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A 5ª Marcha das Margaridas já é referência como a maior
mobilização de massa do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das
Trabalhadoras Rurais. Há 15 anos, a Marcha vem pautando e reivindicando
do governo federal políticas públicas que defendem, amparam e empoderam
as mulheres trabalhadoras rurais.
No entanto, a Marcha não é composta apenas por mulheres. “Somos
todas e todos Margaridas. Aqui neste ato, mulheres e homens incorporam o
espírito da guerreira e lutadora Margarida Alves – aquela que foi
brutalmente assassinada por defender os interesses dos trabalhadores
rurais”, disse a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas,
durante a solenidade de abertura.
Margaridas do Paraná
Nesse sentido, o Portal da CONTAG ouviu alguns depoimentos deles,
os homens, as nossas Margaridas do sexo masculino, para saber o que os
motivaram a somar esforços neste grande ato. O discurso de todos girou
em torno da igualdade e da luta pelo fim da violência, evidenciando que
os homens do Movimento Sindical estão conectados com as falas das
mulheres e, o que é melhor, concordam com suas bandeiras de lutas.
O trabalhador rural Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste,
estava presente durante toda a caminhada e empunhando uma das milhares
de bandeiras que compuseram a caminhada até a Esplanada dos Ministérios.
“Estar aqui significa crescer e evoluir juntos, sem violência e com
igualdade. O Brasil precisava ouvir esse grito das nossas mulheres”,
disse enquanto marchava em favor de um modelo de desenvolvimento mais
igualitário e justo.
Paulo Jackson, da região Norte
O presidente da FETAEP, Ademir Mueller, da Região Sul, reconhece
que as mulheres são as grandes protagonistas desta 5ª Marcha das
Margaridas, mas também valoriza a presença e o apoio masculino. “Estamos
aqui para somar. A pauta é justa e, a cada dia, os homens têm
participado mais”, orgulha-se o dirigente da Região Sul. Caminhar lado a
lado. Este foi o apontamento feito por Mueller. “Para crescermos juntos
no combate a todas as formas de violência, seja ela física, moral ou
psicológica, precisamos de um trabalho mútuo”, afirmou Mueller. Ele
encerra sua fala com alguns anseios: “queremos ser vistos como homens
que apoiam e que ajudam. Somos solidários e estamos com as Margaridas,
afinal somos todos e todas Margaridas”, concluiu.
Já o trabalhador rural e militante do MSTTR da Região Norte, Paulo
Jackson, afirmou em sua caminhada que ambos – homens e mulheres –
precisam dialogar em conjunto. “Somos todos seres-humanos e ninguém é
melhor do que ninguém. A pauta da Marcha é ótima e representa não só a
mulher, mas em especial a família do campo”, afirmou Jackson que
participa pela 3ª vez da Marcha.
Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste
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FONTE: Assessoria de Comunicação Marcha das Margaridas - Renata Souza | |||
domingo, 16 de agosto de 2015
Somos todas e todos Margaridas: homens também marcham pelos direitos das mulheres
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