"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

terça-feira, 12 de julho de 2016

Economia Solidária se prepara para fazer bonito nas Olimpíadas


    Cerca de quatro mil pessoas serão diretamente beneficiadas por convênios firmados pelo Ministério do Trabalho
    Fotos: Divulgação, Sedes/ Prefeitura do Rio de Janeiro.
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    Na Vila Olímpica, nas feiras artesanais, nos quiosques de venda de alimentos. Em cada um desses espaços das Olimpíadas e das Paralimpíadas Rio 2016, a economia solidária estará presente. São cerca de cem empreendimentos de artesãos e agricultores familiares orgânicos e 190 catadores de materiais recicláveis descartados. Como tratam-se de empreendimentos solidários, o número de pessoas envolvidas se multiplica. Ao todo, serão 4 mil empreendedores presentes nos Jogos.
    A presença da economia solidária nas Olimpíadas e nas Paralimpíadas é resultado de dois convênios firmados pelo Ministério do Trabalho. O primeiro, firmado com a prefeitura do Rio para apoiar o Circuito Carioca de Feira e o Circuito Rio Ecosol, beneficia artesãos e agricultores familiares. O segundo, assinado com o governo do estado, faz parte do projeto Coleta Seletiva Solidária. Ele assegura a catadores de três redes de cooperativas a triagem de material reciclável, que será encaminhado a cooperativas de todo o estado. Os catadores farão ainda um trabalho de educação ambiental com os visitantes sobre separação de resíduos e reciclagem.
    O Ministério do Trabalho também apoiou uma chamada pública para a confecção de 10 mil almofadas temáticas destinadas aos quartos dos atletas na Vila Olímpica e à área de imprensa. Dois empreendimentos de economia solidária se encarregaram do trabalho, já concluído, que deve ser apresentado ao público após a abertura do evento.
    A inserção de empreendedores da economia solidária nas Olimpíadas e Paralimpíadas contribui para incentivar o aperfeiçoamento dos processos de produção e comercialização. O objetivo é garantir condições para que continuem gerando renda após os Jogos. “Não estamos simplesmente autorizando os empreendimentos solidários a venderem produtos nas Olimpíadas. Haverá oficinas para aprimorar a formação dos empreendimentos de economia solidária, e os catadores estão recebendo treinamento para atuarem no evento. Queremos que os jogos deixem um legado para a economia solidária”, explica o coordenador geral de Comércio Justo e Crédito do Ministério do Trabalho, Haroldo Mendonça.
    “Essas iniciativas tem um propósito, que é alcançar pessoas que desenvolvem alternativas de renda e trabalho que muitas vezes não são reconhecidas”, reforça Natalino Oldakoski, secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho. Oldakoski vê nas Olimpíadas e Paralimpíadas “um momento para mostrarmos que a economia solidária, com a organização dessas pessoas, é uma alternativa importante e criativa para driblar a crise econômica”. O secretário lembra que os catadores já atuaram, com sucesso, na Copa do Mundo de 2014, e que o modelo brasileiro de transformar a catação em trabalho e renda é exemplo para o mundo.
    Economia Solidária e o Cooperativismo - O Dia Internacional do Cooperativismo é comemorado nesta segunda-feira, 4 de julho, uma data que tem tudo a ver com a economia solidária. O cooperativismo surgiu no século 19, na Inglaterra, a partir da necessidade de estabelecer uma nova lógica de mercado. Enquanto os empreendimentos tradicionais se baseavam na competitividade, os trabalhadores organizados em cooperativas exerciam a solidariedade, princípio que se mantém até hoje em milhares de iniciativas econômicas no campo e na cidade. Na economia solidária, os trabalhadores são organizados coletivamente em cooperativas, associações, grupos e redes de produção e comercialização. São eles mesmos que produzem, vendem, compram e trocam o que é preciso para viver. As tarefas e ganhos são repartidos igualmente.

    Você pode ouvir a entrevista com secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Natalino Oldakoski, sobre a economia solidária nos jogos Rio 2016 aqui:


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