reforma agrária no contexto político, econômico, social e ambiental”, com o professor da Universidade de Brasília, Sérgio Sauer. Em seguida, está programado outro momento para refletir sobre a reforma agrária no Congresso Nacional e no Poder Judiciário, com o deputado federal João Daniel, que é o coordenador do Núcleo Agrário do PT, e com o procurador federal do Incra, Júnior Fidélis. No período da tarde, está previsto uma exposição sobre os desafios e perspectivas da execução da política de reforma agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário, com o secretário de Reordenamento Agrário do MDA, Adhemar Almeida, e com a presidente do Incra, Lúcia Falcón. Outro momento importante que ocorrerá na segunda-feira será uma roda de conversa sobre as lutas sociais pela reforma agrária, com a presença de representações de vários movimentos sociais do campo parceiros.
 
Para o dia 22 de março, terça-feira, haverá pela manhã um balanço das ações, perspectivas e desafios para o avanço do PNCF, bem como o detalhamento das ações sobre o processo de renegociação das dívidas dos beneficiários do programa. À tarde, ocorrerá uma exposição sobre o olhar da base sindical sobre as ações de reforma agrária e do PNCF e, em seguida, o planejamento para a Marcha pela Reforma Agrária.
 
Para o último dia (23), o planejamento da Marcha terá continuidade e, por fim, será feito um momento de avaliação e encerramento do encontro.
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi
 
 
Obs.: A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) é representada no encontro pelo secretrário de Política Agrária e Meio Ambiente, José Ferreira de Matos, dois assessores da Federação e dois representantes dos sindicatos (um de Caucaia e outro de Quixeramobim).
Reforma Agrária quando? Já!! Foi com essa frase de ordem que foi iniciado o Encontro Nacional de Reforma Agrária e Crédito Fundiário na tarde deste domingo (20), com um grande grupo composto por dirigentes sindicais, assessorias, consultores do crédito fundiário e parceiros.
 
O encontro ocorrerá até o dia 23 de março, e pretende analisar a questão agrária no contexto político, econômico, social e ambiental; compreender os principais desafios e demandas na execução da política pública e na ação sindical; socializar e refletir sobre o acúmulo produzido nos Encontros Regionais e Estaduais de Reforma Agrária; socializar o Plano Operacional Anual 2016/2017 da Secretaria de Política Agrária; identificar as questões centrais para a pauta de negociação do Grito da Terra Brasil e da Marcha pela Reforma Agrária; e planejar a Marcha Nacional pela Reforma Agrária.
 
O início do encontro envolveu todos os(as) participantes em uma mística e trabalho em grupo que levou o grupo a refletir sobre a sua história e sobre a luta pela terra. Todos os grupos, seguiram em uma marcha simbólica pela reforma agrária em direção ao Auditório Margarida Maria Alves, onde apresentaram os seus painéis e anseios, e levantaram várias dificuldades e estímulos para fortalecer a luta pela reforma agrária.
 
Após a mística, foi feita a abertura política do encontro. O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier, destacou em sua fala o momento conjuntural vivido hoje no País, de muita dificuldade, de disputa pelo poder, com impactos no campo e, principalmente, na política de reforma agrária. “Quando acreditamos, quando colocamos o povo na rua, conseguimos mostrar a nossa força! Temos agora o grande desafio de realizarmos a Marcha pela Reforma Agrária, em maio deste ano.”
 
A abertura também contou com a presença do Francisco das Chagas, diretor do PNCF na SRA/MDA. Ele destacou a importância da política de crédito fundiário para o desenvolvimento rural. “É importante fortalecer esse coletivo, pois a Secretaria de Política Agrária é o coração do movimento sindical. A terra é a principal demanda dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, principalmente para os jovens e mulheres.”
 
A secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais, ressaltou a emoção vivenciada com a mística de abertura. “Fez lembrar de muitos que já tombaram nesta luta. Estamos vivendo um momento delicado na história do Brasil e do movimento sindical. São vários desafios apresentados para nós, principalmente vislumbrando o processo eleitoral em outubro. Estamos também nos preparando para as plenárias de mulheres, jovens e terceira idade, em preparação do 12º Congresso Nacional da CONTAG.”
 
Já a secretária Geral da CONTAG, Dorenice Flor da Cruz, destacou que, para a CONTAG, um dos maiores desafios é avançar na política de reforma agrária. “Esse trabalho das Secretarias de Agrária da CONTAG e das Federações não tem sido fácil. Reunir nesse momento para pensar em estratégias para avançar na reforma agrária não será um trabalho fácil. Vamos construir propostas para negociar com o governo e nesse cenário não sabemos ainda se conseguiremos avançar devido a conjuntura.”
 
A nova coordenadora da Regional Sudeste da CONTAG, Alaíde Bagetto Moraes, também participou da abertura e falou da sua expectativa com a realização deste encontro. “Esse tema é muito importante. Não conseguiremos alcançar o desenvolvimento rural, emancipar as mulheres e ter acesso rural sem o acesso a terra. É um desafio para quem está aqui, pois os trabalhadores e trabalhadoras estão esperando uma resposta nossa.”
 
PROGRAMAÇÃO
 
A programação segue até quarta-feira. Nesta segunda-feira (21), haverá pela manhã uma análise de conjuntura “A reforma agrária no contexto político, econômico, social e ambiental”, com o professor da Universidade de Brasília, Sérgio Sauer. Em seguida, está programado outro momento para refletir sobre a reforma agrária no Congresso Nacional e no Poder Judiciário, com o deputado federal João Daniel, que é o coordenador do Núcleo Agrário do PT, e com o procurador federal do Incra, Júnior Fidélis. No período da tarde, está previsto uma exposição sobre os desafios e perspectivas da execução da política de reforma agrária e do Programa Nacional de Crédito Fundiário, com o secretário de Reordenamento Agrário do MDA, Adhemar Almeida, e com a presidente do Incra, Lúcia Falcón. Outro momento importante que ocorrerá na segunda-feira será uma roda de conversa sobre as lutas sociais pela reforma agrária, com a presença de representações de vários movimentos sociais do campo parceiros.
 
Para o dia 22 de março, terça-feira, haverá pela manhã um balanço das ações, perspectivas e desafios para o avanço do PNCF, bem como o detalhamento das ações sobre o processo de renegociação das dívidas dos beneficiários do programa. À tarde, ocorrerá uma exposição sobre o olhar da base sindical sobre as ações de reforma agrária e do PNCF e, em seguida, o planejamento para a Marcha pela Reforma Agrária.
 
Para o último dia (23), o planejamento da Marcha terá continuidade e, por fim, será feito um momento de avaliação e encerramento do encontro.
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi
 
 
Obs.: A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) é representada no encontro pelo secretrário de Política Agrária e Meio Ambiente, José Ferreira de Matos, dois assessores da Federação e dois representantes dos sindicatos (um de Caucaia e outro de Quixeramobim).

Presidente da Fetraece defende ampliação de proposta que renegocia dívidas rurais



O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Ribeiro de Lima, defendeu na manhã desta sexta (18), na Assembleia Legislativa, a ampliação dos efeitos da Medida Provisória 707/2015 que renegocia o pagamento das dívidas dos produtores rurais. O assunto foi discutido no Plenário 13 de Maio do Parlamento Estadual pela Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a MP, com a participação de senadores, deputados federais, instituições financeiras, movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais, entre eles o ex-presidente da Fetraece e deputado estadual Moisés Braz (PT).

Segundo Luiz Carlos, a MP abriu um momento estratégico importante de discussão entre os atores envolvidos, no caso governo e produtores rurais. Por outro lado, o presidente ressaltou que as medidas que renegociam dívidas rurais acabam sendo ineficazes para o conjunto dos produtores e trabalhadores, tendo em vista que se restringem a momentos distintos de tomada de créditos.

"Não somos nem nunca fomos a favor de isenção nem perdão de dívidas, porque isso pode trazer vícios futuros. Mas, considerando a situação atual, precisamos fazer uma ampla discussão para que haja bônus e rebate significativo, talvez de 80% a 90%, considerando os valores de cada dívida acumulada, para que os agricultores familiares consigam honrar seus compromissos", sugeriu. O presidente da Fetraece destacou a necessidade de se levar em consideração cinco anos seguidos de seca e as perdas registradas. "Entre 2011 e 2013, o rebanho de bovinos caiu de 3 para 2 milhões de cabeças, e a perda média na produção foi de 50%. Por isso é preciso um período mais amplo que considere todas as dívidas numa lei só, sob pena de se comprometer a renda do campo", acrescentou.

Luiz Carlos lembrou ainda que as últimas leis editadas sofreram problemas de operacionalização por parte das instituições financeiras. "É preciso uma lei que de fato contemple os anseios dos movimentos sociais, da agricultura familiar, maiores produtores, MST e demais movimentos sociais, cada um com suas realidades específicas. Nós, trabalhadores sempre tivemos o histórico de honrar com nossos compromissos", concluiu.

