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"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Retirada da bandeira vermelha vai beneficiar a agricultura



O projeto de lei que retira a cobrança da bandeira tarifária vermelha das contas de energia elétrica da Aquicultura e Rural Irrigantes em todo o País foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, na última terça-feira, dia 8 de dezembro. O setor avalia a decisão do governo federal como positiva. “É uma grande notícia ao setor produtivo, já que a desoneração trará um grande benefício na redução do custo de produção”, explica o coordenador de Política Setorial do Instituto rio Grandense do Arroz (Irga), Victor Hugo Kayser. Segundo ele, trata-se de um custo difícil de ser repassado, pois o preço do arroz é determinado pelo mercado. A energia eletrica pesou 3,05% na safra 2014/15 e chegaria a mais de 5% na atual, ressalta.
Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, houve excelente interpretação por parte dos deputados federais e senadores ao aprovarem a lei, o que demonstra conhecerem a realidade da produção arrozeira e a importância da agricultura irrigada no País. “Isso demonstra que existe uma preocupação do equilíbrio dos custos da produção do arroz irrigado”.
Ele garante, no entanto, que é preciso ainda avaliar quando a retirada da bandeira vermelha terá efetivamente reflexo nas contas de energia, uma vez ela já interfere nos valores pagos pelos produtores. “Somente após esta avaliação é que poderá ser feita uma reflexão mais embasada nas consequências desta iniciativa”, diz.
Segundo a Federarroz, em um ano, o custo da energia elétrica para os produtores de arroz aumentou em aproximadamente 104%, e a utilização da bandeira vermelha representou 23% desta elevação. Ela atingiu na safra passada o final do período de irrigação, e na safra 2015/2016 incidiu sobre as contas de luz desde o início da implantação das lavouras, quando o produtor utiliza mais intensamente a técnica.
O Rio Grande do Sul nesse ano deve representar 70% da produção nacional de arroz e somado às lavouras de Santa Catarina, esse percentual pode ultrapassar os 80%. A produtividade do arroz gaúcho fica próxima dos oito mil quilos por hectare, o que eleva a média nacional, hoje em torno de cinco mil quilos por hectare.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário
Marina Filgueiras - marina.filgueiras@sda.ce.gov.br - 85- 3101-8137

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