"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

domingo, 17 de março de 2013

Pequi – a fruta que divide opiniões


FOTO: Elias Minasi

Uns amam, outros odeiam.  De cheiro forte, cor viva que fica entre o laranja e o amarelo e sabor intenso, o pequi é uma fruta típica do cerrado e um conhecido de misturas próprias da culinária goiana, sendo considerado muito tradicional nessa região. Apesar de estarmos acostumados em classificar como frutas apenas as que tem sabor doce, o pequi é também é uma fruta, por conter uma parte polposa que rodeia sua semente e possuir aroma característico.

Benefícios
Apesar de ser altamente calórico, o pequi é rico em retinol, uma vitamina A sintetizada que produz a elasticidade da pele, ajuda na visão, no intestino, nos ossos e no sistema imunológico. Além disso, ele é rico em vitaminas C e E, e em carotenóides, que evitam a formação de radicais livres no corpo. Os radicais livres podem levar à formação de tumores, à doenças cardiovasculares e ao envelhecimento precoce.

Combinações

O pequi combina tanto com pratos salgados quanto com sobremesas e bebidas. No Goiás, onde é bem comum, ele é combinado com frango caipira, com arroz, ou com os dois ao mesmo tempo quando acrescentado na galinhada. Já no Mato Grosso, ele incrementa pratos com o pacu, peixe tradicional da região. Para adocicar o paladar, podem ser feitos doces de pequi. Uma das novidades é o picolé de pequi, que está ganhando várias regiões com uma marca especializada em picolés de frutas do cerrado.
Que tal um drink? Também é possível fazer um licor de pequi, para quem gosta muito da fruta.

Óleo de pequi

Da polpa do pequi pode ser extraído um óleo com muitas utilidades, como, por exemplo, substituir o óleo de dendê na culinária ou compor receitas de sabão caseiro, que dizem ser bom para a pele e para os cabelos. A medicina popular também usa o óleo de pequi, com mel adicionado, para tratamento de bronquites, asmas brônquicas e pneumonias, ao misturá-lo com xarope, ou como bálsamo para o tratamento de reumatismos e inchaços.
Pode ser retirado óleo também do caroço que, por sua vez, pode ser usado como biodiesel. Porém, é um procedimento caro e pouco utilizado.

Não morda o pequi!
O pequi tem uma maneira peculiar de ser consumido: é preciso roer. Sim, raspar a polpa com os dentes, ou, se não quiser se lambuzar muito, com uma colher. O significado da palvra “pequi”, em língua indígena, é “casca espinhosa”, o que já nos dá uma dica. Morder o caroço do pequi é proibido, pois dentro dele há muitos espinhos, que podem grudar na língua, céu da boca e lábios, podendo machucar e dar uma trabalheira para tirar. Mas se você ainda não experimentou, não se deixe assustar com essa informação. Basta ser cuidadoso e tirar proveito dos benefícios dessa fruta.

Onde encontrar?
A safra de pequi comumente ocorre entre outubro e fevereiro. A região brasileira onde mais se encontra esta fruta é no centro-oeste, por conta de sua vegetação característica que oferece boas condições para o pequizeiro. O norte de Minas Gerais também possui uma boa produção, e em outros estados como Ceará e São Paulo também são encontradas propriedades que produzem.
Nessa época, as feiras livres estão com barracas recheadas de pequis. Os vendedores ambulantes também comercializam pelas ruas das cidades, e nos mercados também.


FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila

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