Estiveram presentes os senadores Fernando Bezerra (PSB-PE), José Pimentel (PT-CE), os deputados federais Chico Lopes (PCdoB), José Airton (PT-CE), Raimundo Gomes (PSDB-CE), o presidente da ALEC, Zezinho Albuquerque (PDT), o deputado estadual Moisés Braz (PT) e o deputado estadual Elmano Freitas (PT), o presidente da Fetraece, Luiz Carlos Ribeiro, o da Faec, Flávio Sabóia, entidades e movimentos como o MST e sindicatos de trabalhadores rurais.


Texto - Jornalista Marcel Bezerra
Foto: Naélio Santos

quinta-feira, 17 de março de 2016

Fetraece presente no Seminário Nacional sobre a Seguridade e a Previdência Social Rural



A secretária de Políticas Sociais da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Cicera Vieira, participou nesta terça-feira (15), em Brasília-DF, do Seminário Nacional sobre a Seguridade e a Previdência Social Rural. Durante o evento foi lançada a Frente Parlamentar da Previdência Social Rural.
 
O Seminário foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e teve como objetivo promover e ampliar o debate sobre a Previdência Social Rural e os impactos dessa política pública no contexto socioeconômico das famílias do campo.
 
Para o conjunto do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) a Política da Previdência Social não pode ser analisada apenas sob viés cujo recorte enfoca as despesas com os benefícios rurais e as receitas provenientes das contribuições previdenciárias dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
 
A Previdência Social Rural também precisa ser analisada pela importância que tem como política eficaz de distribuição de renda e que fomenta o desenvolvimento no campo brasileiro. Vale destacar que os benefícios previdenciários pagos mensalmente aos trabalhadores/as movimentam a economia de milhares de municípios. Em mais de 70% dos municípios, o volume de recursos provenientes da Previdência Social é superior ao que recebem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). 
 
Coletivo de Políticas Sociais
 
Na segunda-feira (14), o presidente da Fetraece, Luiz Carlos Ribeiro Lima, e Cicera Vieira, participaram do Coletivo Nacional de Políticas Sociais, na sede da Contag em Brasília. O encontro teve como pauta principal análise de conjuntura e debate sobre a atuação de defesa dos direitos previdenciários dos trabalhadores/as rurais.   
 
 
Assessoria de Comunicação da Fetraece com informações da Contag (clique aqui para ler matéria completa da Contag sobre o Seminário

Preencha o Cadastro Ambiental Rural: o CAR, até o dia 5 de maio de 2016


Olá!
 
Agricultor (a) familiar, assentado do Crédito Fundiário! 
 
 
Já sabe que nós temos um novo código florestal brasileiro? 
 
Este código traz novas regras que temos que seguir até para fazermos a regularização ambiental e termos  acesso aos benefícios que conquistamos ao longo destes anos, como o Pronaf. 
 
Entre essas regras está a obrigatoriedade de preencher o Cadastro Ambiental Rural: o CAR, até o dia 5 de maio de 2016.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), nossas Federações e Sindicatos, vêm trabalhando ativamente para facilitar a vida dos agricultores e agricultoras.
 Você tem algumas facilidades diante da lei conquistada pelo conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras rurais para agricultura familiar e assentados do crédito fundiário.
 
 Mas reforçamos! É preciso preencher o cadastro!
 
Então vamos lá... Procure o seu Sindicato dos Trabalhadores Rurais e receba a orientação necessário para fazer o CAR. 
 
Vamos mostrar o comprometimento dos agricultores e agricultoras com o meio ambiente. 
 
Apoio:
 
Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal
 
E Serviço Florestal Brasileiro
 
 

