O projeto de lei que retira a cobrança
da bandeira tarifária vermelha das contas de energia elétrica da
Aquicultura e Rural Irrigantes em todo o País foi sancionado pela
presidente Dilma Rousseff, na última terça-feira, dia 8 de dezembro. O
setor avalia a decisão do governo federal como positiva. “É uma grande
notícia ao setor produtivo, já que a desoneração trará um grande
benefício na redução do custo de produção”, explica o coordenador de
Política Setorial do Instituto rio Grandense do Arroz (Irga), Victor
Hugo Kayser. Segundo ele, trata-se de um custo difícil de ser repassado,
pois o preço do arroz é determinado pelo mercado. A energia eletrica
pesou 3,05% na safra 2014/15 e chegaria a mais de 5% na atual, ressalta.
Para o presidente da Federação das
Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz),
Henrique Dornelles, houve excelente interpretação por parte dos
deputados federais e senadores ao aprovarem a lei, o que demonstra
conhecerem a realidade da produção arrozeira e a importância da
agricultura irrigada no País. “Isso demonstra que existe uma preocupação
do equilíbrio dos custos da produção do arroz irrigado”.
Ele garante, no entanto, que é preciso
ainda avaliar quando a retirada da bandeira vermelha terá efetivamente
reflexo nas contas de energia, uma vez ela já interfere nos valores
pagos pelos produtores. “Somente após esta avaliação é que poderá ser
feita uma reflexão mais embasada nas consequências desta iniciativa”,
diz.
Segundo a Federarroz, em um ano, o custo
da energia elétrica para os produtores de arroz aumentou em
aproximadamente 104%, e a utilização da bandeira vermelha representou
23% desta elevação. Ela atingiu na safra passada o final do período de
irrigação, e na safra 2015/2016 incidiu sobre as contas de luz desde o
início da implantação das lavouras, quando o produtor utiliza mais
intensamente a técnica.
O Rio Grande do Sul nesse ano deve
representar 70% da produção nacional de arroz e somado às lavouras de
Santa Catarina, esse percentual pode ultrapassar os 80%. A produtividade
do arroz gaúcho fica próxima dos oito mil quilos por hectare, o que
eleva a média nacional, hoje em torno de cinco mil quilos por hectare.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário
Marina Filgueiras - marina.filgueiras@sda.ce.gov.br - 85- 3101-8137
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