"Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem / os seus bens!"

"A agricultura é a arte de saber esperar."Douglas Alves Bento

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

900 famílias em uma busca histórica por um pedaço de terra para viver e produzir

 

Depois de um longo processo de pressão da CONTAG junto a Fetraece e Governo do estado do Ceará, ficou acertado o compromisso para os próximos dias 28, 29 e 30 de outubro  de uma descida da comissão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que terá a frente  o secretário de reordenamento  agrário do MDA,  Adhemar Almeida , em fazer uma análise completa de todo o processo  de desapropriação de uma área  de 10 hectares, localizada a 60 km de Fortaleza, ocupada atualmente por 900 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais.
 
 
A reivindicação foi oficializada e atendida ainda nesta quarta-feira (21), com a presença da CONTAG, representada pelo secretário de Políticas Sociais, José Wilson, o presidente da Fetraece,  Luiz Carlos Ribeiro Lima, o governador do estado do Ceará, Camilo Santana, o Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA),  Patrus Ananias, deputados estaduais e federais, entre outros representantes do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR),  dos Governos Federal e do Ceará.
 
Entenda o processo!
 
O processo que se arrasta por anos, acontece porque no estado do Ceará, assim como em muitos outros lugares do Brasil, a maioria das áreas estão ocupadas pelo grande latifúndio, deixando grande parte da população, sobretudo a rural,  sem acesso a terra, portando sem condição de viver e alimentar a população, através de uma produção saudável e com diversidade.
A área de 10 mil hectares é atualmente ocupada por cerca de 900 famílias e fica próxima a Fortaleza, cerca de 60 km do centro comercial da capital. 
 
Segundo informações levantadas pela Fetraece, as terras usadas para plantio de caju, estão em nome de um senhor conhecido como Jaime Aquino, que faleceu recentemente, agravando ainda mais a situação.
 
 
 Além dos 10 mil hectares, esta mesma pessoa, teria ainda 150 mil hectares de terras, todas destinadas à produção de caju. Logo após a ocupação da área, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores  e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), passou a coordenar e estabelecer um processo de negociação junto ao INCRA, que com a pressão da Federação, começou a fazer várias visitas, tentativas de negociação junto ao proprietário e levantamento de laudos para a desapropriação. O órgão fundiário ainda chegou a tentar adquirir as terras, via Crédito Fundiário.
 
Atualmente as famílias estão produzindo vários subprodutos a partir do caju, que são comercializados em Fortaleza e no entorno. 
 
Segundo levantamento, a propriedade é avaliada em 30 milhões de reais, o que tem dificultado ainda mais a compra e desapropriação.
 
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

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