Parabéns margaridas! 8 de Março – Dia Internacional da Mulher


 
Neste 8 de março queremos em nome da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) parabenizar todas as Mulheres do Brasil em especial as Mulheres Trabalhadoras Rurais que em sua essência traz a força e a coragem de enfrentar o cotidiano da Agricultura Familiar com leveza e esperança. Queremos desejar a todas farturas de amor, de sorrisos, de oportunidades. Desejamos colheitas de igualdade, autonomia e liberdade. Que seus dias sejam campos verdes e floridos, perfumando suas vidas no exalar das fragrâncias que não se compra em mercados: Paz, Alegrias e Prosperidade.
Neste Março Lilás 2016 reafirmamos a luta das mulheres trabalhadoras rurais cearenses na transformação social, buscando romper as barreiras imposta pelo patriarcado e o capitalismo que se sustenta num falso conservadorismo e desenvolvimento que oprime e destrói a vida humana.
As Mulheres se atrevem a continuar ousando amar, lutar e sonhar com uma sociedade mais justa e igualitária, onde as pessoas em suas múltiplas diversidades possam conviver em harmonia, sendo o bem comum à essência do viver, seja no campo ou na cidade.
Continuaremos nessa luta para que não haja perca de direitos e como disse Caetano Veloso onde cada uma possa sentir e refletir sobre a dor e a delícia de ser o que é.
Durante todo mês de março os coletivos de Mulheres do Movimento Sindical de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares estarão realizando atividades com objetivo de fortalecer a luta das mulheres com a formação e reflexão do contexto sindical, social e político.
O Março Lilás é um momento oportuno para organizar, refletir, celebrar e reafirmar a luta por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Autonomia, Igualdade e Liberdade.

Clique aqui para conferir agenda do Março Lilás 2016

 
Secretaria de Mulheres da Fetraece

Território da Cidadania do Cariri retoma suas atividades


Forum TCC
Foto | Bruna Lima
Foi realizado na manhã desta terça-feira (15), na cidade do Crato, no Ceará, o Fórum do Território da Cidadania do Cariri, que reuniu cerca de 40 pessoas, de vários municípios do Cariri cearense, na maioria representantes de organizações da sociedade civil.
O evento foi uma iniciativa do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET) Cariri, vinculado ao Observatório de Políticas Públicas para Territórios (OPPTE) da Universidade Federal do Cariri (UFCa). O principal objetivo do encontro foi apontar caminhos para a retomada das atividades da estratégia Território da Cidadania no Cariri.
 A programação contou com uma breve apresentação sobre o NEDET, seguida da divulgação de alguns cursos que estão ofertados pela EMBRAPA e pelo próprio OPPTE. A última parte da agenda foi dedicada ao diálogo sobre a retomada das atividades do colegiado do Território da Cidadania do Cariri, a partir da socialização de um plano de ações, elaborado pelo núcleo dirigente do Território no início de 2014.
Segundo avalia Joelmir Pinho, à época responsável pela assessoria na elaboração do plano e atualmente assessor territorial de gestão social do NEDET Cariri “o plano acabou sendo abandonado com a desmobilização do colegiado e do próprio núcleo dirigente, mas segundo vimos nos diálogos ocorridos no Fórum, ele continua atual e necessário”.
Entre os encaminhamentos do Fórum estão a convocação de uma plenária do colegiado do Território para o dia 27 de abril e o compromisso da equipe do NEDET de enviar a memória do evento para todos os participantes do mesmo. A convocação da plenária deverá ser feita pelo núcleo dirigente do Território da Cidadania do Cariri, com a colaboração direta da equipe do NEDET e da Coordenadoria de Desenvolvimento Territorial e Combate à Fome (CODET), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Ceará, que também participou do evento.
Além disso, ficou indicado que na elaboração de seu planejamento interno o NEDET Cariri deverá considerar e, à medida do possível incorporar à sua agenda de trabalho, as ações indicadas no plano de ações apresentados durante o Fórum.

sexta-feira, 11 de março de 2016

GES em Campos sales, sindicato rural de Potengi participa

  Ontem dia 10 de Março, aconteceu em Campos sales, no sitio Inharé, uma atividade sindical com representantes daquela comunidade e tambem do sítio tigres, atividade do GES( Grupo de Estudo Sindical), que faz parte da ENFOC( Escola Nacional de Formação da Contag), na ocasião participaram as Ciceras do Sindicato rural de Campos sales e o Secretário de finanças Zé Ricaldino.
  Tambem esteve presente o secretário geral do Sindicato rural de Potengi, Miguel Alexandre Barbosa.



Wilson Hermuth Gottens, ex-presidente da FETAEG

 

A CONTAG comunica com pesar o falecimento do ex-presidente da FETAEG, Wilson Hermuth Gottens, ocorrido na manhã de quarta-feira, 09 de março.
 
Wilson Hermuth Gottens, era assentado da Reforma Agrária do segundo Projeto de Assentamento criado no Goiás, localizado em Rio Paraíso, Jataí-GO.
 
