A Comissão Camponesa da Verdade, reunida em Brasília nos dias 24 e 25 de novembro de 2014, manifesta-se publicamente sobre o que veio a público em relação ao Relatório da Comissão Nacional da Verdade, especialmente a partir da entrevista do Comissionado Pedro Dallari, publicada no Portal UOL no dia 18 deste mesmo mês. Registramos apoio e concordância com as recomendações anunciadas, particularmente à punição dos agentes do Estado que cometeram graves violações de direitos humanos e crimes de lesa-humanidade e a necessidade de continuidade dos trabalhos de investigação por outro órgão de Estado, para esclarecer casos e fatos não contemplados no Relatório. Contudo, apontamos nossa preocupação com a informação de que a CNV reconhecerá oficialmente apenas um número aproximado de 430 mortos/as e desaparecidos/as, referentes em sua quase totalidade a nomes e casos já reconhecidos. A se confirmar esta informação, se consagra a exclusão da maioria de camponeses e camponesas mortos/as e desaparecidos/as das políticas de reconhecimento oficial, dificultando o acesso à justiça de transição. Destaca-se que a Comissão Camponesa da Verdade entregou relatório circunstanciado de graves violações de direitos humanos dos camponeses como subsídios à CNV, incluindo uma lista de 1.196 camponeses e camponesas mortos/as e desaparecidos/as. Reivindicamos o reconhecimento oficial de todos os camponeses mortos e desaparecidos no Relatório da CNV. Brasília, 25 de novembro de 2014 Comissão Camponesa da Verdade |
||
FONTE: Comissão Camponesa da Verdade | ||
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Manifestação sobre o Relatório da Comissão Nacional da Verdade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário