As populações extrativistas brasileiras que, por dependerem dos
recursos naturais para manter seus modos de vida, prestam ao país um
serviço inestimável, pois protegem os ecossistemas e a biodiversidade,
contribuem com o equilíbrio climático e promovem novas bases de
governanças para o desenvolvimento sustentável do país.
Hoje essas populações vivem hoje em 106 Reservas Extrativistas e de
Desenvolvimento Sustentável nas Florestas da Amazônia, da Mata
Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e nas Zonas Costeiras e Marinha,
protegendo mais de 25 milhões de hectares, que representam cerca de 6%
do território brasileiro, com uma estimativa populacional de três
milhões de famílias.
São populações que nasceram e cresceram em florestas, lagos, beiras
de rios, manguezais, campos e praias e que aprenderam com seus
antepassados como usar estes recursos sem degradar e sem desmatar, muito
antes da proteção ao meio ambiente se tornar uma preocupação da
sociedade. Apesar dos avanços nas ultimas décadas, ainda existe grandes
dificuldade de evidenciar suas especificidades aos formuladores de
políticas públicas.
Entendendo toda esta luta, a CONTAG, entre outros Movimentos
sociais que nascem no meio dessas populações, adotaram a estratégia de
convidar Governos para dentro das comunidades, invertendo a lógica de ir
para Brasília-DF, pautar suas demandas por políticas para seus
territórios no Chamado da Floresta.
Este ano em sua 3ª edição o Chamado da Floresta será realizado
nesta quarta-feira (28) e quinta-feira (29) de outubro dentro da Reserva
Extrativista Tapajós Arapiuns no município de Santarém no Pará e
contará com a presença da secretária de Mulheres da CONTAG e
coordenadora geral da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, que deve
aproveitar a oportunidade para reforçar junto aos representantes de
Governos presentes, as demandas apresentadas por várias mulheres na 5ª
Marcha das Margaridas.
Fique sabendo!
Foram organizados dois Chamados da Floresta (2011 e 2013) para
apresentar proposta de desenvolvimento ao Governo. Temas Centrais da
Plataforma de diálogo com Governos são organizados em quatro eixos
estruturantes da realidade desses territórios: conquista e regularização
dos territórios, políticas econômicas para o desenvolvimento, programas
sociais para a qualidade de vida, e gestão participativa dos recursos
naturais e dos territórios.
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes |
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
CONTAG reforça a luta das populações extrativistas da Amazônia
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