Na sua história de militância em prol dos trabalhadores e trabalhadoras rurais foi presidente do STTR de Jataí-GO, secretário de Política Agrícola, secretário de Finanças e Administração,  e também presidente da FETAEG por dois mandatos. O ultimo exercido até 2008. 
 
Atualmente era presidente da Central de Cooperativas da Agricultura Familiar do Goiás (CECAF).
 
Wilson, deixa sua marca na história do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), como um companheiro dinâmico, otimista e acima de tudo, um lutador.
 
Natural do Rio Grande do Sul, Wilson Hermuth Gottens, deixa esposa, 5 filhos(as), netos(as), amigos(as) e companheiros(as) de militância,  enlutados(as) com sua partida.   
 
Velório
 
O velório acontece hoje (09), na sala de velório da FENIX, localizada na rua São Domingos, n° 203, setor Gentil Meirelles, em Goiânia-GO.
 
                                                                Direção da CONTAG
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

CONTAG presente no lançamento da Frente Parlamentar Mista em defesa dos Direitos Humanos das Mulheres



Representantes da CONTAG e de outros Movimentos Sociais, estiveram presentes na tarde dessa terça-feira (08 de março), em Brasília-DF, no lançamento da Frente Parlamentar Mista em defesa dos Direitos Humanos das Mulheres. Na mesa estavam em pauta vários pontos de reivindicação, como: a retirada da “incorporação da perspectiva de gênero” da atribuição da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; participação política das mulheres; empoderamento das mulheres na luta contra a violência; acesso a educação; entre outros.
 
 
 
 Requerida por Ana Perugini, deputada do PT-SP, a Frente Parlamentar é uma forma de combater os riscos de retrocessos em conquistas recentes dos direitos das mulheres. 
 
“Como exemplo de propostas em tramitação no Congresso que ameaçam os avanços femininos, cito as que modificam regras do registro civil, as que tratam de questões relacionadas a estupro e até as que tentam regulamentar a terceirização no mercado de trabalho que violam o pacto social em curso desde a Constituição de 1988”, destacou Ana Perugini, durante o Ato.
 
 
A Frente também tem como objetivo garantir o aumento da representatividade da mulher na política e maior vínculo de deputados e senadores com movimentos sociais.
 
 
  
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
 
Vale destacar, que além da participação da CONTAG, no lançamento da Frente Parlamentar Mista em defesa dos Direitos Humanos das Mulheres, em Brasília-DF, companheiras que fazem o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), também realizaram durante toda terça-feira (8 de março), vários Atos por todo o Brasil em alusão ao DIA INTERNACIONAL DA MULHER. 
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

CONTAG participa de Sessão Solene do dia Internacional da Mulher no Senado Federal


Representante da militante nas áreas de raça e gênero e ex-ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Brasil (de 2011 a 2014), Luiza Helena de Bairros, recebe diploma Bertha Lutz

FOTO: Geraldo Magela /Agência Senado

O Senado Federal promoveu ontem (8) sessão solene como parte das homenagens pelo Dia Internacional da Mulher, quando foram entregues diplomas Bertha Lutz para cinco pessoas comprometidas e historicamente reconhecidas pela luta em defesa dos direitos das mulheres: a ex-ministra do STF Ellen Gracie Northfleet, líder feminista Lúcia Regina Antony, ativista no combate ao racismo Luiza Helena Bairros, a escritora Lya Luft, e o ministro Marco Aurélio de Mello, o primeiro homem a receber o diploma.
 
A Secretaria de Mulheres da CONTAG - que já foi contemplada com o diploma Bertha Lutz em 2011 - participou da solenidade, por se tratar de um momento de reconhecimento do Senado Federal aos destaques na defesa dos direitos da mulher e das questões de igualdade de gênero.
 
Bertha Lutz participou ativamente da luta pelo direito ao voto pelas mulheres no Brasil, e também pela participação feminina nas diversas instâncias de decisão de nosso país. Homenageá-la tem o sentido de incentivar as mulheres para ocuparem os espaços de poder na política, na academia, no mercado de trabalho e onde elas quiserem.
 
É interessante lembrar que, na contramão da atitude do Senado de reconhecer e homenagear o fundamental papel das mulheres na sociedade, tramitam no Congresso Nacional projetos de lei que representam retrocesso na luta pelos direitos das mulheres. 
 
