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domingo, 16 de agosto de 2015

Somos todas e todos Margaridas: homens também marcham pelos direitos das mulheres


FOTO: Lívia Barreto

A 5ª Marcha das Margaridas já é referência como a maior mobilização de massa do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais. Há 15 anos, a Marcha vem pautando e reivindicando do governo federal políticas públicas que defendem, amparam e empoderam as mulheres trabalhadoras rurais.
No entanto, a Marcha não é composta apenas por mulheres. “Somos todas e todos Margaridas. Aqui neste ato, mulheres e homens incorporam o espírito da guerreira e lutadora Margarida Alves – aquela que foi brutalmente assassinada por defender os interesses dos trabalhadores rurais”, disse a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, durante a solenidade de abertura.
Margaridas do Paraná
Nesse sentido, o Portal da CONTAG ouviu alguns depoimentos deles, os homens, as nossas Margaridas do sexo masculino, para saber o que os motivaram a somar esforços neste grande ato. O discurso de todos girou em torno da igualdade e da luta pelo fim da violência, evidenciando que os homens do Movimento Sindical estão conectados com as falas das mulheres e, o que é melhor, concordam com suas bandeiras de lutas.
O trabalhador rural Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste, estava presente durante toda a caminhada e empunhando uma das milhares de bandeiras que compuseram a caminhada até a Esplanada dos Ministérios. “Estar aqui significa crescer e evoluir juntos, sem violência e com igualdade. O Brasil precisava ouvir esse grito das nossas mulheres”, disse enquanto marchava em favor de um modelo de desenvolvimento mais igualitário e justo.
Paulo Jackson, da região Norte
O presidente da FETAEP, Ademir Mueller, da Região Sul, reconhece que as mulheres são as grandes protagonistas desta 5ª Marcha das Margaridas, mas também valoriza a presença e o apoio masculino. “Estamos aqui para somar. A pauta é justa e, a cada dia, os homens têm participado mais”, orgulha-se o dirigente da Região Sul. Caminhar lado a lado. Este foi o apontamento feito por Mueller. “Para crescermos juntos no combate a todas as formas de violência, seja ela física, moral ou psicológica, precisamos de um trabalho mútuo”, afirmou Mueller. Ele encerra sua fala com alguns anseios: “queremos ser vistos como homens que apoiam e que ajudam. Somos solidários e estamos com as Margaridas, afinal somos todos e todas Margaridas”, concluiu.
Já o trabalhador rural e militante do MSTTR da Região Norte, Paulo Jackson, afirmou em sua caminhada que ambos – homens e mulheres – precisam dialogar em conjunto. “Somos todos seres-humanos e ninguém é melhor do que ninguém. A pauta da Marcha é ótima e representa não só a mulher, mas em especial a família do campo”, afirmou Jackson que participa pela 3ª vez da Marcha.
Geraldo Marcos da Silva, da Região Sudeste
FONTE: Assessoria de Comunicação Marcha das Margaridas - Renata Souza

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