O mais recente ataque à luta das mulheres se deu na Câmara dos Deputados que, em votação do texto base da MP 696/15, retirou “incorporação da perspectiva de gênero” da atribuição da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, o que representa para nós negar a necessidade de considerar a desigualdade de gênero, entre homens e mulheres, como consequência do modelo patriarcal da sociedade, perspectiva fundamental para orientar a construção de políticas públicas de combate e prevenção a toda forma de opressão e violência que contribuam para uma sociedade mais igualitária.  
 
Foto: Geraldo Magela
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

CONTAG repudia ação violenta que resultou na morte de dois trabalhadores rurais em Roraima

 

A violência e a impunidade se repetem no campo brasileiro: na manhã de hoje (9) dois trabalhadores rurais foram assassinados em uma ação violenta da Polícia Militar de Boa Vista (RR) na área onde estão acampadas 720 famílias de trabalhadoras e trabalhadores rurais, na Gleba Cauamé, nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre, em Roraima. Além das duas mortes, duas pessoas estão desaparecidas e quatro foram presas.
 
A CONTAG repudia a ação violenta e injustificada da polícia de Roraima. Essa tragédia já era previsível, uma vez que a CONTAG já havia denunciado as ameaças, assim como também solicitado providências junto ao INCRA, Ouvidoria Agrária Nacional, ao Programa Terra Legal e às autoridades locais. 
 
Há cerca de duas semanas foi realizado um acordo entre o INCRA, o Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a CONTAG e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Roraima (FETAG-RR) para que os acampados e acampadas permanecessem em segurança na área, desde que não organizassem nenhum tipo de divisão da terra enquanto aguardam a decisão sobre a destinação do imóvel em questão. Os(as) acampados(as) foram surpreendidos(as) com a ação da polícia, que quebraram, assim, o acordo.
 
De acordo com a presidente da FETAG-RR, Maria Alves, há pistoleiros fazendo ameaças aos acampados (as) diariamente. A dirigente relatou ainda que, na última sexta-feira (4 de março), a Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional da Prefeitura de Boa Vista e a Guarda Civil Municipal de Boa Vista, em grande aparato, encapuzados e armados, destruíram com extrema violência e fortes ameaças aos trabalhadores, juntamente com seus móveis e pertences, e não lhes deram sequer a oportunidade de retirá-los.
 
Para agravar ainda mais o terror, ameaçaram tirar as crianças de seus pais para entregá-las ao Conselho Tutelar, deixando-as apavoradas, além de demonstrar total desrespeito às mulheres, idosos e enfermos. 
 
A terra que está sendo reivindicada há anos pelas 720 famílias trata-se de uma área  pública federal, terras da União , que no passado já foi destinada para reforma agrária, mas, devido a irregularidades envolvendo políticos do estado e até mesmo funcionárias (os) do INCRA e imobiliárias, segue sem cumprir o seu real papel, que é o de garantir o assentamento definitivo dos  trabalhadoras e trabalhadores rurais para que possam viver com dignidade, ou seja, dando o real cumprimento da função social da terra. 
 
“Diante do agravamento do clima de tensão na região, reivindicamos com urgência a regularização fundiária da área visando o assentamento definitivo das famílias, única forma de solucionar os conflitos e trazer a paz na região”, afirma Maria Alves.
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto

Atenção inscritos no vestibular Pronera - Direito da Terra: A entrega de documentação pode ser feita, inclusive por Sedex, até dia 11 de março

 
FOTO: Douglas Mansur/Arquivo INCRA

Foi prorrogada a data de entrega dos documentos necessários para a inscrição no vestibular para o curso de Direito da Terra na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
 
Não basta apenas ter feito a inscrição pela internet. Para que as inscrições sejam válidas e o(a) candidato(a) possa fazer a prova, ele(a) deve entregar toda a documentação original ou autenticada na secretaria do Instituto de Estudos em Direito e Sociedade da Unifesspa até o dia 11 de março. A entrega pode ser feita também por meio de Sedex, via Correios. Aqueles que não entregarem terão sua inscrição indeferida e não poderão fazer a prova. Por isso é importante ficar atento aos prazos.
 
A formação é oferecida - por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) - a jovens e adultos de assentamentos criados ou reconhecidas pelo Incra e do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
 
Documentos necessários
 
No caso dos assentamentos do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) ou em projetos de assentamentos realizados por outros órgãos, reconhecidos pelo Incra, serão beneficiários os titulares da parcela e seus dependentes. Os titulares devem apresentar declaração do Incra, emitida pela superintendência regional da autarquia, que confirme a condição de assentado, além de documento oficial.
 
Dos dependentes será exigida a apresentação de declaração de dependência assinada pelo titular, acompanhada de declaração emitida pelo Incra confirmando a condição de titularidade e documento oficial.
 
Para os beneficiários do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNFC), a declaração de titular da parcela deve ser fornecida pela Unidade Técnica Estadual (UTE) do programa. No caso de dependentes, será exigida a apresentação de declaração de dependência assinada pelo titular, acompanhada de declaração emitida pelo UTE e um documento oficial.
 
A documentação, original ou autenticada em cartório, precisa ser entregue, junto com boleto de pagamento (apesar de não haver cobrança de taxa, o candidato precisará imprimir o boleto para comprovar a inscrição).
 
Endereço:
Secretaria do Instituto de Estudos em Direito e Sociedade (IEDS), Sala 25 
Folha 31, Quadra 07, Lote Especial, Nova Marabá, Marabá (PA)
CEP 68.507.590.
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto com informações do site do INCRA

Movimento sindical inova com curso de formação a distância


 

A Fetag-RS sediou ontem (9) mais um encontro de construção do Curso de Formação em Educação Popular e Desenvolvimento Territorial. O programa é uma parceria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio da Patrulha com a Fetag-RS, o Polo Universitário Santo Antônio e a ENFOC – Escola Nacional de Formação da Contag. Essa iniciativa integra as atividades em comemoração aos 50 anos do STR de Santo Antônio da Patrulha, que ocorrerá em  julho.
O curso terá momentos de formação a distância, em ambiente virtual fornecido pelo Polo Universitário Santo Antônio, alternando com momentos presenciais. A programação será dividida em cinco módulos, sendo que os participantes terão oportunidade de aprender a utilizar as ferramentas de educação a distância e, ainda, debater assuntos de relevantes para o movimento sindical e meio rural, tais como educação popular, desenvolvimento territorial e metodologias participativas. Ao final do curso acontecerá uma jornada pedagógica e semana sindical, oportunidade em que será realizado um diagnóstico rural participativo, que permitirá a construção de ações de desenvolvimento para o município e região.
 
O período de realização será de maio a setembro com um público aproximado de 80 participantes, divididos entre lideranças, dirigentes sindicais, atores locais e regionais (professores, gestores, estudantes), assessores das regionais sindicais da Fetag-RS e educadores populares da Rede da ENFOC. Os participantes receberão uma certificação de aperfeiçoamento com 120 horas de duração, concedido pelo Polo Universitário Santo Antônio e parceiros.
 
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, acredita que essa experiência será de grande importância, pois servirá de incentivo e multiplicadora em outras regiões. “Com isso, os sindicatos serão cada vez mais atores de desenvolvimento em seus municípios”, observa. A Fetag-RS divulgará nos próximos dias informações para inscrições.
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação FETAG-RS

Preencha o Cadastro Ambiental Rural: o CAR, até o dia 5 de maio de 2016


 

 Olá!
Agricultor (a) familiar, assentado do Crédito Fundiário!
 
Já sabe que nós temos um novo código florestal brasileiro? 
 
Este código traz novas regras que temos que seguir até para fazermos a regularização ambiental e termos  acesso aos benefícios que conquistamos ao longo destes anos, como o Pronaf. 
 
Entre essas regras está a obrigatoriedade de preencher o Cadastro Ambiental Rural: o CAR, até o dia 5 de maio de 2016.
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), nossas Federações e Sindicatos, vêm trabalhando ativamente para facilitar a vida dos agricultores e agricultoras.
 Você tem algumas facilidades diante da lei conquistada pelo conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras rurais para agricultura familiar e assentados do crédito fundiário.
 
 Mas reforçamos! É preciso preencher o cadastro!
 
Então vamos lá... Procure o seu Sindicato dos Trabalhadores Rurais e receba a orientação necessário para fazer o CAR. 
 
Vamos mostrar o comprometimento dos agricultores e agricultoras com o meio ambiente. 
 
Apoio:
 
Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal
 
E Serviço Florestal Brasileiro
 
Confira e baixe o ÁUDIO na Voz da CONTAG. AQUI 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

Com boas chuvas, 17 cidades cearenses deixam Operação Carro-Pipa

 
As chuvas que caíram no Ceará nos dois primeiros meses do ano foram suficientes para que 17 municípios deixassem de depender da operação Carro-Pipa do Governo Federal. No entanto, pelo menos um deles já deve voltar a ser socorrido devido às poucas precipitações deste mês. Duas outras cidades aguardam avaliação para passar a receber esse tipo de assistência, que, atualmente, fornece água a 130 prefeituras.
 
O prognóstico negativo para março foi amenizado com as chuvas que caíram no Ceará entre a noite de terça-feira, 8, e a manhã de ontem — o maior volume registrado no mês. O meteorologista Raul Fritz, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), diz que “ainda são esperadas mais chuvas, mas março deve terminar (com precipitações) abaixo da média”.
 
É temendo esse cenário que a Prefeitura de Camocim, a 379 km de Fortaleza, já solicitou assistência da operação. Segundo o sargento Rodrigues, da Secretaria da Pesca, Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Separhma) do Município, a preocupação maior é para depois da quadra chuvosa.
 
Operação
 
Além de Camocim, Uruoca, a 310 km da Capital, aguarda a operação Carro-Pipa. O coronel Albuquerque, do escritório regional da Operação Pipa, esclarece que a paralisação do serviço é uma decisão conjunta entre o município atendido e o Governo Federal e dura entre 30 e 60 dias, podendo ser retomado a qualquer momento.
 
Coreaú, a 299 km de Fortaleza, é um dos municípios que deixaram de ser atendidos pela operação, mas terá o abastecimento retomado a partir do próximo mês. “Até brincamos que foi só suspender a operação e a chuva foi embora”, lembra Camila Gomes, da Secretaria da Infraestrutura do Município.
 
Saiba mais
 
Pelo menos em 85 cidades foram registradas chuvas ontem. O maior volume em Umari.
 
Até a tarde de ontem, a média de chuvas para o mês de março no Ceará estava 94,6% abaixo do esperado. O balanço de fevereiro também foi negativo. De acordo com a Funceme, choveu 55,5 mm no Estado, 53,2% abaixo da média história, de 118,6 mm.
 
Em 2016, o único mês que apresentou chuvas acima da média foi janeiro, em que o Ceará registrou 193 mm, quase o dobro do esperado (98,7 mm).
 

ELIZABETH TEIXEIRA: 90 ANOS DE LUTA!



 
O que significa a luta das mulheres? 
 
Significa que estão vivas e querem seus direitos. Eu fiz e faço a luta pela Reforma Agrária em nosso país. Uma luta que fiz junto com meu marido, João Pedro Teixeira, que foi assassinado para que os trabalhadores (as) rurais tivessem direito a terra para sobreviver com suas famílias. Então eu assumi a luta para a Reforma Agrária ser implantada no nosso país, mesmo tendo ficado sozinha com a responsabilidade de criar 11 filhos, seis homens e cinco mulheres. Depois de muito sofrimento, cheguei a idade avançada ainda acreditando que será implantada a Reforma Agrária no nosso Brasil. Agradeço a todas as mulheres que continuam na luta pelos direitos das mulheres e homens do campo. 
 
Que fatos marcaram sua vivência com Margaridas Alves?
 
 Tive com Margarida, num foi nem uma, nem duas vezes... Sua luta foi muito correta. Lembro que ela dizia: Pra termos vitória, necessitamos da terra e não apenas os latifundiários. Aquela foi uma época muito difícil para fazer a luta e ela resistiu até covardemente cessarem sua voz. 
 
Que lembranças Elizabeth guardou de sua própria história de militância? 
 
Continuei a luta de meu esposo com o apoio de todas as companheiras (os) do sindicato, pois muitos trabalhadores e trabalhadoras rurais vieram na minha casa chorando, pedindo que eu não os (as) abandonasse. Logo em seguida minha casa foi cercada por policiais que davam muitos tiros por todos os lados. Depois chegou um carro de polícia, eu sai com minha filha Marluciane no colo, me jogaram dentro do carro e me deram um tiro nas costas... 11 dias depois minha filha, revoltada, tomou veneno com mel e morreu. Ainda perdi na luta mais dois filhos: João Pedro Teixeira Filho e Isaías Teixeira. Eles diziam que iam dar continuidade à luta do pai mas, após o golpe militar, foram assassinados... Hoje penso: Como ainda como estou viva? Me orgulho de ter 90 anos e peço à Deus que abençoe todas mulheres e fortaleça seus espíritos para que essa luta continue no nosso país. Ao final da entrevista de forma muito simpática, dona Elizabeth Teixeira agradeceu o reconhecimento da CONTAG pela sua história de luta e militância em nome das mulheres e do MSTTR.
 
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes